Antologia Poética
:: A Poética do Viver ::
Viver é sentir pulsar a vida em toda a sua intensidade
Viver é se sentir à vontade para curtir a sua própria liberdade
Viver é saber conviver com o essencial e com a vaidade
Viver é querer sempre mais para alcançar a felicidade
Viver é 'poetizar' da eternidade à finitude
Viver é procurar o amor em sua plenitude
Viver é ser capaz de repensar as atitudes
Viver é acreditar em Deus e em toda sua magnitude
Viver é aprender e ensinar dia após dia
Viver é saber buscar o que se quer com alegria
Viver é entender que tudo isso é poesia
Viver é saber enxergar a vida como uma mistura entre a realidade e a fantasia.
A primeira arte
arte inicial
arte poética
arte primeira
arte chão da artística criação
arte geradora das outras artes
arte que tudo de bom cria
arte poesia.
Saibam senhores, que se o teu coração não se põe em inquietude poética a cada vez que aquele alguém vem ao teu encontro, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida. Se os teus olhos não brilham todas as vezes que você o encontra, se o azul do céu ainda não te faz fechar os olhos e suspirar por lembrar daquele rosto, se ao cair a noite você não busca a primeira estrela do céu, só pra olhar e sorrir, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida!
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dane; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitou, mas então com as mãos, e disse-lhe, – para dizer alguma cousa, – que era capaz de os pentear, se quisesse.
Poética vida.
Vida. Significado poético onde
ficção e romance se misturam
em um so drama pelo resto da historia.
Finalmente estou procurando uma ação,
para quem gosta de mistérios, ela aje
de uma forma romântica, com amores
subpostos a te odiar para que
no final você possa descobrir
a quem te ama verdadeiramente.
Para aqueles que gostam de um
romance, ela aje injustamente,
com a mistura de ficção e ação
para manter o seu suspense.
No meio da historia, seus amores
aparecem sem que você perceba
e guarde todos eles na memoria
como os seus melhores amigos.
E aqueles que preferem drama,
sua vida estara repleta de fases,
que continuam a fazer de seus
lazeres um inferno, e de suas distrações
uma dor de cabeça. Mas, o seu
romance estara do lado certo, no momento
certo, no lugar certo do jeito perfeito,
sabendo que de qualquer forma,
a vida sempre acabara em poesia.
Vida. Significado poético onde
ficção e romance se misturam
em um so drama pelo resto da historia.
Por uma educação poética
Em seu poema "Belo Belo", publicado na obra Lira dos cinqüent'anos, o poeta Manuel Bandeira dispara: "Não quero amar,/Não quero ser amado./Não quero combater,/Não quero ser soldado/. - Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples/. Por meio do discurso dessa autoridade incontestável da seara das letras, impregnado de uma sabedoria que a maioria de nós busca alcançar, nos sentimos propensos a refletir sobre a grandeza existente nas coisas singelas e a forma como elas conduzem nossos corações e mentes para o caminho do que é realmente importante à existência humana. Possibilitar essa visão apurada da vida é contribuir para o entendimento de que a felicidade é composta pelas ações e sensações presentes nas coisas mais corriqueiras. Esse aprendizado deve ser, ou pelo menos deveria, um dos objetivos primeiros da educação. Nas disciplinas do currículo regular, na abordagem dos temas transversais, nas numerosas atividades que devem configurar o ano letivo das escolas - semanas culturais, gincanas, passeios, comemorações cívicas -, é necessário que os educadores propiciem aos seus aprendizes a consciência do que é o bem, o bom e o belo. Até porque essa tríade, capaz de dotar o espírito e a mente humana do viço e da energia essenciais à edificação de ideais nobres, cria um círculo virtuoso fundamental à convivência social pacífica, ao desenvolvimento do caráter ético e ao fortalecimento de valores como: honestidade, lealdade, respeito, civilidade, fraternidade, solidariedade e senso de justiça. Essas e tantas outras percepções e virtudes provêm do aprendizado adquirido na família e também das influências recebidas pelo meio. É aí que entra o papel da escola e o trabalho sensível dos educadores. Mestres são também maestros. Regentes cuja missão é ensinar aos músicos/aprendizes a ler as partituras da vida equilibrando razão e emoção, competência técnica e amor. Para isso, há que se despertar os educandos para o singelo, para a verdade e para a beleza essencial de todas as coisas. Em seus versos irretocáveis, Manuel Bandeira sintetiza parte dos conceitos filosóficos descritos por Platão a respeito