Anti Guerras
Na vida, se existisse paz total, enquanto existisse falta de vontades, ainda existiria guerras consigo próprio.
A vontade consciente move o realizo transformador.
Atualmente, guerreiro não é enfrentar guerras ou vencê-las, mas sim evitá-las.
Fazer guerra é mental sendo o mais fácil que existe.
O objetivo das guerras não é a paz, é a conquista de uma "vitória" que permite ao "ganhador" impor suas regras aos derrotados.
Não vejo novidade nenhuma em relação às guerras, só a vingança dos derrotados, que não é nenhuma novidade.
"Neste Natal, emanemos amor em forma de prece, que cessem os horrores das guerras e que um novo tempo bom chegue depressa para todos!"
Amém!
Haredita Angel
30.11.23
Sobre as guerras... Sobre os monstros que moram dentro de nós...
Dentro de mim existe um monstro. Egoísta. traiçoeiro. Usurpador do bem que há em mim. Embora não mostre suas garras, eu sei que ele está lá, adormecido. A espera de qualquer qualquer coisa que em algum momento lhe dê forças e lhe dê vida.
A minha luta diária é não deixar isso acontecer. Não deixar que ele cresça. Não alimentá-lo. É de nunca sequer olhar para ele, pois sei que nunca conseguirei aniquilá-lo. Para matá-lo, eu também teria que dar o ultimo suspiro. Não tenho saída, tenho que conviver com ele durante toda a minha vida.
As batalhas são constantes e diárias. Às vezes eu ganho. Às vezes, eu perco. Quando isso acontece, eu enfraqueço. E a reerguida sempre é mais árdua e difícil.
E ainda assim, ele continua lá. Esperando, esperando, esperando. E quando vê que não me lembro dele, que o esqueci, ele se faz lembrar, age como um bebê com fome. Chora, chora, chora... Me olha com aqueles olhos marejados pedindo compaixão, tentando amolecer o meu coração. Mas sei que não devo olhar, não devo ter compaixão. Preciso que ser inflexível. Não posso fraquejar. Não posso ter me entregar.
Se alimentá-lo uma única vez que seja, será fatal. Se apossará de mim. Da minha razão. Da minha percepção. Do meu agir. A única saída é fugir, correr, ficar bem longe. Não olhar. Não escutar. Deixá-lo lá. Sozinho. Com fome. Se não posso matá-lo, ao menos vou deixá-lo enfraquecido, à mingua, sem forças. Sou eu que tenho que estar forte, que ser forte.
Dentro de mim mora um monstro.
E eu sei que ele está lá.
Esperando...
Um governo pode até fazer alguma coisa em prol daqueles que retornam após lutarem em guerras por sua pátria.
Contudo, nada poderá fazer em relação a parte do soldado que morreu em combate.
Quem constrói barricadas com o intuito de levantar guerras, será mais adiante o desertor de trincheiras e um solitário na vida