Antigamente
Antigamente, as pessoas se preocupavam mais sobre a reação que as outras teriam caso ouvissem as opiniões negativas que tinham a respeito delas e preferiam falar pelas costas, não que seja bom falar pelas costas, é que antes havia um senso pela dor e mágoa do outro. Hoje em dia nem se preocupam mais se falam na presença do outro, se vão escutar ou não, de modo que não se preocupam se suas palavras irão machucar ou não, se o que disserem irá causar alguma ferida. Vivemos a era onde há menos empatia entre os seres, no tocante à comunicação e interação cotidiana, numa sociedade tecnológica em que as telas deveriam aproximar e não distanciar.
O presente do futuro
Antigamente, eu tinha inúmeras destrezas
Que eram sempre muito certeiras
A menos quando pra te conquistar
Antigamente, minha vida era do seu lado
Guardava sempre o seu abraço
Pra cobrir a falta de não te ter por um dia
Atualmente, não imploro coisa alguma
O amor vem sempre de forma pura
Como se curasse a dor que ele já me causou
Atualmente, não revivo meu passado
Pois quem dorme ao meu lado
Alimenta uma alma um dia sem vida
Futuramente, meu passado vai ser o agora
E se eu recordar minha memória
Só vou me lembrar do que me fez feliz
Futuramente, teremos uma vida inteira
Que foi cuidadosamente planejada
Nos sonhos acordados quando olho pra ela
Nos seus olhos, eu enxergo a mim mesmo
E se não fosse tão intenso e verdadeiro
Meu coração não bateria por ela
PAPO DE TORCEDOR
Tenho consciência do meu comentário afetivo, mas vai assim mesmo: Antigamente jogadores, como Zico ou Maradona, chutavam dez bolas e acertavam sete. Hoje, jogadores midiáticos chutam dez e erram onze.
Antigamente lá na roça...
Era a fartura guardada na lata,
Tudo na arca, na tulha entulhava,
O quartinho de guardar a tralha onde tudo dependurava,
Na casa guardava história,
O Santo que guardava a casa,
A espingarda na parede enferrujava,
O fogão a lenha na cozinha reinava,
Os cabides que guardava os costumes,
O vidro que guardava o perfume,
As molduras com retratos amarelados,
A mala que guardava a história de uma família abençoada...
Os olhares que guardavam lembranças,
Os amigos que guardavam carinho,
A sanfona que embalava as cantigas,
As modas que ouvia no rádio entoava,
Era o tempo que lentamente passava...
Hoje o choro que escorre quentinho levando a saudade guardada.
Sinto como se estivesse em um campo minado, não consigo respirar como antigamente, talvez fosse melhor não senti algo tão sufocante como o amor.
Outros tempos.
Antigamente se podia
prosear numa calçada
aquela conversa sadia
entrava na madrugada
mas se ficar hoje em dia
pode até ser meio dia
que a pessoa é assaltada.
O céu, o inferno e uma história
Antigamente
Éramos unha e carne;
Bebíamos tudo do mesmo copo,
Suores, lágrimas e um afável vinho;
Eras a totalidade de todas as coisas,
Eu era o teu universo
E todas as gravidades
Nos puxavam à nossa cama;
Palavras eram plumas que voavam,
Quando não se estavam a beijar;
Éramos provação e teoremas
E tu lias os meus poemas
Que eram todos para ti;
Rezávamos a Deus, que nos deu
O infinito, um lar e asas, e assim
Íamos em parelha à mercearia
Flutuando como passarinhos;
Era no tempo
Em que Deus respondia a orações
E prometia o céu e uma história.
Anos escarpados depois…
Somos garras que ferem carne;
Cada um tem o seu copo
Por onde bebe a retaliação do outro;
A totalidade de tudo o que éramos,
Esfumou-se no universo
E todas as gravidades
Nos afastam dos nossos centros;
Palavras são agora
De arremesso ou caladas;
Desaprendemos o perdão,
A paciência, a cumplicidade e a beijar;
Somos pétalas caídas de uma flor
De um poema que cheira a bafio;
Já não há mercearias nem passarinhos,
Só corvos, a depenarem-se uns aos outros,
Como nós.
Ainda rezamos, mas em vão!
Deus desistiu, como nós, de ambos.
Não existe vida familiar como antigamente, o que torna a familia artigo em extinção,
lembrando que antigamente a familia consistia numa reunião de pessoas pertencentes a uma mesma clã.
