Apetite
Museu
Há pratos, mas falta apetite.
Há alianças, mas o amor recíproco se foi
há pelo menos trezentos anos.
Há um leque — onde os rubores?
Há espadas — onde a ira?
E o alaúde nem ressoa na hora sombria.
Por falta de eternidade
juntaram dez mil velharias.
Um bedel bolorento tira um doce cochilo,
o bigode pendido sobre a vitrine.
Metais, argila, pluma de pássaro
triunfam silenciosos no tempo.
Só dá risadinhas a presilha da jovem risonha do Egito.
A coroa sobreviveu à cabeça.
A mão perdeu para a luva.
A bota direita derrotou a perna.
Quanto a mim, vou vivendo, acreditem.
Minha competição com o vestido continua.
E que teimosia a dele!
E como ele adoraria sobreviver!
“Que o duelo em mim, venha aflorar minha apetite osgásmica do sentir-me plena; mesmo que muitas vezes me sinta vazia.”
—By Coelhinha
Escorre sangue do impulso, ardente... quem sabe do pecado! Escravo de um apetite que só você pode satisfazer.
Molécula do Amor
Este sintoma que atormenta
o sono e o apetite: insónias e mariposas.
Provocam arrepios de porcelana
e sobressaltos nas artérias
preenchem todos os orgasmos
com metáforas de voluptuosidade.
Fragmenta a dor nos labirintos da carne
desperta o arrebol escancarado
iluminando a escuridão incolor do vazio
fermenta a cadência do infinito sonho
alucina a concentração das pupilas.
Rodopia a sístole e a diástole
organizam um bailado de pensamentos no estômago.
Neste estado de imperfeita salubridade
e de perfeita insanidade
movimenta-se a molécula do Amor
na anatomia do poema.
Confesso que, ultimamente ando meio sem apetite.
Mas hoje, Sem pressa para o jantar. Degustarei um prato frio e suculento.
O ditado já diz: "Beleza não se põe em mesa", mas confesso... Que algumas abrem o apetite,aaahhh como abre!
Meu querido, abaixa essa bola, porque pra da conta do meu apetite só uma picanha, e você "vale por um bifinho".
A maior necessidade que temos para progredir é calar o apetite e a língua diante do grande Deus, pois a linguagem que Ele mais ouve é o amor calado.
Houve momentos em minha vida que eu já perdi o sono, a paciência, o apetite, a noção do tempo... já perdi pessoas e até mesmo o brilho nos olhos. Mas te peço, Senhor: Que eu jamais perca a minha FÉ!
"A ambição da esquerda é reduzir o ser humano a uma coleção de ressentimentos, medos e apetites."
Roberto Motta
@rmotta2
Muitos de nós não temos nenhum apetite pelas coisas espirituais por estarmos absolvidos pelos prazeres pecaminosos deste mundo.