do belo, tanto em seu texto Fedro, quanto em República. No primeiro, o filósofo nos diz: " (...) na beleza e no amor que ela suscita, o homem encontra o ponto de partida para a recordação ou a contemplação das substâncias ideais". Já em sua República, Platão compara o bem ao Sol, que dá aos objetos não apenas a possibilidade de serem vistos, como também a de serem gerados, de crescerem e de nutrir-se. O pensamento filosófico e a poesia não oferecem mapas ou guias para a felicidade. Muito melhor do que isso, apontam caminhos para que possamos ter o prazer de encontrá-la pelos nossos próprios esforços. Assim deve ocorrer também com a educação, cujo compromisso maior precisa ser o de proporcionar escolhas, opções de rota, além de fornecer aos seres em formação os instrumentos básicos para as suas jornadas pessoais. Mestres e aprendizes têm de compartilhar a fascinante aventura da troca e da descoberta, de modo que, juntos, ampliem a capacidade de olhar as paisagens da vida com os olhos de ver... Carlos Drummond de Andrade - outro mestre sagrado da poesia - já falava sobre isso em seu belíssimo poema "A flor e a náusea", do livro A rosa do povo: "Uma flor nasceu na rua!/(...)Uma flor ainda desbotada/ilude a polícia, rompe o asfalto./Façam completo silêncio, paralisem os negócios,/garanto que uma flor nasceu./(...)É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio/." Essa visão privilegiada dos poeta, dos grandes visionários e filósofos tem de estar no cerne das propostas educacionais. Seja nas instituições de ensino superior, seja nas escolas da rede pública ou privada, nos colégios da periferia, quiosques, cabanas e ocas em que a educação transcende as carências de infra-estrutura física e material e se dá por meio do altruísmo de milhares de mestres que habitam os mais variados rincões do País.... É preciso utilizar uma pedagogia que revele o bom, o bem e o belo em sua essência primeva. No ensaio "Inquietudes na poesia de Drummond", do livro Vários Escritos, o professor Antonio Candido discorre sobre o que chama de "função redentora da poesia". É esse o alerta e o norte necessário à educação de excelência. No dia-a-dia da sala de aula, no vaivém do processo ensino-aprendizagem, no ritmo alucinante da busca pelo saber, é necessário encontrar um tempo para ler, reler e resgatar, enfim, os dizeres dos grandes filósofos e poetas, de modo que possamos nos educar e educar aos demais para olhar o asfalto e, ainda assim, poder enxergar a flor.
Publicado na Folha de S. Paulo
Tramela poética
Poeta rabisca o que pensa
E não pensa pra rabiscar
Seus rabiscos aas vezes encanta
E outras faz chorar
Poeta é pensador
Que as vezes perde seu teor
Suas rimas as vezes magoam
Dependendo de como soam
E se se retratam nos rabiscos
Como é que eu, poeta, fico?
Pois jamais tive a intenção
De ferir a ninguém no coração
Uma tramela é preciso
Para não mais olvidar
Rabiscar conciso
E a ninguém...magoar
Aqui estão quase todos os textos que escrevi ao longo de um ano...Prosa poética,poesia,contos e crônicas ...Espero que gostem,pois a opinião de quem lê é muito importante para quem escreve!
Que desa-broxe a minha alma poética que os lírios cante em teu louvo ... que a luz triunfe ...no grande abismo da alma
A verdade se tornou poética, todos falam sobre, porém ninguém encontrou coragem o suficiente para vive-la.
"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
Raras são as pessoas desse quilate espiritual, capazes de renúncias desse porte. Zilda Arns inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo. São beneméritas da humanidade, cuja biografia vale por um tratado de direitos humanos.
Fui seu colega no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e tive o privilégio de com ela conviver. Sua morte desfalca os que travam o bom combate, de que falava São Paulo, e enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária".
CEZAR BRITTO
Presidente do Conselho Federal da OAB".
A dor.
A dor, tão bela,
silenciosa, inquietante,
tão sedutora, e tão simples.
Tão poética.
Dor é mentira,
é a raiva que tira o sossego,
a raiva que quando negada, é patética.
Dor, também é amor.
É traição;
Dor é rancor,
e também, atração.
Causar dor,
é de longe mais simples que fazer sorrir.
A dor te toma a lucidez,
e a magoa, passa a lhe cobrir.
A dor é exitante, degradante,
é envolvente, doente;
É o vazio da alma, que anseia por um ser.
É o pequeno desejo, de algo, ter.
É a cegueira da mente, clamando por ver.
Peço desculpas aos Geólogos, aventureiros e afins...
Mas com toda a sinceridade poética...
Não existe geografia mais bela que os montes, vales e curvas de um corpo feminino...
