Anti Casamento
Muitos são aqueles que partilham de forma justa durante o casamento, mas são poucos os que o fazem no divórcio
Festa de casamento: afinal, o que estamos celebrando?
Durante uma conversa com uma amiga noiva, em meio a discussão sobre fornecedores, me percebo com o coração acelerado. Acelerado em pensar na emoção de entrar no salão e ver os olhos do meu companheiro? Acelerado por pensar que as pessoas que eu mais amo estarão reunidas para celebrar nosso amor? Acelerado por pensar na vida que começaremos em breve? Não. Acelerado por pensar no que as pessoas vão falar.
Paro. Respiro. Há algo errado.
Para quem entra no universo da festa de casamento logo percebe o mercado comercial que permeia a organização da festa. Preços exorbitantes, futilidades, exageros, concorrência gritante sobre quem será seu Buffet, qual será o salão da festa, o cabeleireiro, a marca do vestido e (pasmo eu) dos doces! Ahn? Doces? Forminha de doces? Tem que comprar?
Em momento algum quero criticar as belas festas banhadas de elegância e capricho dos profissionais envolvidos, muitos desses que tentam colocar o coração em seus trabalhos. Só compartilho algo que senti na última semana.
Afinal, o que estamos celebrando?
O momento do casamento é muito profundo. É quando oficializamos nossa escolha em compartilhar a vida, em toda sua complexidade, com outra pessoa que também irá compartilhar a dela conosco.
A conexão entre os dois é muito mais do que as fotos que serão tiradas. O que essas fotos não podem captar? O que só se capta com o coração aberto e a ressonância com o casal?
Penso que temos todos um caminho para percorrer ao longo da vida, e podemos viver da forma que escolhermos. Assim, escolhemos também a pessoa que gostaríamos de compartilhar nossa existência pelos anos que ainda nos serão dados. A forma com que iremos deixar nossa pequena marca neste planeta. A pessoa que te acompanha nesta jornada é muito importante. Ser a pessoa que acompanha a jornada do outro, é muito especial. Vivenciar a experiência de intimidade cotidiana, compartilhar sonhos, emoções, idéias, planos, filhos, contas, trabalho, dificuldades é algo que vivenciaremos com pouquíssimas pessoas ao longo de nossa existência.
Estamos então diante de um momento a ser celebrado: a escolha da nossa companhia, na companhia daqueles que compartilham da alegria do casal.
Boa comida, bebida, boa música etc alegrarão o ambiente e potencializarão toda a alegria do momento, mas sem conexão com as emoções, uma festa é só uma festa.
Durante a organização do meu casamento tentei fugir da pressão social e das futilidades excessivas. Claro, acabei em alguns momentos caindo no “isso não pode faltar”. OK, tudo certo...
Mas o que com certeza não pode faltar:
União. Amor. Família. Parceria.
Não, não temos fornecedores no mercado para isso.
MAIS BONITO DO QUE UM CASAMENTO QUE DURA ATÉ A MORTE
É AQUELA AMIZADE ENTRE HOMEM E MULHER QUE DURA PARA SEMPRE
Uma grande diferença entre o casamento humano e o trabalhista é que quando você faz um casamento trabalhista, não é até que a morte os separe.
Acho que eu quero casar!!! Não um casamento tradicional, morando junto, quero apenas que nossas almas morem junto, nossos pensamentos se encontrem, nossas afinidades nos divirtam, nossas semelhanças nos tornem cúmplices,companheiros e enamorados!!!!!
Casamento,trajetória e percursos á se estender em conhecer o outro de forma que gosto daquilo que nunca gostei e aceito aquilo que te faz bem,porque assim podemos viver juntos sempre.
O problema do casamento permanece com o cônjuge, que não abre mão da solução de conflitos conjugais.
Em um casamento pautado na relação feitor - escravo, não se iluda: é um exemplo perfeito da Síndrome de Estocolmo. Pode ser que o feitor passe a ter Síndrome de Lima. Na questão psicológica da coisa, compaixão que não pode ser confundida com empatia, não garante nada ao escravo. Entretanto, o escravo quer ser escravo por submeter-se a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. Muitos casamentos são assim: não tem saída e solução. Seguem enrolados pelas suas próprias mentes.
Teu casamento ou relacionamento está ruim? Tenho uma novidade para perguntar, algo que a maioria convenientemente esquece: qual a tua parcela de culpa nisso?
Amor, casamento e loteria são de alguma forma iguais. Você pode ganhar o prêmio, mas se não souber gastar o dinheiro corretamente, pode perder tudo e voltar à fila da lotérica...
Se eu sou preconceituoso por não aceitar o casamento gay, me sinto vitima de preconceito por não aceitarem o Catolicismo. Respeito essa é a palavra certa!