Antologia Poética
Antologia Botânica
Pensando bem, é melhor começar o texto com "mas", porque em um mundo de muita mudança e velocidade,correrás o risco de ficar prisioneiro do mesmo,a mesma praça, o mesmo banco, o mesmo jardim,as mesmas flores e temos medo das mesmas dúvidas e das frustrações.
Mas, alguém que quer algo vai procurá-lo, as vezes vai ter que fazê-lo por muitas e muitas vezes, e ao fazer isto estará demonstrando inteligência focal.
Acredito que o ser humano estará pronto para uma mudança de caminho ou na rota, somente quando os "se não" mundanos que nos fazem continuar naquele enorme início de caminho e está em número bem superior que os de razões, isto é, à medida que os nossos "apesar de" ficam e se tornam extremamente muito maiores em relação aos "por causa de", podemos notar isso quando fazemos avaliações de vida em que a nossa vida está em detrimento de um lapso de racionalidade que nos pega de surpresa e a acurácia em rever este conceito se torna avaliações contínuas e notamos que insistir naquilo que tem mais "a pesares" do que " por causa" e observamos que com isso existe o nascimento de muito mais "se não" em relação a "razões" insistir nesse movimento progressivo se tornará retrógrado,retardado,uniformemente variado e insistir ai não é valentia é tolice. Afinal de contas, há uma diferença entre ser flexível e ser volúvel e o volúvel é alguém que muda “toda hora”.
O flexível é alguém que é capaz de alterar a rota depois que tenha fundamentos para isto, por isso, eu admiro a pessoa que tenha clareza do que deseja e não desiste, afinal, não existe fracasso no insucesso, o fracasso está na desistência, ninguém fracassa quando não obtém sucesso, mas sim, quando desiste após não ter obtido o sucesso.
Antologia da escrita Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade
Posso escrever a cerca de muitas situações.
Andar pelos rodeios dar nó, no entanto o que mais me motiva em escrever é tirar de dentro da alma o que está nos recubros, espelho a minha alma, o meu espírito, as minhas vontades, vejo as minhas elocubrações dar luz e meus recalcados pensamentos a divulgar, a manifestar interesse de sair do subconsciente para consciente demonstrando a maresia da vida fluida, numa corrente de um brisa de vento, fugaz.
Gostava de ser um veículo, o canal que dá sinal de vida, que dá a oportunidade sem fim, luto para isso quero um dia ser um sem fim, estar a servir sem reclamar, sem pensar sem protestar, limpo de coração e mente como as palavras de amor.
Encontrar o destino da árvore da vida e comer do seu fruto.
Escrever não é o mesmo que ler. É exteriorizar tempo, o que circunda, dando sentido a vida, e aprimorando os sentidos, é viver connosco e com outros é uma partilha que atinge os sentidos, pode ser uma mensagem que possa fazer a diferença entre muitas palavras soltas, são como setas lançadas, provocam vida e morte, alegria e tristeza, criam optimismo, e pessimismo, em tudo tem dois lados ou mais depende do ponto de vista.
Boa disposição, motivação garra, e um pouco de tempo todos dias relativos para construir um manancial de água viva com a escrita.
Ventania
Uma ventania, adentrou em minha alma, esvoaçando as folhas soltas dos pensamentos.
Lentamente como brisa, você veio , sem pedir licença.
Senti em meu peito, o pulsar das nuvens, movendo-me, para junto de ti.
Flutuamos em sintonia, percorrendo os labirintos, de nossos corações.
Os sentires , tocavam-nos profundamente, desnudando o amor, que sem explicação, fez redemoinho no recôndito das folhas soltas dos pensamentos.
Palavras
Pelos caminhos, palavras são pinceladas,
expressando infinitude de sentimentos,
que pespontam dos pensamentos.
Metaforicamente , nas entrelinhas,
as idéias são costuradas nos paralelos.
Com maestria , as palavras delineadas,
vão decifrando o oculto
no recôndito da alma e do coração,
Palavras de vida
Palavras de amor
Palavras de felicidade
Palavras de esperança
Palavras que adoçam os sentidos
renovando o armário dos sonhos.
Quando o amor acontecer...
Quando o amor adentrar em meu coração,
quero em noite enluarada, caminhar com as mãos entrelaçadas as suas.
Quero num terno olhar,
sentir a veracidade desse amor
e num expressar de palavras, dá ênfase aos anseios da alma.
