Antologia Poética
Eu te descrevo
desenho as tuas linhas
percorro teus caminhos
aqueles sinuosos
tuas saliências eu desejo
nas tuas curvas me perco
enquanto isso sonho com beijos
aqueles que um dia
vou me deliciar em ti
Eu te desejo
inteiramente minha
quero ouvir-te pedir
ouvindo teus sussurros abafados
teus gemidos mais ousados
ecoando pela casa
pelo quarto....
Eu te queria aqui
intensa...nua...
entregue aos meus braços
te despindo o corpo
livrando-te de pudores
deixando os outros de lado
Eu queria poder
gritar bem alto o teu nome
para que todos pudessem saber
quem és realmente
e que tomaste posse do meu coração
Mas, como não posso
não tenho o teu nome ainda
me restrinjo a escrever
criando as poesias
transcrevendo meus sonhos
meu desejos que a flor da pele
parecem os mais verdadeiros
Eu queria escrever o teu nome
bem aqui nesta poesia
que fiz pensando em ti
Mas estou imaginado...
sinto tua presença
aqui neste quarto...
Qual será o teu nome???
quem será você que invade
que habita meus sonhos loucos
mas saiba, que eu te desejo!
(2011)
A felicidade depende apenas de minha própria decisão. Se está frio, agradeço por poder usar aquele casaco que há muito não usava. Se faz calor, agradeço e uso aquele vestido florido e bonito, pois acho que me fica tão bem. Se chove, agradeço pelo verde e pelas flores que exuberantes exalam o perfume da alegria. Se faz seca, agradeço pelo céu azul que deixa meus olhos e minha alma lavados pela imensidão. Ser feliz, depende apenas de mim.
"SEI DE TI, SEI DE TI"
As trevas persistem no nosso caminho
São as tormentas que sempre desesperam
Na chegada submissa do nosso desespero
Bocados, pedaços de uma curta existência
Amei-te tanto como sempre quis amar-te
Desejo-te tanto como sempre te desejei
Só sei de ti pelas flores do nosso jardim
Só sei de ti pelo murmúrio na água da fonte
As trevas corrompem a estrada de fragas
As giestas gritam de dor entre as quimeras
Canteiros espezinhados que rasgam as vestes
Alagam e apedrejam a imbecilidade do poeta
Sei de ti pelo uivo do lobo, na serra, no monte
Sei de ti pelo vento que trás a tempestade de neve
Sei de ti pelo murmúrio das flores em desespero
Sei de ti pelas águas que correm no rio do sonho.
Foi na beleza dos olhos que eu te conhecir, foi no aconchego do teu abraço que eu me encontrei, foi no gosto do teu beijo que eu me apaixonei... e... Vai ser olhando na beleza dos seus olhos que vou te dizer, que o aconchego do teu abraço eh que me faz viver, e eh no gosto do seu beijo que vou te prometer que irei te amar até o dia de eu morrer!
Uma verdade emotiva acaba se transformando em uma mentira intelectiva, é quando surge a intuição poética. Sem a imaginação seriamos irracionais, tão inanimados quanto uma pedra.
Não somos eternos
Senti-me enegrecida dentro das esferas de um sol ardente, quando minha alma foi proscrita por trazer uma dor a mais. Senti-me sem defesa, porque a alma que doía quis deixar esta lágrima para trás. Não sei se foi a mágoa, ou o pudor que fosse, só sei que a lágrima que faltava em mim grudou e não saiu jamais, por um capricho que o desdouro trouxe de um amor que não voltou atrás.
Suores abundantes se formavam em meu semblante, não sei se por calor ou por vergonha. Mas o importante é viver cada vez mais esta vida que se mostra sempre enfadonha, e não pensar que as mágoas que se negam a ser vivas, podem viver na mente que as usa toda hora, em floreios de ontem, do hoje e de agora.
Claro que a vivência dos humanos tem suas regras onde quer que se vá, mas princípios não se fazem, se trazem, dentro do peito dos seres que não se cobrem só com panos, mas com o manto da honestidade que se dá, pelo berço que os tenha embalado no início desta vida,
que eterna não será