Antologia Poética

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*Viagem poética*

Que doçura!
Um poeta na sua fartura
de palavras e fantasia,
nos leva a passear em novos horizontes,
onde flores se transformam em amizades!
A cada passo no meio da paisagem,
o poeta enriquece a sua linguagem,
olhando o céu, ele viaja em nuvens,
fazendo delas seu meio de transporte,
e nestas viagens
ele contorna tudo do Sul ao Norte,
sem previsão de volta.

Inserida por ostra

Manchete Poética (|||)

Hoje, na delegacia dos sentimentos,
Compareceram os reus confessos,
"ciúme e desconfiança",
Com sendo os assassinos do amor.

O casal que alimentava
este sentimento
foram ao enterro,
para sepulta-lo com dignidade.

Mas prometeram,
acabarem com a saturação,
que aflingiam as terras dos seus corações,
fazendo uma rotação de cultura.
Plantando um outro sentimento
nas terras dos seus corações:
O sentimento da amizade!...

Inserida por ostra

Por sorte existe a licença poética para que os escritores mais loucos possam se respaldar no direito que têm de enlouquecer outrem

Inserida por Gracaleal

Permita-me abusar da licença poética.
Seguir em frente é dar meia volta, e esta ação significa ter permanecida intacta no ponto de partida.

Inserida por Gracaleal

⁠Quero beijar-te
e ouvir o mar a salivar,
nesta simbiose poética
o poente fará o resto.

Inserida por JoniBaltar

⁠ALMA POÉTICA
O poeta pôs-se a dizer que a dor da alma,
Antagônica à física, remedia-se com a suavidade do silêncio e, a amorosa companhia noturna.
Ou, quiçá, uma moda do Jonh Cale para aplacar seus males.
E, que o poema não!
O poema, apenas lhe oferecerá carinho.
Ah, o poema!
Esse sim, é lenitivo à alma e os males que aflige o poeta.

Inserida por NICOLAVITAL

LICENÇA POÉTICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

O poeta não tem que ser poeta
nem sereno, ajustado, cavalheiro,
quando a raiva se alastra em seu terreiro
e uma curva provoca sua reta...

Se lhe cumpre ser bárbaro, guerreiro,
o poeta não tem que ser poeta,
porque sua caneta vira seta
onde o vento provoca o seu braseiro...

Todo anjo estagia pra demônio;
o divórcio nasceu pro matrimônio
como toda ilusão se rende ao fato...

Manda o mundo pras favas ou pro inferno;
mesmo sendo sensível, frágil, terno,
o poeta não tem que ser um chato...

Inserida por demetriosena

PICUINHA POÉTICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Se converso com verso é porque vou além;
faço meu universo; mais versos; infindo;
propriamente universo de versos ao próprio;
é assim que vou indo - como se vai mesmo...
Tenho versos perversos, mas desde que versos,
controversos talvez, contra versos que são,
transformando razão em contexto emotivo
ou contexto emotivo em ciências exatas...
O meu verso malversa conservadorismos
marginais ou de arcádias, atados às barras
de seus vãos formalismos ou vãs marginálias...
Sou poeta transverso, atravesso combates
de cadeiras, escolas, liberdades presas
às defesas do quanto se forjam matrizes...

Inserida por demetriosena

QUEIXA POÉTICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Respeitarão meu poema down; meu soneto de pé quebrado; minha trova fora de compasso. Tratarão com respeito meus versos mal vestidos; carentes de medida; com uma sílaba menos ou algumas sílabas mais do que as milícias literárias ordenam. calarão diante da simplicidade sincera do meu poetar sem lei, lenço e documento..
Farão isso, ou me queixarei aos direitos humanos literários, por ser vítima de preconceito poético. Por não respeitarem a natureza humana, divina e social de minhas letras. Não aceitarei, de modo algum, que discriminem minha poesia especial; portadora de necessidades afetivas e de razões menos conservadoras.

Inserida por demetriosena

Nova Poética

Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.

O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfa, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M. Belo, Belo, 1948

Não tenho primor gramatical, nem primor literário.
Este último não tenho porque falta-me talento.
Já o primeiro eu não tenho porque sou um bárbaro
que usa e abusa da licença poética,
destruindo a gramática em favor de alguma melodia.
E aí quando acusam-me os puristas
de ajudar a assassinar a língua portuguesa,
eu vou dizendo pelo caminho
que, tal como as coisas essenciais da vida,
poesia não se lê com os olhos,
só se lê bem com o coração.

Viver é peso demais para um só carregar. Dividir esta responsabilidade é a melhor forma de impedir o fracasso a subir a cabeça.

O mundo tem um montão de pessoas tentando impedir que os muros apaguem o horizonte.

Não existem...
.
Não existem palavras que possam mensurar o que nos envolve.
.
Não existe palavras que possam explicar o que nos envolve. .
Não existem palavras que possam detalhar o que nos envolve.
.
Não existem palavras que possam...
.
Mensurar
Explicar
Detalhar
.
Apenas vivemos o que nos envolve.
.
Apenas vivemos o AMOR.

A poesia é um esfoliante natural para os corações empedernidos.

CIRCUNSPEÇÃO

Cuidado com a tua gola!
Que, em uma hora d'essas,
n'essas festas com arestas
nesse aperto, feito sem jeito
se fosse em mim,
apertado assim...
Ai de mim, ai de mim!

Essa sua gola...
Que, parece mais com angola
cheia de pinta, tanta tinta!
Ai de ti, ai de ti!
Já pensou... Se essa sua gola,
toda feita com amor
te degola?

Antonio Montes

Pessoas entram e saem feito peças em um jogo de tabuleiro, dando a impressão de que a é a vida quem imita o Jogo da Vida, quando deveria ser o contrário.

A poesia dá notícia da ludicidade do divino.

Fiz meu silêncio ecoar poesia.

⁠DECLARAÇÃO DE AMOR... PRÓPRIO

Eu, por este simples instrumento poético, declaro, para todos os fins e direitos, me amar e respeitar todos os dias que ainda me restam nessa vida. Declaro, ainda, que ressignifcarei as experiências não tão positivas as quais passei, fazendo com que minha vida ganhe um novo sentido.

Declaro que minha atenção será constante, no sentido de construir boas relações e priorizar minha construção de dentro para fora.

Declaro que estou ciente de que nem todos os dias serão simples e fáceis, mas que lutarei bravamente para que os dias difíceis ganhem um significado de aprendizado e crescimento.

Declaro, também, que minhas conquistas serão alcançadas e que saberei valorizar cada vitória, desde as mais simples.

Afirmo publicamente que estou em pleno gozo de minhas faculdades físicas, mentais e sentimentais, dando-me aptidão a exercer o amor próprio.

Este instrumento poético de declaração de amor, passa a ter validade a partir de agora. Não de amanhã ou depois. Agora. Já.

E assim, ciente de que exercerei o declarado para fazer o meu mundo melhor, assino e dou fé.

Agora diga o seu nome em voz alta e vamos à luta!