Aniversário Surpresa
De repente eu não lembro mais a data do seu aniversário e não insisto mais em passar o dia pensando em você. Nossos sonhos eram os mais desejados , os mesmo que hoje não ousaria arriscar em viver.
É que não vejo mais espaço em minha vida para encaixar você ,tudo que hoje sinto por mim antes achei que sentia por você . A maior lição que um ser humano pode ter eu aprendi com você, que amor não pode ser inventado ele precisa acontecer para sobreviver.
Sinta-se aliviado não irá mais me ver com olhos inchados de tanto chorar por você.
Hoje meu sorriso tem motivos melhores para acontecer por descobrir que na verdade eu nunca amei você.
Hoje, aniversario do meu avô, ele está fazendo 87 anos, e tem Alzheimer. Ele era uma pessoa disposta e que cuidava da sua saúde, mas hoje em dia, ele nem liga, esqueceu de muitas coisas e um dia ele esquecerá de mim, e hoje eu queria que tudo fosse perfeito, pode ser que próximo ano ele não esteja comigo, mas ele sempre irá saber que eu o amo, demais.
E aí???
Um ano a mais, mais um aniversário, mais experiência e com mais categoria, claro!
Muitas velinhas por aí?
Passo aqui só para mostrar que não me esqueci não, tá bom?
Desejo a você uma lista gigante só de coisas boas,com muita energia positiva,
com uma carga enorme de carinho,
e com um tudo de bom.
A minha alegria depende da sua felicidade,
portanto, seja feliz sempre!
abraços mil...
Não gosto de comemorar aniversários
Parei já faz tempo, nos vinte nove
Aprendi com um amigo, se comemorasse os meus trinta anos
Estaria em minha plenitude de mulher, então parei
Não quero a plenitude, perderia a graça da busca
Tampouco, quero o tempo, a determinar o meu tempo
Estava aqui editando um vídeo de um aniversário infantil de 1997, quando começaram a passar fatos, momentos em minha mente como se fosse um filme.
Me lembro bem que no final dos anos 70, década de 80, as pessoas eram mais felizes com menos. Os padrões de beleza não eram nem corpo sarado para homens nem a ditadura da magreza para as mulheres.
Não existia bullying, apanhava, batia, ganhava apelido, colocava apelido. Havia mais respeito ao ser humano.
Hoje, a vaidade excessiva impera. Magreza, corpos sarados, abdome definido, roupas da moda, afetados querendo afetar a todos.
Será que vale a pena um corpo sarado, bronzeado, da cor do pecado, roupas da moda, badalado nas redes sociais, porém rachado, mal formado, sem conteúdo? Claro que todas as regras tem excessões, mas confesso que prefiro ficar sozinho a ficar simplesmente com um rostinho bonito sem conteúdo.
Aniversários são bons para o ego, principalmente em redes sociais. É um carinho coletivo, que pode vir a nos enganar, como um viral, que fazem mega sucesso por uns poucos dias, e depois desaparece.
Por isso, acho que aniversários são ótimos e ao mesmo tempo ruins, se você não faz o que realmente importa nesse dia. Por que você sabe, são mais 365 dias completos na sua vida. E pare e pense, o que fez em cada um deles? Se coloca-los um uma balança, dias bons e dias ruins, quem vai pesar mais?
A resposta fica para você pensar, por que se dias bons ficou mais pesado, é que para você, esta dando certo. Mas se dias ruins foram mais pesados, repense no que para você não não foi válido, e tente não repetir, por que ficou comprovado que você não gosta e não fica feliz com aquilo.
Pode parecer que sim, mas a gente não amadurece quando faz aniversário, a gente amadurece quando consegue sorrir mesmo querendo chorar. A gente amadurece quando ver que realmente não há nada melhor do que um dia após o outro. A gente amadurece quando compreendemos nossos pais; quando percebemos que a vida é feita de altos e baixos; quando aprendemos com os nossos erros; quando respeitamos os nossos limites. A gente amadurece quando somos capazes de compreender que o mundo não gira a nossa volta; quando valorizamos as pessoas pelo que elas são e não pelo que elas têm; quando somos capazes de tomar nossas próprias decisões e saber que a nossa autonomia não depende de ninguém a não ser de nós mesmos.