Não existe maior aventura que explorar tão sagrada geografia...
Lentamente... Delicadamente... Com a ponta dos dedos... Percorrendo cada desenho...
E cada mistério...
Insônia Poética...
É a perda de sono, causado na maioria das vezes por um verso ou poema em formação numa cabeça poética...
É um poema indeciso... Não sabe se nasce ou se fica maturando...
Então eu pergunto:
Por que não me deixa dormir...
Receita poética
Uma boa relação começa pela troca de olhares...
Tanto os ingênuos como também os mais libertinos...
Adicione aos olhares o fogo da paixão...
Que com o passar da mistura fina passa a ser homogênea igual ao amor...
Adicione pitadas de união e cumplicidade a mistura...
Pode adicionar também um pouco de açúcar ou chantilly ou qualquer outro ingrediente que apimente a a curiosidade de explorar...
Continue mexendo até o amor ganhar forma...
E assim, quando a mistura fina estiver bem ligada se desprendendo dos ciúmes...
Coloque a massa em forma untada de esperança e bem-estar...
Leve-a ao forno caliente da paixão...
Nesta fase tem que ter paciência... Pois, se retirar antes do tempo a mistura fina desanda...
Alguns longos minutos depois...
Esta pronto o casamento...
Ops...
A receita de casamento poético...
Missão Poética
É a eterna busca do poema perfeito...
Buscar no universo de cada sonho...Sonhos bons e os ruins...
As respostas do mundo...
A missão de um poeta é árdua...
Unir as palavras em frases...
Destas frases formar os versos...
E assim expressar o mundo em linhas tortas...
Tortas iguais ao mundo onde vivemos...
Um poeta nunca é perfeito...
E quem neste mundo é....
Na poesia escrevo o mundo...
Bonito e feio...
Gentil ou agressivo...
Na poesia escrevo sobre tudo...
Escrevo sobre o meu maior amor...
Escrevo sobre a minha maior dor...
E assim continuo a caminhar...
Palavra por palavra...
Verso por verso...
Até o dia que encontrarei o poema perfeito...
O poema final... Onde encontrarei todas as respostas...
Ou morrer com todas as dúvidas poéticas...
Conversa Moderna e poética
Cary diz:
*isso ae, na vida estamos sempre atuando
nayra diz:
*opa!!!ehhehehe
Cary diz:
*um dia somos fortes, outro dia fracos
nayra diz:
*outros dias fracos...outros tbm...ahuhauha..e de vez em quando fortes...mas nao dá nada nao...
Cary diz:
*pois é nem sempre é fácil fazer comédia
*o trágico sem tem mais platéia !
nayra diz:
*pois é...o trágico é melhor em monólogo!
Cary diz:
*e nem sempre contracenamos com os mesmo atores...
nayra diz:
*hhehehe...essa é a melhor parte
*ou pior
Cary diz:
*pq sempre há um palco diferente para ambos...
nayra diz:
*que bonito..ehhee
Cary diz:
*as cortinas sempre se fecham...
*e alguns batem palmas outros vão embora sem entender a mensagem
*o importante é a sua atuação e o que você aprendeu dela, ou seja é a vida... fim
ATEMPORALIDADE POÉTICA
Me perguntam sobre os sentimentos versificados
“São sentimentos do passado?”
“São sentimentos do presente?”
Sim para as duas indagações
E mais…
São sentimentos do futuro e de um tempo ausente
Mas não somente sobre o tempo me inquirem
Querem saber a pessoa do tempo
“Para quem escreve?”
Escrevo para alguém do presente
Que anda de mãos dadas com alguém do passado
E abana a outro alguém do futuro
Escrevo apenas para meu inconsciente
Minha escrita é perdida no tempo
Alcança todos e não pertence a nenhum
Versos anacrônicos que perambulam pelas dimensões
Carregam o que senti, sinto e sentirei
Vagam randomicamente pelo espaço
Cujo destino nem eu mesmo sei
Ébrios vagabundos eternamente errantes
Que não apressam seus passos desconsertantes
Meus rabiscos são impessoais
Os sujeitos são anônimos
Escondidos por detrás da cortina das letras
Expurgam um simples sentir
Não um ser que se brinca de fingir
Mas, sim, também são pessoais
Porque dedico a alguém de agora
E junto dedico a alguém de outrora
Não tentem despir minhas palavras
Nem campear um simples significado
Só aproveitem este texto desordenado
Não talhem um nome e um tempo na poesia
Pois mesmo os versos agora dedicados
Carregam muitos nomes futuros
Carregam muitos nomes passados