Aparência
Menina bonita com menino feio, menino bonito com menina feia. Enquanto você vive de aparência, eles vivem de amor. (Bruno Martinni)
Alguns buscam na aparência o que só pode ser encontrado no coração, e só os encontra quem realmente o busca.
É amiga, hoje eu pude notar que mesmo com essa sua aparência de mulher, tem a inocência de uma menina. Ao se entregar completamente a alguém que não merece nem se quer o seu bom dia, você no meio de uma brincadeira, de uma “pegação” se deparou apaixonada pelo dito cafajeste que você sempre condenou e apontou o dedo dizendo a todos, que não fizessem isso, e também dizia que não seria bom pra ninguém e que iriam sofrer. É menina foi você quem caiu na teia do cafajeste se fazendo de bom moço, se entregando para pessoa errada, que mesmo louca de paixão por você não deixa de rir da sua cara, e sair abraçada com outra do seu lado. É amiga, foi você quem mai me deu conselhos e você quem acabou se machucando.
Jamais se iluda com as cores, ou as luzes, ou as aparências... Porque as cores desbotam, as luzes se apagam e as aparências enganam. Procure ver além das cores, das luzes e das aparências, quem sabe assim você percebe a essência...
Ninguém é demais para ninguém são as pessoas que se deixam influenciar pela aparência. Pessoas aparentemente especiais costumeiramente se apaixonam por pessoas aparentemente banais, não é brincadeira, é apenas um presente inesperado da vida que todos nós receberemos. Por isso, cuidado com o seu julgamento, pois a pessoa que esnoba hoje pode ser a dona do seu coração amanhã.
Tudo muda, por isto não vivamos de aparência.
Toda alma amiga gosta de ser apreciada, acima de tudo estimada, reconhecida e admirada até nas coisas cotidianas. O que eu quero dizer com tudo e que ocorre uma espécie de validação de importância da pessoa, tudo isto de acordo com a impressão que esta tem do quanto o outro percebe.
Queremos a todo custo ser amados, admirados e respeitados. Sabemos o quanto é gosto e agradável, porem existe algo mais gostoso do que ser amado, apreciado e querido. E quando existe a recíproca: amar, apreciar, reconhecer e admirar. Contamos também com algo sublime... O amor próprio, o reconhecer-se estimável, se admirar, sentir-se em paz com sua própria existência. Neste último aspecto da percepção de quem somos, encontra-se o segredo do carisma: independer da impressão que temos de como o outro nos vê para que nos sintamos importantes, merecedores de afeto e estima.
Eu considero o seguinte:
- Se você não se sentir totalmente bem com quem você é agora, acabará assumindo papéis; aparência para provocar atração estima. Não viva de aparências, tudo muda.
Você escolhe ser quem você é e apreciar suas características, se estimar e aprender a se amar;
Você em lado diametralmente oposto à escolha anterior, optar por ser quem você acha que agradará os que te rodeiam, torcendo para que te amem, respeitem e estimem.
Nesta segunda opção, temos que levar em conta o risco de comprometer a nossa espontaneidade, com isto ocultamos nossa essência.
Quem não anda a busca de aplausos, não teme vaias. Lembre-se que tudo começa em como você se vê e como se sente a seu próprio respeito: ame-se. A seguir, aprecie, estime, reconheça qualidades no outro, incondicionalmente.
Nada poderia combater aquele amor.
Nada mesmo, nem mesmo o mundo. E muito menos a aparência.
Eles se amavam por todos os cantos, por todo universo.
Nunca existiria um igual.
O amor deles era incondicional.
Era tão lindo e perfeito que dava vontade de amar para sempre.
Eles eram bem diferentes, muito diferentes.
Não tinham pensamentos iguais, nem estilos iguais, o que a maioria dos casais normais tinham.
Mas os corações se completavam perfeitamente, como uma peça que faltava em um quebra-cabeça.
Eram belos, mais belos que uma rosa.
Mais puro que uma santidade.
Eram o amor.
Apenas o amor.
Ninguém sabia, mas por trás daquela máscara inventada havia alguém. Por trás das aparências consagradas e usadas como defesa existia alguém. Os atalhos que usara até então, foram todos enterrados pela forte chuva de medo, angústia, silêncio, e uma certa hipocrisia em não reconhecer o que era real e o que era fantasia. Precisava de coragem. Coragem que fora negada pelo tantos anos usando aquela máscara de pessoa forte, imbatível, impermeável. Mas, chega uma hora que precisa-se agir por conta própria. Chega uma hora que precisa-se deixar de lado as máscaras e aparências sustentadas. Sair do lugar-comum. Ela sabia que esse tempo tinha chegado. Carregar um “eu-inventado"' deixara de fazer sentido. Ela por fim sabia. Deveria (re) criar-se.
Muito comum nos dias de hoje.
Muita aparência e pouca personalidade.
É o mesmo que embalar o lixo em papel de presente.
Jamais mudará o interior.
Quem é de verdade sabe quem é de mentira para não mais viver de aparência confundindo nosso próprio coração;