Hoje não sou "eu" que faço aniversario, "eu" era triste e infeliz, "eu" não tinha vida, "eu" era sozinho, e "eu" apenas te esperava... Esse "eu" morreu quando te encontrei, agora só existe nós 2, agora é nosso aniversario, agora existe felicidade, vida... Agora existe "você e eu", e "você" se tornou essencial para "eu", tanto que se tirar "você", "eu" não vai mais existir.
ANIVERSÁRIO
Tudo na vida tem preço,
A gente nem presta atenção.
Mudar de idade, por exemplo,
Não tem uma só versão
A gente fica mais velho
A gente fica engilhado
Mas no dia do parabéns,
É tudo muito engraçado.
A gente apaga velinhas,
A gente ganha presente,
A gente abraça os parentes,
E gente que nem lembrava da gente.
É tanto bolo gostoso,
É tanto gesto amoroso,
Que uma vez por ano é pouco.
Eu vou propor o chefão,
Que mude essa oração.
Pra gente aniversariar
Duas vez por ano
Desde que tenha festão
Quero pousar para as fotos
Estourar um champanhe
Brindar feliz com os amigos
Espantando a solidão.
Festejar a vida assim,
A gente fica novão
Pode é passar o tempo,
Ninguém envelhece, não.
Hoje é aniversário da cidade do Rio de Janeiro, isso já é um bom motivo pra fazer um texto. Primeiro, porque a cidade merece por sua exuberância, muito pouca, diga-se de passagem. Segundo porque é conhecida mundialmente como a "Cidade Maravilhosa", e sendo maravilhosa assim, temos que comemorar, né? Não. Em partes, quem vive na cidade e adjacências vai entender do que eu to falando. Talvez devemos comemorar a violência que assola o dia e a noite das pessoas, comemorar a hegemonia do tráfico, inclusive no asfalto. Vamos assoprar a velinha também aos responsáveis por tanta desordem do trânsito e do transporte público de péssima qualidade. Quando 'marketeamos' a cidade do Rio de Janeiro, mostramos a exuberância, os pontos turísticos, que são bons, não há quem negue. É uma maquiagem pura e simplesmente para um bom lucro do setor de turismo, que também não estão errados. A gente tem que valorizar o Brasil, né não? Valorizar pra quem quer passar umas férias, um final de semana. Caros turistas, é melhor ficarem na parte da maquiagem, porque a valorização da cidade é só pra vocês. Olhem que lisonjeante. O cidadão que mora aqui não merece tamanha valorização, imaginem. Ele ja sabe que tem que acordar de madrugada, pegar um ônibus lotado e viajar por mais de 2 horas até chegar ao trabalho. E se quer ir mais rápido, vai de metrô, mas já ta acostumado com a super lotação. O cidadão que mora na zona norte não precisa de tanta valorização, ele sabe que o papel e a lata podem ser jogadas ali na rua mesmo, todo mundo faz isso. E o lixo ali continua, a maquiagem só vale para aquela parte que os turistas mais frequentam. O papel e a lata no chão, varre depois. Da desordem, a gente já tá acostumado. Mas turistas, vocês não. Aqui tem que ser como é na fotografia, lindo, limpo e perfeito. Mas só na maquiagem. Entra ano passa ano, e vamos continuar comemorando a hegemonia, a segurança, o transporte público o papel e a lata jogadas na rua. Ah, também vamos comemorar a beleza da cidade na fotografia, na pintura. Talvez ano que vem entre ai mais uma ou duas categorias pra comemoração. Então, parabéns Rio de Janeiro, por cada vez mais nos encher o orgulho de quem vê de fora, e deixar cada vez mais enjoados quem vive dentro dessa realidade grotesca e mal cuidada por quem deveria cuidar de você.
É aniversário;
tem bolo,bolas enfeites e confetes;
tem presente,tem presença.
A presença é um presente;
O presente é o fato;
de reunir-se;
fazer-se presentes;
nos momentos ausentes;
sempre será lembrado;
as glórias do passado;
Uma nova vida se inicia,
com esperança e valentia.
Lembra na sua infância aquela ansiedade de chegar seu aniversário porque você tem fé que seus pais irão te dar aquele tão sonhado brinquedo? porque não usar essa fé para resolver aquele seu problema que te joga pra baixo em um sopro? afinal, quem sabe a vida não te surpreende com um presente.
Você não amadurece ao comemorar um aniversário.
