Antigamente

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É dever do profeta anunciar a verdade. Antigamente isso custava a vida e mesmo assim era feito. Hoje quase nenhum faz por custar popularidade.

Ser reconhecido me deixava muito animado antigamente. Acontecia muito quando eu estava andando por Los Angeles. Uma vez parei em um farol e ouvi: ‘Ei, cara!’ Isso te assusta muito. Olhei para o lado e haviam quatro caras em um picape mostrando o dedo do meio para mim! Fiquei muito cansado de coisas assim acontecerem, então parei de prestar atenção nas pessoas ao meu redor.

Antigamente pediam pro vizinho um pouco de açúcar, hoje pedem a senha do Wi-Fi!

Amor de antigamente

Hoje você jura amor eterno, amanhã não me olha nos olhos, semana que vem você encontrará um novo “amor” e provavelmente depois de chorar muito eu ficarei bem.
Hoje em dia “eu te amo” virou bom dia, boa tarde, bons sonhos ou até mesmo alô como vai? Desculpe-me a sinceridade, quem sabe a petulância, mas qual é o significado do amor? Prefiro não ouvir um “eu te amo” por toda a vida, do que ouvir um falso “eu te amo” todos os dias.
Eu espero amar alguém e sentir reciprocidade nisso, quero passear de mãos dadas quem sabe usar aliança de compromisso, mas sentir aquele frio na barriga, quero olhar nos olhos desse alguém e saber que ali há amor e que isso não precisa ser dito várias vezes ao dia. Eu não quero frases decoradas nem palavras repetidas, eu quero sinceridade. Mas vale um não agradável do que um sim falso. Atualmente tudo está tão monótono que uma prova de amor se resume numa atualização de status numa determinada rede social, expondo uma felicidade que não existe, ou melhor, um amor que não existe.
Tudo isso me faz crer que nasci no tempo errado. Queria ser do tempo em que uma serenata embaixo da janela era declaração de amor, que versos e poesias eram feitas descendentes de um sentimento real. Queria poder acreditar nas pessoas. Queria alguém que me convidasse pra jantar sem outras intenções e não aquele que avisa da balada do fim de semana, queria uma companhia agradável para ver um bom filme num sábado à noite. Eu queria mais simplicidade e menos aparência. Eu queria ouvir a melodia de uma música no violão vendo o pôr do sol, eu queria que o amor fosse o amor de antigamente.
Então eu acordei.

Mas, hey mãe!
Alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer

Antigamente escravizavam os negros, hoje em dia escravizam os pobres.

As armas que as pessoas antigamente usavam eram rifles direto na cabeça,atualmente as pessoas usam facas nas costas.

Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)

HERANÇA

Casamento antigamente
era negócio de confiança
se casavam entre parentes
pra conservar a herança.

Primo casava com prima
sem que existisse amor
casamento por negócio
causava tristeza e dor.

As coisas foram mudando
e foram tomando jeito
quando as mulheres resolveram
a defender seus direitos.

Travaram tremenda luta
pra escolher com quem casar
mesmo correndo o risco
de não ter o que herdar.

Tiveram a liberdade
de tomar a decisão
casamento de negócio
foi em outra geração.

Casamento hoje em dia
e só amor e paixão
quando amor acaba
vem a briga da pensão.

Antigamente eu me vingaria com certeza. Hoje em dia não, aprendi que a vingança é uma tolice, um veneno que você toma pensando que envenena o outro, mas na verdade você que é envenenado e morre lentamente por dentro.

Não se fazem mais homens como antigamente, mulheres, músicas, amigos, sentimentos, brincadeiras, juventude, sinceridade, caráter, união, consideração etc etc etc, tá tudo tão banal e fútil, infelizmente !

Eu sinto que estou diferente,
eu não sou mais a mesma de antigamente,
eu amadurece, cresce, não sei o que à de diferente
em mim,mas a mesma, sei que não sou mais.

Aquela menina doce, ingênoà, cresceu,
quem não valorizou perdeu!
Porque agora aquela menina ja viveu,
e aprendeu.

