Antigo
Meu querer por você é antigo...
Jamais deixei de ser seu amigo...
Mas, se você quer ficar comigo...
Presta atenção naquilo que não digo!
Despertar.
Acordei pouco inspirado,
Estava travado,
Em meu pensamento,
Em um momento,
Antigo, guardado no porões
Do inconsciente.
Veio à tona de repente,
Como corrente, de vento,
Que abra a janela e o sol
Se faz presente.
E, ai, contente, olhei novamente,
Profunda e delicadamente.
RUÍNAS
Assim como construções
Que desmoronam com o tempo
Só me restou as ruínas
Desse antigo sentimento.
Sabia que não era eterno
Que um dia chegava ao fim
Só não pensei que viesse
Desabar tudo em mim.
E foi em meio do caos
Que eu então me encontrei
Junto com velhas lembranças
Que comigo resgatei
Além de muitas daquelas
Que perdidas ficaram ali,
foi sobre ruínas
Que eu então renasci.
Já não tenho mais vestígios
Daquele antigo lugar
Só mesmo aqueles mais fortes
Que insistiram em ficar,
Pois servem para lembrar
De coisas que não tem fim,
Como certas cicatrizes
Que permaneceram em mim.
São coisas que fazem parte,
São coisas que a vida ensina
Dessa história enterrada,
Ainda me sobrou ruínas.
Um antigo professor, uma vez me disse que a felicidade se encontra na nostalgia e realmente parando para pensar eu cheguei a conclusão de que eles está certo, afinal quando em uma conversa relembramos os bons momentos do passado, ou quando vemos uma foto, Gif ou vídeo é comum pensar o quanto estávamos felizes naqueles momentos, por isso, hoje acredito que a felicidade meio que é a tristeza por algo que sabemos que nunca mais viver. Há momentos no presente em que a gente reconhece o quanto somos felizes mas estes momentos são raros neh? Porque somos muito cabeças duras para conseguir enxerga-los na maioria das vezes.
Nos momentos em que me sinto nostálgica me pego pensando o quanto a vida é bela por isso e até menso cruel em sua beleza.
(( 005 ))
INTIMIDADE
... Um quarto-sala n'algum prédio antigo...
uma geladeira, uma escrivaninha.
E na fruteira maça, pera, figo
mais a certeza de saber que és minha!
No pouco espaço deste nosso abrigo
há no banheiro uma esticada linha
que um prendedor segura sem perigo
a minha cueca e a tua calcinha.
nesta intimidade em forma crua
é tudo feito tão naturalmente
que até parece que no ar flutua
alguma coisa estranha, diferente...
dando a impressão que até mesmo a lua
tente descer para vir tocar a gente.
.
Jenário de Fatima
BILBOQUÊ
Marco Aurélio Chagas
É um brinquedo muito antigo,
Que se joga com a mão.
É uma bola de madeira
E que é presa a um cordão
Que é ligado a um suporte.
Ela tem furo central.
Que deve ser encaixado
No tal suporte, afinal.
***
Das confissões de um antigo criminoso que se viu vítima do seu próprio golpe, pois era pra ser só mais um romance passageiro mas, ele acabou se apaixonando pela vítima e como iria confessar que sua identidade era outra? Como poderia se abrir e recuperar aquele amor? E por que ele se colocou nessa situação? Como poderia ser golpe se ele não tinha interesse em nenhum bem material que seu amor tinha? Ele podia reverter essa situação?
Um belo dia quando seu amor partiu por descobrir que ele tinha outro nome, ele se fechou para o mundo em um casulo e tentou achar dentro de si a resposta “por que me passo por outra pessoa?” Anos depois ele descobriu que os traumas do seu passado faziam ele se odiar e por vergonha dessa verdade ele criou um pseudônimo do que realmente queria ser…Após anos no casulo antisocial ele resolveu se mostrar ao mundo como gostaria de ser, com muitos diplomas, hobbies, várias especialidades… até que um encontrou um novo amor, moça pura que vivia na roça, sem malícia do mundo mas, com um coração bondoso, esse novo amor não se importava com quem ele era, muito menos com seu status profissional, apenas o amava por existir e o escolhia todos os dias, naquele momento ele descobriu que pra amar e ser amado não precisava oferecer promessas, nem precisava buscar ter tantos dotes pra ser um bom pretendente, ali passou a entender que amar é escolher ficar com alguém que não tem nada a te oferecer, porque o amor não precisa de nada além de um ao outro.
O Passado
O Passado passou .
O Passado é ontem
O Passado é antigo
O Passado é Velho
O Passado é terminado
O Passado atrasa
O Passado é antiquado
O Passado é imemorial
Pare de olhar para aquilo
que já morreu…
A semântica do nome Lucas vem do latim e grego antigo Λουκάς - "Loukás", significa iluminado.
Se todo iluminado gera sombra... Seria eu meu maior rival?
No antigo testamento
“Deus livrou”
3 rapazes numa
fornalha de fogo.