Você amadurece ao chorar uma noite inteira e acordar sorrindo.
Você amadurece ao cair e levantar sem que ninguém precise te ajudar.
AVE,ROSA E O SERTÃO NOSSO DE CADA DIA
O mês de julho foi testemunha do aniversário de 50 anos do lançamento de Grande Sertão: Veredas. Há 50 anos, portanto, temos a ventura de conviver com uma leitura que encerra um universo aberto, que abre um universo cerrado, numa ambigüidade do mestre que sempre ensina mas que, "de repente, aprende". Será possível medir o que significou para a literatura brasileira o advento desse alentado deleitado romance, ousado na linguagem, na temática, na abordagem e na construção?
Linha a linha, mestre Rosa constrói no diapasão da metalinguagem uma história de amor, recheada da sabedoria cabocla, com a fina observação do homem, do espaço e de como um vice-versamente interfere sobre o outro. Grande Sertão: Veredas é um inspirado questionamento do íntimo de cada pessoa humana que é toda pessoa humana. Pois se o sertão está dentro de cada um, e se o sertão é o mundo, então o mundo inteiro está dentro de cada pessoa. A universalização das individualidades ganha o seu complementar contrário na individualização dos universos. E aí está a riqueza de Rosa: o sertão é a cidade, a cidade é o sertão, ambos são o mundo, e o homem está em todo lugar. Dúvidas e certezas, conflitos e convergências, ficam mescladas na natureza de cada homem. A sabedoria só era cabocla por causa da intenção de registrar a poética do falar sertanejo, mas pode ser vista como a sabedoria de cada homem que é todo homem, e que cabe em qualquer lugar, não só em Minas Gerais.
Guimarães Rosa construía cada obra de dentro para fora. Era ele assimilando o mundo e devolvendo o que enxergou, sob a forma de narrativas trabalhadas.
Como bom narrador, Guimarães Rosa está, ele mesmo, dentro do romance. Observa, de dentro, no tremer da luta, as situações e as almas. Ele é, por exemplo, o interlocutor de Riobaldo, o misterioso ouvinte, que ouve o relato do guerreiro e a sua travessia pelo caráter do sertanejo.
Como bom narrador, Guimarães Rosa está dentro de outra história, como o menino piticego que ganha óculos e aí sim começa a enxergar o mundo, a vida. Nova travessia.
Como bom narrador, Guimarães Rosa está testemunhando tudo, postado na terceira margem do rio, vendo o viver e o esperar de pai, filho e espírito santo, na trilogia da religiosidade barroca. Travessia, outra vez.
São histórias outras e simultaneamente as mesmas, enredadas como corpos, nos bailes das Gerais. Todas as histórias, seja num livro ou em outros, são veredas que deságuam num mesmo rio grande, em viagem grandota como a de Mário de Andrade.
Conheci pessoas que conheceram o mestre Rosa, e que me falavam do jeito acanhado desse mineiro do burgo do coração. Contavam de como ele, muito míope, apertava bastante os olhos para ver melhor o interlocutor. Querendo ver, "eu queria decifrar as coisas que são importantes. E estou contando não é uma vida de sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria vertente."
Matéria vertente é a matéria fundamental, a vida, a origem da vida, o bem e o mal, os contrastes do físico e do metafísico. É sobre isso que meditou o Joãozito. Para, depois, dividir conosco, seus leitores, o que resolveu contar. Não sem sofrer, porque a criação é trabalhosa. "Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas - de fazer balance, de se remexerem dos lugares."
As coisas mudam de lugar na memória da gente. Ganham uma certa névoa de esquecimento, que perturba a limpidez da lembrança. Mas, em nossa memória coletiva, João Guimarães Rosa tem lugar certo, cristalino e bom. Bem no pedestal, onde ficam os melhores.
(Artigo publicado na edição de número 97 do Jornal das Letras)
Neste dia, 4 de maio, meu aniversário. Não estou pensando em quantos anos faço, mas no quanto sou boa e posso ainda ser para o mundo. Afinal: o que adianta a minha existência se eu não deixar alguma coisa para a eternidade?
O mais importante em um dia especial como um aniversário, não é ganhar presentes, mas ouvir palavras verdadeiras, ganhar abraços e sorrisos sinceros, sentir um verdadeiro amigo atravéz de um simples toque ou de um simples olhar.