Que sejamos um só pensar
Que sejamos como um céu estrelado,
luzindo nossos momentos felizes.
Que sejamos serenos, ao trilharmos os mesmos caminhos, e que possamos ser um só coração e alma , nas adversidades da vida.
Quando o amor acontecer
tudo será naturalmente
um jardim a florescer nas páginas do destino.
Remando no mar
dos meus sentimentos
senti a maré da saudade
desaguar no recôndito
do meu coração...!
Amanhecer
Em sintonia com o cantar dos pássaros
Revigoro-me para um novo amanhecer.
Sinto o renascer interior
Na infinitude dos sentidos.
Pelas minhas veias
Fluem energias renovadas
Absorvo com brandura e encantamento
Os sons da natureza.
Os sonhos meus
Desperta os sentires
Aflorados nos jardins da vida.
Com extrema sensibilidade interior
Alegro-me pelo alvorecer no manancial
Dos meus pensamentos e sentimentos.
Amor
Esse amor que em meu ser habita
Me conduz a sentir a melodia
Que pulsiona meu coração.
O amor
É a razão pelo qual vivo a expressar
Nos recônditos dos meus pensamentos
O desejo de tua alma enamorar.
Um amor imensurável
Que me leva a vaguear além dos meus sentidos
Pois sei que sempre existirá nas entrelinhas do tempo.
Silente amar
Em meu ser, sempre estás.
No coração, o amor pulsiona,
exala nas veias, as fragrâncias
da emoção.
Sinto-te com doçura e encantamento.
Expresso minhas vontades e desejos inebriantes, com exuberância
nas curvas dos sentidos.
Um amor que nutre meus instintos,
tornando-se calma, a chama que na cama inflamava.
Nesse silente amar, tornou-se,
o lume do meu viver.
O amor
O amor em sua plenitude, tem que ser edificado sobre uma base sólida.
O amor dá segmento , as estruturas emocionais de um relacionamento , constituído com respeito e confiabilidade.
Somente o amor nos conduz a caminhos sem curvaturas.
Que esse caminho seja frangeado com harmonia , para que possamos sentir as nuances das flores e unidos atravessarem as adversidades eliminando os espinhos.
tua luz Seduz...
tua alma reluz ...
deixa florir...
deixa fluir...
O que há de melhor
dentro de ti...
desejo intensamente
Contemplar teu belo sorriso
Rendo - me a teus encantos
Vejo - te com um brilho
intenso no olhar...
E algo de bom
nasce dentro de ti.
Não se escrevem livros sendo feliz demais. Porque quando estamos felizes (demais) não temos nem tempo para escrever. Claro que se escrevem livros estando felizes também, ou na normalidade do cotidiano sem qualquer classificação de estado. Porém, os estados emocionais são impulsos e inspirações. Cabe a cada um então o que fazer com o que sente e o que a vida lhe dá, e escritores fazem isso, transformam tudo em uma versão poética, e transformam; logo constroem. (08/02/2018)
Meu amor por você parametriza como a matemática,
Tão difícil e tão quanto desafiador é entende-la.
Mas sempre é legal conhecer seus pontos exatos,
O qual adoro calcular as curvas do seu corpo,
A geometria do seu beijo e a topologia nos seus lábios.
Num sistema único e dinâmico analiso seus limites
Convergindo nossos corpos ao infinito.
A NUDEZ
A nudez é a indiscrição poética
Do pecado na carne pervertendo
A alma na concepção dos desejos.
Iludido pelo encanto transcendental
Que desvirtua o ser e corrói a alma
Levando o indivíduo ao reles suicídio.
Mesmo que a visão enigmática turve
A consciência desequilibrada e torpe.
A nudez é a indiscrição poética
Desmemoriada abrupta e tísica
Em desavergonhada Saliência.
A nudez carnal nada mais é
Do que a descrição
Do obsceno
Poético em
Prosa
&
Versos
D`
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I
O
PROCÓPIO
ARTE POÉTICA
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
Ignorância Poética
Mamãe me contou,
Que ficou fascinada,
Quando pequeno, eu lhe disse:
"Quero falar, mas não consigo,
ainda não sei as palavras".
Hoje, cresci e tento escrever poesia,
continuo sem saber me expressar.
Minha mãe agora é você, o meu leitor.
Meu poema, a minha mente de criança:
Sem vocabulário,
Sem rima,
Sem métrica,
Uma tentativa de analogia,
E no final das contas, sem dizer nada.