Geralmente morando juntos. E agora, cada um vive numa parte do mundo...
Mais ainda em épocas de "distanciamento social..."
Osculos e amplexos,
Marcial
ANTIGAMENTE HAVIA O CULTO À FAMÍLIA
Marcial Salaverry
Seja por causa de certos acontecimentos, seja por certas exigências da vida moderna, a vida familiar vem caindo em desuso. Antigamente havia um culto às famílias. Morava-se em amplos casarões. As refeições sempre eram feitas em alegres reuniões familiares. As grandes datas sempre eram comemoradas com todos reunidos. Eram outros tempos, que infelizmente não voltam mais...
O que se nota atualmente, é que houve uma certa desagregação nas famílias. Cada qual vai em busca de sua vida. Antigamente os filhos iam casando, e morando na mesma casa. Atualmente, o que impera é o “quem casa, quer casa”. E de uma maneira ou de outra, vão se rompendo os laços familiares, e assim vão se constituindo novas famílias, e vão se formando novos núcleos, por vezes cortando vínculos, por razões as mais diversas, que nem vale a pena enumerar, pois penso que todas as famílias tem histórias de rusgas entre sogros, sogras, genros e noras, tanto que até já faz parte do anedotário...
Mas, o que mais se nota é que além dessa separação física quase natural, o que ocorre também é uma grande falta de comunicação, pois além de viverem separados, também pouco se falam, quase se desconhecem, e por vezes se limitam a mensagens via "zapzap"... E dessa maneira, são cada vez menos frequentes as reuniões familiares. Escasseiam as conversas, e por que?
Pode parecer estranho, mas o que vem ocorrendo, é uma total falta de comunicação entre as pessoas. Apesar da Internet, das ondas do rádio, dos programas de televisão, do celular barato, ou talvez justamente por causa disso tudo, a falta de comunicação pessoal é enorme. Usam-se as máquinas, usa-se a tecnologia, esquecendo-se do contato pessoal, do abraço, do cheiro, do contato físico, ou até mesmo da voz, ou do tão necessário beijo de amizade carinhosa. E agora mais ainda, por causa de certos cuidados que precisam ser tomados, e por causa disso tudo, ao invés de uma visita, passa-se um e-mail, telefona-se, e pronto. Está cumprida a obrigação.
A vida familiar também fica seriamente prejudicada, pois está cada mais frio e distante o diálogo entre pais e filhos, tudo fica para depois. É preciso apenas suprir os meios para subsistência, e assim, pensa-se na matéria, esquecendo-se da alma. Pensa-se na propriedade, e não no amor. A principal preocupação são os bens materiais, em tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.
E nessa preocupação, sempre se procura manter os filhos ocupados com alguma coisa, para que eles “não possam reclamar” de não merecer a devida atenção. Ao invés da prática do amor familiar, tome a escola particular, os cursos de línguas, de informática, balé, jazz, as academias para cuidar do físico, e mais ainda importante, um celular moderno, para que possam ter acesso fácil às redes sociais, e a família, fica como? Assim, dá-se tudo para os filhos, e para nós mesmos. Tudo? E onde fica o convívio familiar, o amor, o carinho, o diálogo, onde poderemos passar para nossos filhos aquilo que já vivemos, ao menos para que eles tenham parâmetros para melhor poder analisar o que querem fazer na vida. O convívio familiar, pode evitar o convívio com o traficante, com amizades perniciosas, onde, talvez apenas por falta de diálogo em casa, eles possam buscar o calor de uma amizade, ou ssatisfazer certas curiosidades inerentes à juventude...
A nova forma de amor que foi descoberta, é a de cercar as pessoas que amamos de bens materiais, como se isso pudesse suprir aquele amor que deveríamos estar praticando, e do qual jamais deveremos fugir.
Uma reunião para um bate papo amistoso é fundamental, para que os filhos possam sentir que estão tendo atenção e carinho de seus pais, para que eles possam perceber que seus pais não são apenas aqueles que os sustentam, pagam suas contas, e tem a “obrigação” de lhes dar tudo. Mas sim, são aqueles que por amor também os castigam, também os fazem sentir que tem obrigações para com a vida, e para com eles, pais. É tudo uma troca, deve haver uma reciprocidade de sentimentos. O amor deve ser doado e recebido. Assim como o reconhecimento pelo que se faz, e o carinho. Muitas vezes, em uma palmada, em um castigo, existe mais amor do que na condescendência para tudo que os filhos fazem.
