Antigamente
Se antigamente te encontravas no escuro, era a tua sombra a pedir ajuda.
Hoje a luz conscientiza-te que o que deve ser encontrada/o, és tu mesmo.
como eram as mulheres antigamente
Eram discretas, exalavam expectativa, através gestos suaves, deixando escapar leve sexualidade;
Durante o dia eram mulheres do lar: Mães , educadoras, Maria, Fátima, Raimunda, mas a noite se transformavam em flores perfumadas para seus amores.
Ah, que saudades desses amores, Rose, Railda, Clemilda, se entregavam intensamente aos relacionamentos, ao amor e a paixão.
A saudade é um perfume de antigamente,
parece que exala do coração, sem piedade,
aos poucos vai fustigando a nossa mente
como um tsunami que a tudo invade...
Há lugares que estão diferentes, não porque mudaram, mas porque você não está lá como antigamente...
Bruxas nunca existiram, exceto na mente das pessoas. Antigamente, tudo o que havia eram mulheres e alguns homens que acreditavam em curas com ervas, no folclore e no desejo de voar. Bruxas? Somos todos bruxos de uma forma ou de outra. As bruxas foram uma invenção da humanidade, filho.
Bela canção Eternal Flame
The Bangles
Antigamente havia belas canções, mesmo que desde antes do meu nascimento que criavam com bastante frequência canções como se uma mulher ou um homem dependesse um do outro pra viver, rsrs. Isso era uma realidade triste das mulheres dos tempos antigos. Hoje tem um pouco de liberdade, apesar de ainda existir machismos e de algumas mulheres serem mais machistas que alguns homens... rsrs, mas estamos vivendo e aprendendo que somos mas que as algemas dos preconceitos...
Temos que viver e ser felizes e não essa modinha de empoderadas, que falam das próprias amigas...
Temos que ser unidas e saber que somos guerreiras, trabalhadoras e etc e principal dignas de amor, respeito e de viver intensamente com prazer. Somos maravilhosas e pronto.😍❤
Já não se fazem espelhos como antigamente
A gente estudava que os espelhos podiam ser planos ou côncavos ou convexos... Agora as exigências da imagem perfeita mudaram os tipos de espelhos para os que engordam ou não, ou os que favorecem ou não, ou simplesmente os que você olha antes dos 30 e os que você olha depois. A realidade é que a vaidade misturada com a necessidade de agradar ao público são as mandatárias na qualidade dos espelhos. E haja pose ensaiada no espelho para que a foto no Instagram fique perfeita, quer dizer, fique mais perfeita que o modelo... E haja ilusão de que somos jovens prá sempre, que não teremos espinhas aos 15, que teremos pele de pêssego aos 40, que não teremos bigode chinês aos 60 e que teremos cabelos lindos, sedosos e brilhosos aos 70...
E não pense você que os homens fogem disso, basta saber que o mercado de cosméticos masculino aumentou quase 70% nós últimos 5 anos. Haja pomada prá domar o topete... Haja creme hidratante e tintura para as barbas milimetricamente cortadas...Haja botox para os preenchimentos... Afinal, espelho, espelho meu .. Haverá alguém mais maravilhosamente artificial do que eu?
Antigamente a guerra era sangue contra sangue,hoje a maior guerra é contra nossa mente e o preço é nossa sanidade !!
Antigamente as pessoas ficavam felizes da vida quando alguém falava que gostava delas, dia de hoje isso assusta e tendem a fugir de quem o diz; será por quê? talvez, eis a frase: "ou se morre como herói, ou se vive o suficiente para se tornar vilão", e não querem decepcionar, alimentar uma expectativa ilusória que tende ao declínio. Ou talvez não, talvez a declaração precoce seja broxante, desmotivante por diversos motivos, sendo que não há mais o que conquistar, se o outro cedeu o sentimento e a intenção, ou quando não há um ganho visível, ainda que seja inconsciente.
Antigamente desejar o mal para outras pessoas era motivo de vergonha, hoje parece que sentem orgulho.
Sou mineira de “antigamente”.
Como boa mineira não perco o trem. Nem o tempo. O tempo, porém, me faz perder algumas coisas. Às vezes perco a razão, que logo encontro. Curtir o frio do inverno ao lado de um fogão a lenha, comida em panelas de ferro, ou no tacho mexido com colher de madeira, água esquentando e me aquecendo com o calor que sobe, aroma do café feito na hora, a cozinha puro aconchego, iluminada apenas pela luz da lamparina … Ah! Só na lembrança. São coisas perdidas no tempo. O tempo não permite que eu as encontre mais.
Meus junhos, antigamente...
Milho assado
sapecado nas brasas da fogueira
ou no borralho do fogão
besuntados por meu avô
com manteiga caseira
cheiro de quentão e canjica
saudade que emociona e fica!
Antigamente
chovia de mansinho
depois vinham os vaga-lumes
cada um
pequeno farol
passarinhozinho
rainho de sol...
Noivas de maio - 2013 e 1980
Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: "isso não é casamento!". Naquele tempo, o casamento era visto como decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males.
Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se e os dois ficam livres para começar tudo de novo... Isso porque o casamento é a coroação do amor. E o que é o amor senão uma doce ilusão, algo sentido mas que não pode ser capturado nem preso por contratos ou testemunhas? Como a felicidade e arco-íris o amor é um sentimento efêmero. Sentimentos não podem ser prometidos, porque não dependem da nossa vontade. Só existem no momento assim como o voo dos pássaros e o sopro do vento. O que faz esse momento se repetir ao longo dos anos e ser curto ou eterno é a sorte...e muita força de vontade para fazer de cada novo dia um dia novo.
Antigamente eu pensei, mas, só para pensar ser algo ou alguma coisa coerente. Então, rente ao portão me feri com as rosas e sangrei a bonança que não tinha, eram apenas os vestígios das bulas de remédios, deitei o precipício, choramingando.
sem a queda não se aprende.
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Antigamente eu pensei, mas, só para pensar ser algo ou alguma coisa coerente. Então, rente ao portão me feri com as rosas e sangrei a bonança que não tinha, eram apenas os vestígios das bulas de remédios, deitei o precipício, choramingando. Assim me vi no autorretrato, formando frases impensadas, "e, achando-se ser importante sem ter nada.".
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Ricardo Vitti
"E" de era uma vez
Muito engraçada a história do “era uma vez”! Antigamente as estórias começaram assim: “Era uma vez”. Hoje em dia, as estórias começam assim: “Era uma vez”.
Os tempos mudaram, mas o “era uma vez” continua o mesmo de sempre. No máximo, sofreu uma leve adaptação: “Era uma vez agora” ou “era uma vez antigamente”.
O fascínio que essa expressão exerce sobre nós remonta ao passado, aos contos de fadas, às narrativas orais. Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho...
Como resistir a tanto encanto e inocência juntos?
Pensando bem, a atração do “era uma vez” deve estar no “era” – pretérito imperfeito do verbo ser. Tanto que, sem o “era”, teríamos “uma vez”. Ou seja, uma expressão adverbial sem expressividade. E estilo.
Aliás, tão sem graça quanto estas: cada vez, certa vez, de quando em vez, de uma vez, de uma vez por todas, de vez, de vez em quando, de vez em vez, em vez de, muita vez, por sua vez, por vez, etc.
Agora, experimente assim: “era” cada vez, “era” certa vez, “era” de quando em vez...
Que está esperando? Mergulhe fundo no encantamento!
O tempo ele adora
Passar bem ligeiramente
E adora exaltar
As coisas de antigamente.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
26/03/2024