Aplausos
No final da minha biografia não irei considerar-me um fracassado por não receber os aplausos de todos.
Lealdade não é testada no momento onde os ventos estão favoráveis e os aplausos são efusivos. Esse valor é testado nos momentos mais críticos, onde inclusive, o objetivo a ser defendido ou a pessoa a ser seguida parece ter chegado a sua obsolescência. É ali, no canto do medo do fracasso, que o discípulo demonstra se amava de fato o seu mestre ou era apenas mais um seguidor por conveniência.
É nesse ponto que o Evangelho ultrapassa a fronteira do tempo e, o seu fundador, Jesus, se tornou indelével. Os seus discípulos só aumentaram nos milênios já passados; o que demonstra a atemporalidade do segmento.
Aqui jazz uma alma que sobreviveu
Aos aplausos vazios e às palmas sem som,
Nadando em mares de promessas sem cais,
Rindo da vida que jura ser séria demais.
Aqui descansa, enfim, no seu leito,
Entre flores que nunca soube cultivar,
Sobreviveu aos sábios e seus conselhos,
Mas não ao relógio que a fazia correr sem parar.
Ironicamente venceu o mundo,
Só para ser derrotada pela rotina,
E agora jaz, com um sorriso mudo,
A alma que sobreviveu, cansada e fina.
Seu epitáfio? Um suspiro, um deboche,
Porque a vida, afinal, era só um esboço.
"Aqui jaz uma alma que sobreviveu de ilusões"
Se proponha a não se sentir prazeroso ao receber aplausos. E nem se sinta triste ou frustrado com as críticas.
Simplesmente desfrute de cada momento que você conquistar cada vitória; ainda que, particularmente e não tenha plateia.
#DEUS #NU
Vaidade das vaidades...
Viver de aplausos...
Quem diria...
Que em sua louca fantasia...
Teria mais loucos a querer um dia...
Ergo a taça vazia...
Saúdo a sua insanidade...
A tumba que lhe espera...
Abrirá a boca faminta...
Ofício das horas ardentes...
Até a fatídica hora chegada...
Embriaga-se em falso orgulho...
Enquanto a multidão feroz arrota falsas alegrias...
Sob a lua escondida...
Sobre as pedras em noites frias...
De que lhe vale a contenda?
Um vulto na mortalha vazia...
De que lhe vale banhar-se no ódio...
Soberbo e cego tocando a ferida...
Em horas mortas de nostalgia...
Proferes uma tormenta de palavras...
Na espessa noite que lhe abraças...
No íntimo sabes que não dizes és nada...
Amado...
Invejado...
Não compreendo mas sei que és...
Tolos que se enganam...
Sabes bem e bem no fundo...
Que és um deus desnudo...
Mas não o culpo...
Assim é o mundo.
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
mais confiável é o semblante inexpressivo que não desperdiça aplausos, do que o sorriso sedutor que, em nome da vaidade e da ganância, contagia desarmonia e articula o desamor.
O verdadeiro relacionamento com Deus, não busca aplausos de homens. Uma intimidade pura, vem de corações puros!
DITO A MIM MESMO
Tenho dito a mim mesmo:
Nunca se deixe enganar
Por aplausos, elogios rasgados.
Quanto mais serenidade
Menor será a soberba da vaidade!
Não espere aplausos do outro, ele pode estar ocupado.
Aplaude-se com força até dar eco, pois quem estiver próximo pode aproveitar também!