Pais e filhos precisam entender que o diálogo é a base de tudo. É o que pode manter o amor familiar, e para que isso seja possível, é necessária uma boa dose de compreensão, e de saber viver, assim como é algo vital o reconhecimento dos filhos pelo que os pais já fizeram para que eles possam usufruir de toda essa modernidade. E tudo se resume numa palavra mágica... AMIZADE...
E para tentar resgatar isso tudo, podemos começar tendo UM LINDO DIA, com um bom diálogo onde haja LUZ,PAZ, AMIZADE, AMOR...
Antigamente as pessoas pensavam mais e falavam menos, por isso faziam mais; mas hoje, as pessoas falam muito e pensam pouco; por isso fazem menos.
Antigamente meu sonho era não tem sentimentos, ou ser totalmente imune à sentimentos ruins. Hoje eu amo ter sentimentos, inclusive os ruins: o que eu sonho é com a sublimação perfeita.
No meu caso, encontrei a arte.
Muitas mulheres de hoje em dia não sabem o seu valor, antigamente a beleza estava em um olhar, em um penteado lindo, em um rosto formoso, em um sorriso discreto, em um vestido ou traje comportado.
Hoje em dia muitas acreditam que a "beleza" de uma mulher está no seu corpo, expondo o mesmo, praticamente escrito "Estou a Venda"...
Nada se é mais como antes, esse mundo está notavelmente em ruínas. A tendência é piorar.
Nao generalizo, pois tem mulheres que preservam essa essência de tempos atrás, e sabe o seu verdadeiro valor.
Notas de aceitação
Esses dias eu tenho me mantido calma diante de pequenas coisas que antigamente me afetavam, não sei se posso chamar isso de avanço pois ninguém muda da água pro vinho assim, tão de repente.
Eu li um texto que falava sobre o amor o próprio e o quanto ele é libertador, e então descobri que sou dependente emocional. É engraçado as ciladas da vida, pois eu sempre me orgulhei de sempre me amar mais e agora tô aqui...
O lado bom disso é que agora eu sei, todos dizem que conhecimento é liberdade e é nessa frase que vou me apegar. Espero não enlouquecer mais ainda nesse meio tempo, porém agora vou ter com o quê me ocupar, vou começar o yoga, jiu-jitsu, aprender a controlar meu corpo, emoções e ainda ter disciplina, eu tenho boas espectativas com relação a isso, pois com a cabeça trabalhando o coração não vai ter tempo de criar suas imensas teorias.
E voltando a falar sobre como me sinto, hoje eu me sinto fraca, meu coração tá apertado, como se alguém o impedisse que bater, não sei de onde vem isso, eu escrevo pra tentar descobrir, mas as vezes parece inútil.
Hoje se eu tivesse poderes eu nem escolheria estar ao lado seu, eu desejaria parar de sentir qualquer coisa que fosse, eu só quero minha sanidade de volta!
Até nos meus sonhos você me perturba, sabe, você é muito invasivo, exerce um poder muito grande sobre mim, e é isso que eu tenho que pegar de volta, o controle! Essas coisas são difíceis mas tudo sempre é um processo, tudo leva tempo, espero que minha idiotice também!
Ressalto que pior erro da minha vida foi te amar, e não te largar quando achei necessário.. Eu estaria livre, livre desses sentimentos, livre dessa sensação livre de tudo que me prende. Talvez eu sofra por isso, meu espírito é de natureza livre e se encontra preso em você e de certa forma faz todo sentido pois eu sempre quis te pertencer e agora que pertenço não sou tão feliz...
Ainda estou presa na ideia de felicidade futura contigo, no futuro quando ou se você voltar, as coisas que podem se ajustar, a vida que podemos levar, mas ultimamente eu ando tão cética que eu não sei imaginar nada além dessa distância sem fim, não sei se somos tão compatíveis se é que isso importa, porém não sei se julgo tão importante assim, além do mais, não sabemos de verdade como somos juntos, nunca tivemos esse tempo pra nós.
Nós sempre nos envolvemos onde havia outras pessoas, quando eu só queria estar à sós contigo, a verdade restrita sobre se nós realmente damos certo não parece estar tão perto de se resolver e como disse no capítulo anterior " nessa jornada eu não tenho poder de escolha". Eu acho isso tão errado e tão brusco por mim, esse é mais um desrespeito a mim, e eu me sinto tão burra por isso...