Porém,
no novo testamento
“Deus não livrou”
Tiago do martírio.
Porque antes,
Deus era visto
nas nossas conquistas.
Hoje Ele é visto
no nosso testemunho.
“Elter Alves”
VERDADES ABSOLUTAS (OU OBSOLETAS)
Um antigo colega meu já dizia: “a verdade é relativa, depende de quem diz”. No entanto, o objetivo deste escrito não é relativizar a verdade, mas dar um norte de entendimento a quem busca por ela de forma sincera.
É certo que o ser humano através da semiótica dá vários significados diferentes a uma única coisa, algo exclusivo da nossa natureza intelectiva. Um deus pode ter várias faces, uma cultura ou costume podem ser bons ou ruins dependendo de onde se olha, Um réu pode ser culpado ou inocente perante o júri popular.
Protágoras, um sofista grego, dizia que a verdade é apenas uma construção humana, toda a verdade é relativa a algum ponto de vista e nenhuma verdade pode ser tomada como absoluta. Assim sendo, a verdade teria caráter subjetivo.
Mas será que, diante de todas as perspectivas, não há uma verdade maior e objetiva? Usamos a linguística para criar uma ordem comum estabelecida, nomeamos as coisas. Há uma ordem comum e aceita que diz que uma árvore é uma árvore e não um chimpanzé, mesmo que digam o contrário. No entanto, além dessa ordem, há ainda por trás de todas as coisas uma essência objetiva, um símbolo essencial.
Para o cristão, o cristianismo é a verdade Divina, enquanto para o ateu é a mais pura ilusão. Mas mesmo diante do olhar contraposto de cada um há um fato inegável de que o cristianismo puro é positivo no âmbito social, psicológico e, para quem crê, espiritual. Há uma verdade maior que torna insignificante o debate acerca da existência ou não de um deus.
O ser humano tem o péssimo hábito de criar argumentos em cima de casos isolados sem pegar o contexto por trás daquilo. Acreditar na verdade que me convém é sempre melhor que assumir a verdade do outro. Mostrar que estou certo é mais importante que assumir uma verdade concomitantemente síncrona. Só que assumir, muitas vezes, não é perder.
É aí que mora a quebra do paradigma do juízo de valor: Todas as verdades têm uma essência maior por detrás de seu véu, seja essa verdade boa ou ruim. elas deixam de ser “meias verdades” quando servem a um propósito maior que o de satisfazer o ego de cada lado segundo o seu próprio viés. buscar por essa verdade é o trabalho de todo pensador sincero.
REI, DONZELA E CAVALEIRO
Nos salmos do Davi do tempo antigo,
naquelas confirmadas profecias
de todos os profetas, te anuncias,
meu Rei, mas bem honrar-te não consigo.
A débil caravela em que me abrigo,
temendo o mar gentio, bastante adia
subidos ideais que na euforia
naufragam pelos dardos do inimigo.
E quem os vem salvar é uma donzela
que, por seu cavaleiro naufragado,
se lança em belonave na procela.
Assim, a Santa Virgem tem buscado
por mim que naufraguei na caravela
do eufórico ideal desintegrado...
Visão minha cerra
Do próximo ser
A história que berra
O antigo viver.
Memórias distantes
De fados semblantes
São rastros flagrantes
Do meu padecer.
A dor que se encerra
No seio pra guerra
Visão minha cerra
Do próximo ser.
E fende a vivida
Presença a prisão
Na água aguerrida
Da minha visão.
Abranda do vulto
O mal resoluto
O nobre atributo
Do agora: tensão.
Hesita rompida
A estrada da vida
E fende a aguerrida
Presença a prisão.
Que Deus me suporte
Trilhando o porvir.
Morri sob o forte,
No forte nasci.
Incógnitas cores
Que tingem as dores
Do céu de terrores
Me têm a cair.
Nas brumas da sorte
Do vale da morte
Que Deus me suporte
Trilhando o porvir.
Por favor não me ame,
Não estou preparado
Um antigo amor me deixou machucado
Ah se eu pudesse voltar no tempo
E apagar tudo que aconteceu
Eu não seria essa pessoa
Tão sem sentimentos
Desculpa, você não tem culpa
Mas cuidado, não se apaixone
Essa minha indecisão è medo e
Tem nome
Meu coração está ferrado, e cheio de amargura
Mas não vai ser um novo amor
Que me trará uma cura
Ter saudade é recordar
Uma fase do passado
É rever o filme antigo
Esquecido e superado
É reler a velha história
Em um livro da memória
Amarelo e empoeirado
Amor antigo, amor proibido
Ali da esquina, te vejo
Ali permanecerei.
Não cabe diminuir a distância
Nem sempre é sobre amar
As vezes é sobre destino
As vezes é sobre não dar.
Mas o que posso fazer,
Se não apenas aceitar?
Caminhos diferentes
Começaram a trilhar
E voltar...
É um caminho sem volta