Antologia Poética
Possibilidade Poética
Sou um pássaro de asas saradas,
da gaiola não mais prisioneiro,
não mais o horizonte finito e traçado
por verticalidades que não me elevam,
não me levam a lugar algum.
Não me impeça de voar!
E subirei... subirei ao mais longínquo de meus sonhos
e desejos mais sutis,
às mais poéticas paisagens do espírito livre.
E, quando entre as cores anis,
perceber que Deus me sorri gostosamente,
compreenderei que o mistério que a toda vida envolve
não me é mais temerosa,
livre, enfim, serei.
O fraseador
O poder da palavra poética está além da ideia. A sutileza do verbo é algo a ser mensurado com carinho e cuidado, sem ser quadrado. O resto é mera panaceia. É como “faca de dois gumes” agudos, poderosa, podendo trazer a paz airosa, ou a guerra subliminar, portanto, cortante de ambos os lados; ideias as quais advêm de além-cume, cujo azedume deve ser trasladado à fino perfume. Se for preciso seja normal ao mudar de ideia para que o bem suplante o mal.
Dizem que o amanuense deve ter nascido assim; uns dizem ter sido acometido por fatores congênitos advindo de negros querubins, outros, ter sido atacado pelo vicio de escrever, comparam-no a um jogador inveterado de doer, viciado em carteado, jogador de futebol alienado, de pseudovivaldino em cassino, de esquizofrênico das letras, enfim: de sonhador, sofredor de frenesim, afinado em complexo feminino, quiçá, um cigano transtornado em ladino ou afim, quiçá, exilado beduíno num deserto dependurado prá lá de Marrakesh longe de Bangladesh...
Amanuense é o escriturário da literatura extrafísica, que deve funcionar como filtro de pensamentos difusos, haja vista a grande responsabilidade indutora de suas palavras, recebidas dos orbes astrais. O mal e o bem são ideias que plasmam nas vidas reais, se a inspiração for boa, com certeza as obras também o serão. E se for maligna os atos as contraporão.
Pensando bem, o seu inocente jogo pode não ser prejudicial, bem como pode fazer muito mal, já que faz uso duma arma fatal, a mais forte que existe: a palavra sutil, a única que subsiste; mesmo que seja chiste da vida mortal; que tem o poder de induzir sem muito refletir, encaminhando à lavagem mental do seu leitor ideal e tudo isso se dá pelas suas frases escritas dentro da boa ou má inspiração restrita... Com o passar dos anos o poeta percebe que uma força estranha o domina, porém, começa a entender que essa força tem nome: Missão ou Sina que fascina, quiçá, seja divina. Então pensa consigo mesmo e analisa os fatos históricos dos sistemas caóticos: Haja vista o rumo da humanidade a qual segue peremptoriamente seus antigos líderes políticos, religiosos ou idealistas, e seus preceitos grafados em velhos pergaminhos de muita idade dentro de extensiva lista, e não há quase nada que se possa fazer para mudar o seu caminho, pois, entrega a própria vida em nome de sua visão mesquinha adquirida...
Disseram por aí, há milênios, que existem céus de eternas e gloriosas vidas, e infernos onustos de arsenais robustos, e o medo toma conta dessas cabeças bruscas as quais dentro de suas conveniências convexas agem de acordo com seus condicionamentos mentais anexos. Ao final vemos que a história registra a destruição do homem com seus conceitos e preceitos de tacanhos ideais imperfeitos.
O fraseador que se preza procura a auto-conscientização de suas escritas, para não se auto-corromper, até porque, deve crer piamente na responsabilidade do que tem de escrever. A mente humana é muito sensível à indução. Se a mente religiosa for talhada para matar ou morrer até de fome em nome de seu deus, com certeza o fará sem problema de consciência tal a ambivalência que considera nobre ao mais perfeito ateu. Temos visto isso ocorrer nos meios religiosos, e porque estamos falando de religiosidade neste contexto de simplicidade, simplesmente porque se não há o consenso do bem nesse ambiente santificado pelo desejo de ganhar a salvação de Deus qual a tem muito além, então quem dirá fora desse metiê à mercê do aquém...
O fraseador continua um pensador inveterado sem se importar com o que digam a seu respeito, certo ou errado, pois, aprendeu a cumprir sua missão de trazer ânimo, saúde e alegria à alma malfadada pelo seu pseudopecado e, que a considera de direito.
Assim crê em sua verdade extrassensorial, muito embora, não passe de mais um mero aprendiz de sua musa inspiradora real...
jbcampos
"Dentro de uma obra poética literária;existem frases,versos,sonetos,reflexões e poesias.Tudo dentro do mesmo contexto;Agora!cabe ao leitor se identificar com o pensamento do autor e tirar suas próprias conclusões."
O MUSO POR LICENÇA POÉTICA
Passei tanto tempo
esperando uma oportunidade.
De um dia conhecer alguém
Que o vento traria como um bem
Poderia ser ate uma Divindade
Ou quem sabe um Deus
Tal qual Zeus.
Há sempre alguma razão
para sentir-se não bastante bem
Então pedi a uma estrela que me
Trouxesse um presente em verso
Ou em prosa, na verdade ate um Soneto
Foi ai que um dia apareceu o tal
Verso, que trouxe consigo até
A Prosa, o verso, reverso, contos
Ate descontos, com muita poesia
Alguns fragmentos...
Nada que uma fisioterapia não resolvesse!
Minha alegria era notória, que ate
Despertou a do sono umas escritas
Em oratória, versada, prosada, poetizada,
As Crônicas se empolgaram, os sonetos
Pediam " bis "
Vícios de linguagem brotavam
Criatividade, e é claro sempre
Em sua Homenagem
Diria ate que eras o " muso"
Que por licença poética
Assim O denominei.