No mais, tem exatos 5 dias que eu não choro por qualquer merda que minha cabeça cria sobre a conspiração que o amor da minha vida não me ama, foram bons cinco dias. Parece não, é! Estou escrevendo sobre o meu processo de cura de um vício por sobrenome Maciel Neto, no fim dessa jornada eu espero estar bem emocionalmente e junto de você, passarei exatos 1 ano escrevendo sobre o relacionamento a distância que foi estendido por mais um longo tempo...
ANTIGAMENTE ERA PIOR... ("Antigamente os animais falavam. Hoje escrevem". — Millôr Fernandes)
No velho normal, era assim: Havia tantas leis inúteis na escola, e várias ordens momentâneas emergenciais, atendendo os caprichos de cada quem que assumia um cargo qualquer, que as frequentes transgressões eram inevitáveis. Visto que, a rotatividade era grande, o professor morreria de velho e não aprendia a ser um bom professor. Não dava tempo de se adaptar. E o pior, era a escola quem dizia para o aluno que o professor era ruim, trocando, na secretaria da escola, as notas baixas que o professor atribuiu aos alunos. Sempre tinha um chefe legislando em causa própria, criando leis parciais e frágeis, estas eram leis que pediam para ser quebradas e a quebra de uma levava a anarquia de outras. O maior problema pedagógico da educação, que perdura até hoje, é que todo mundo quer ensinar o professor a ensinar, mas ninguém quer ensinar o aluno a aprender. Aliás, tenho que ensiná-lo a voar do chão, mas não posso ser exemplo, minhas asas estão aparadas. E quando elas crescerem estarei gordo demais para levitar. O Sistema educacional é ineficiente porque o exemplo fala mais alto que palavras. Era assim: os alunos detestavam ser ensinados! Eles odiavam ser corrigidos! "Grilavam" quando lhe diziam que estavam errados! Uma vez disse a um aluno para melhorar a caligrafia ilegível, ele quase me bateu. Não tinham admiração alguma por aqueles que lhe diziam como alguma coisa devia ser feita! Naquele tempo, os jovens sábios e nobres eram aqueles que enfaticamente diziam, "Não!" E você vem me dizer que professor ensinava alguma coisa, e que os estudos eram ótimos! CiFA
TEMPOS.
Era tão bom antigamente
não tinha tanta frescura
brincava sem ter censura
e ninguém era diferente
a criança era inocente
mas também era sapeca
o gordinho ou o careca
o pretinho ou o baixola
e o menino jogava bola
e menina tinha boneca.
Anoitece!
Antigamente
Antes do anoitecer
A gente entardecia
E em meio a esses dois tempos
de vez em quando
Ainda havia uma prece
Me lembro também de abraços
Agora
Nesse espaço de tempo
A gente prende algo no peito
Vivendo do jeito que dá
Perdidas as esperanças
Fica triste, sem chorar
Agora
O anoitecer deixou de ser importante
Parece alguém igual a gente
A gente é só mais alguém
O anoitecer
É só hora
Ninguém chega
Nem vai embora
Agora é só isso
Mais um dia na vida se vai
No mais
Tudo já foi
Anoitecer
Simplesmente outra noite que cai.
Edson Ricardo Paiva.
"ANTIGAMENTE" os relacionamentos duravam muitos anos e não 2, 3, 4 meses como agora.
A conversa tinha palavras e não emoticons, gostar era dar um abraço e não dar um jóinha ou um curtir na foto do perfil.
Conhecer melhor era sair juntos, e não pelo whats ou pela webcam.
Relacionamento sério era quando se apresentava ao pai e a família e não se apresentando ao mundo virtual, trocando o status.
Declaração de amor era fazer uma surpresa romântica, mandar flores, tudo ao vivo, não fazer um vídeo com fotos selecionadas aleatoriamente por um app..
Nada contra fazer "tudo isso" do novo, desde que não deixem de fazer "nada daquilo do velho".
Será que o AMOR esfriou?
Não, quem esfriou foram as "pessoas"
Antigamente quando duas pessoas se gostavam, elas lutavam para ficar juntas, independente de qualquer coisa. Atualmente, elas resolvem se afastar umas das outras por achar que sempre vai acontecer algo de errado.