E agora não entregará seu coração
à um homem qualquer, pois sabe
que os homens podem transformar
meu sorriso de menina em uma lagrima
de mulher

Antigamente era feio e proibido falar palavrões, mas hoje é feio e proibido falar de amor, isso me causa dor.

Antigamente eu saia com R$ 15,00 para uma festa e ainda voltava com dinheiro, hoje levo mais de R$ 100,00 e volto devendo dinheiro. TÁ OSSO !

Antigamente eu me achava sacana diante do mundo, hoje já penso diferente: acho que sacana mesmo era o próprio mundo porque me fez exatamente como ele: um grande sacana.

‎Antigamente, ser filho de pais separados era ser diferente, quase um anormal. Hoje isso muda. É tão normal que virou moda.

Antigamente fui encanto.
Vivendo, aos poucos, virei paixão.
E da paixão tornei-me amor.
O amor demais deixou-me preso.
Há algum tempo já sou pranto.
Vazio completo, da vida a dois, a solidão.
Até que ontem minha alma turva foi só dor.
E amanhã, depois do esquecimento, serei desprezo.

Antigamente ia em todos os lugares para satisfazer os outros. Hipócrita. Hoje me dou o direito dizer não vou!!!!!

A bola nova

Essa bola amarela, não sei não. Antigamente as bolas de futebol tinham a cor do couro com que eram feitas. Pintadas de branco, só em jogo noturno. Lembro do meu espanto ao saber que, em cada jogo oficial de campeonato usavam uma bola nova, o que me levava a sonhar com montes de bolas usadas uma vez só, estocadas em algum lugar. Uma visão do paraíso. E era uma bola por partida, substituída, com autorização do juiz, apenas em caso de perda de esfericidade, o nome científico de murchamento. Isto significava que quando a bola espirrava para fora do campo, era devolvida pelo público para que o jogo pudesse continuar. A bola era devolvida pelo público! Talvez nada na nossa história recente tenha a importância simbólica deste fato: no tempo da Número 5 cor de couro a torcida devolvia a bola. Se a bola demorasse a voltar para o campo havia manifestações de impaciência e quem a retivesse - só por farra, ninguém era ladrão - era hostilizado pelos outros torcedores. Não se sabe se a torcida passou a ficar com a bola quando começaram a usar várias por partida ou se foi algo na nossa alma que mudou. Há quem atribua a uma reversão dos pólos magnéticos da Terra lá pelos anos 40 e 50 a deterioração do caráter do brasileiro. Não sei. Seja como for, uma das suas primeiras manifestações foi não devolverem mais a bola.

Ela era branca só em jogo noturno porque ajudava a visibilidade, até se darem conta de que o branco também favoreceria a visibilidade de dia, pois seu contraste com o verde do gramado era maior do que o do marrom. Agora houve um retrocesso. A cor da nova bola não é marrom, é amarelo cocô-de-criança. Os goleiros estão se queixando de que ela é mais difícil de pegar, mas talvez estejam só com nojo. O contraste com o verde decididamente piorou. Não demora aparecer uma teoria conspiratória alegando que a troca foi para atrapalhar o Brasil na Copa deste ano. Um reconhecimento de que o Brasil era imbatível com a bola antiga, o campeão definitivo da bola branca. Como todos estranharão a bola nova da mesma maneira, estaria começando outra era com tudo reequilibrado, e com chance até para Trinidad-Tobago.

Além da bola, o Brasil precisará se preocupar com a soberba. O clima nacional está um pouco como o de 82, lembra? Aquele time que foi para a Copa da Espanha, com Falcão, Cerezo, Sócrates, Zico, Eder, também não podia perder para ninguém, com qualquer bola. Nos anais da Fifa não consta, mas quem ganhou aquela Copa foi a Soberba. Vai ser nosso principal inimigo na Alemanha.

Antigamente eu via as coisas de outro modo, criei problemas pra você e pra mim.