E assim, dia e noite eu estava sempre
Nos braços do Muso real para mim
e criativo para as letras de concordâncias
Verbal , Nominal e Adverbial
Muso tão desejado e ate amado
Chegou puxado do naufrágio do meu
devaneio silencioso
Vivo nos braços do Muso,
E nele encontro um pouco de conforto.
Assim que chegou , o Muso ficou
Para a composição verdadeira
Todo sentimento armazenado em
Mente e decifrado em alegrias ou
Tristezas, declarações de amor
Ou sintomas de Saudade !
Outrora jamais imaginei
Receber um presente tão
Especial como voce...
Meu querido Muso, que por
Licença poética assim o Denominei
Para sempre meu ,na saúde
Na Doença na Alegria e na Tristeza.
_____________Norma Baker e Sá Ribeiro
UMA OBRA POÉTICA.
Quando te vejo englobo-me na humanidade
Quando te vejo sou universal
Quando te vejo
Vejo o verde do mar de amar...
E sei que irei navegar no seu olhar
Vendo o universo entrando dentro de mim
Neste espaço que sinto que componho
Sinto que tenho meu planeta esmeralda dentro de seus olhos...
...Sim!
Você faz parte de tudo
Ho! linda mulher tudo mescla contigo
O vento
O mar
As ondas nas ondas das asas de uma gaivota que está dentro de mim...
Hoje voltei a enxergar tudo de novo
Porque você sabe olhar
Porque amo seus olhos
Hoje voltei a sorrir
Porque amo seu sorriso
Ele diz que existe o amor...
Quando você sorri seus braços me abraçam
Hoje voltei a ouvir
Porque você sabe ouvir...
E todo o universo por isso mescla em ti
Linda!
Linda Mulher!
Parece que é a primeira vez na vida que faço uma poesia
Porque sua fotografia mesclou também dentro de meu ser
Mesclando não a ficção mas você inteira
Com toda a beleza do mundo...
Linda!
A única maneira de terminar está poesia
É dizer que você é uma obra poética de amor...
Uma obra poética: Bb,Bb,Bb...
GOTEIRA POÉTICA
Não tem jeito.
Eu já tentei
Escorre sempre
Toda vez que percebo
Lá está ela
Respinga nas ponderações
Ou em comentários despretensiosos
São metáforas
Licenças poéticas
Brincadeiras linguísticas
E cá está ela
(Es)correndo na lentidão do tempo
Quando a tempestade aparece
Ela fica incontrolável
Essa goteira poética
Que me acompanha
De tempos em tempos
Em meu apartamento
Somos uma extensão biológica do berço à sepultura, o resto
é pura alegoria ou imaginação poética do ser humano...
Permitindo-me a licença poética, digo, o Reino de Deus é assim...
Distraído em meu mundo particular de erros, um ser perfeito com uma natureza diferente da minha vem a minha procura, se introduz na minha realidade e me convida a viver em seu “planeta”, eu respondo, “sim, o que devo fazer?” “Venha apenas, o que tinha de ser feito eu já fiz, Eu sou o caminho para outra vida em um mundo novo”. Eu aceito. Mas não é agora, essa vida tem de ser vivida, o caminho deve ser trilhado. Porque morrer por Cristo é fácil, mas viver por Cristo é difícil.
POÉTICA
Um poema dá trabalho
Noites a fio
Dias a desfiar
Toda uma existência
Tecida e destecida
Noite a noite
Dia a dia.
A solidão da comunhão poética dissipa-se com a chegada dos sentimentos sólidos e verdadeiros ao coração ferido.
Fortaleceu a sensibilidade afastando a verdade inventada em um tempo moderno.
E com firmeza e clareza releio o poema concreto para que teu coração possa reluzir diante de meus olhos com ternura e satisfação ao meu querer.
Mas será sempre inevitável a dor, no exercício do amor.
O rigor da sensibilidade e a magia poética,
naturalmente, criam mistérios que ora, provocam alegrias incontidas ora, incandescentes infernos.
O romance em algarismo decifra o infinito de um sentimento em consciência poética que transborda o coração que se mostra carente.
Sua companhia se faz eminente ao meu ser, Que de tão exata se manteve na imensidão dos sentimentos oblíquos.
A relação se pôs com tamanha importância para a pulsação de um coração alado que em batimentos voa para o infinito.
A dimensão poética foge do gramatiquismo que limita a palavra e do racionalismo que limita o pensamento.
“Minha perdição”
A desgraça de uma vida poética é ter seus atos enxergados de forma vil e barata, onde os aplausos não valem nada.
O convite para o belo banquete, a cobiça veemente, a ausência que se sente é a loucura proseando calmamente.
Os talheres prateados estão espalhados pela grandiosa mesa e seus convidados são aqueles que refletem sua imagem na prataria cara.
Olhe ao redor e veja uma vida fadada aos anseios dos idiotas, semelhante à velha anedota que só faz rir os inocentes.
A ironia do desperdício de palavras sensatas é como a bela flor pisoteada, aviltada e depositada de forma sutil naquela alma lavada.
Os ladrilhos já não estão sob meus pés, a caminhada na qual te falava deixou há tempos de ter sentido,nada mais afeta meus anseios.
As vozes que ressoavam em meus ouvidos conseguiram acalmar meu ímpeto incontrolável, foi como tempestade que dissipa em um piscar de olhos; neste instante a calmaria é minha glória.
O que é YOGAMA?
Cada YOGAMA é como um poema/exercício de absorção poética cujo tema abrangente pode ser objeto dos mais variados fenômenos e sensações afetivas elevadas.
O que é YOGALA?
É uma outra asa de vôo poético.