Aniversário de Filha Distante
Eu sou a mãe, a filha, a herdeira
A mulher forte, cangaceira
Que vai de cabeça erguida (inteira)
Punho cerrado (matreira)
Cara amarrada (cabreira)
"Vida com nome de Sarah
(Dedicada á minha filha Sarah Anne Silva Carim)
Para Ti escreverei óh linda princesa
Tua vinda a este planeta me trouxe imensa lição
Menina simples de imensa beleza
Com certeza não vieste a este mundo em vão.
Chegaste e fizeste em meu coração morada
Peço á Allah que ilumine tuas noites e dias
Fruta temporânea esperada e amada
mais um poema de minhas poesias.
Já falei de Bruna,Fernanda e Maria
Já agradeci o Vitor a grande vitória
Hoje não consigo esquecer daquele dia
O lindo presente,uma exuberante jóia.
Agora escuto como música sua vóz
Numa emoção que a mim extravasa
És em português a cura pra nós
És a vida com nome de Sarah!
Nada como o bom e velho tempo para colocar cada um em seu devido lugar.
Quem é filha de rainha traz no sangue a majestade.
primeiro quero agradecer por tudo!
Pesso a te senhor que tenhas mais paciência com essa tua filha, que volta e meia chora pelos cantos, sinto tua falta, preciso que me escute, sinta, veja o quanto eu o amo meu Deus.
És tudo para mim.
És tudo em minha vida.
Eu o amo do meu jeito que somente o senhor sabe.
Quero te agradescer por tudo.
Boa tarde meu Deus.
Me desculpa filha, tudo aquilo foi dito na hora da raiva, não são os meus verdadeiros pensamentos. Disse a mãe. A filha concordou e lhe perdoou com o tempo. Porem...Mãe; tudo o que tu disse, tudo o que você fez, ficam na minha mente.
O intento do homem tem sabor de engano.
Ora, filha, filho meu.
Se a expressão de uma alma.
Tal qual o sangue ferve como o anseio seu.
Não é meramente, não é fomento da mente.
Não é conotação poética.
Não é a dor da vida sintética.
Como a semente.
Aquela que germina e o homem não sente.
O útero da vida a gerar.
Nem mesmo o instrumento não consegue se auto valorizar.
A mulher que se rende a serpente.
Não faça isso filhas.
Garanto.
O sonho da vida.
Que as vezes soa ardente.
A palavra que personifica Deus.
Onde por ela brotou o oriente e ocidente.
As constelações, a magnitude do além.
Além do infinito.
Talvez brasileiramente tipifica subtendido.
A interpretação, persuasão, sensibilidade do atrevido.
É que claramente, que o homem realmente não entende.
Vivifica, ora, assim seja misterioso.
Nesse contento, a graça além do forte vento.
Meu Deus, meu Jesus.
Do cálice que ninguém tá livre.
É doloroso, talvez.
Mas esta é a poesia que a mim seduz.
Giovane Silva Santos
Filha das águas, Caminha no mundo onde os pés falha.
Pulsa dentro de si, uma sereia menina, mulher a qual a sua alma cativa.
Com os seus colares de pérolas se apresenta em noites de luar.
Observando as ondas do mar, eu encontrei os 50 tons em seu olhar.
Purifica a sua alma e faz amor, nas águas de uma cachoeira.
Meu amor eu, te peço, me lança um encanto para que em cada canto do teu mundo eu, contigo, possa ficar.
Eu, Mariô.
Tu, Mariás.
Ela, Maria.
Maria amanhece aurora
Eduarda vence outrora
Filha do sol
Cria da luz
O canto do rouxinol
Pequena que me seduz
Maria desabrocha uma flor
Eduarda enobrece o amor
Oriunda do ventre materno
Respiro de uma oração
Criança do riso fraterno
Que fez casa no meu coração.
As vezes eu sinto como se ninguém me quisesse, nem como amor, nem como amiga e nem como filha. É como se eu fosse um peso que todos são obrigados a carregar e isso dói muito, porque sentir essa rejeição me faz tão mal, que eu só corro para o quarto, me encolho na cama e choro. E quanto mais eu choro, mais eu quero chorar. É tão ruim sentir que eu não pertenço a nada, a nenhum lugar e a ninguém. A solidão tem me doído e me arrancado de mim pedaço por pedaço, eu estou virando um nada, espero que pelo menos um dia eu acabe sumindo.
"Um grande empresário americano foi abordando por sua filha (18anos): PAPAI; preciso de US$ 2.000,OO para comprar sapatos e vender (empreender), seu pai disse; dirija-ao contador, peça para fazer um contrato estabelecendo prazo de vencimentro, e juros bancários, deverá também resgatar no vencimento.
A sua filha, tornou-se uma grande empresária.
Quando já adulta encontrou seu pai e disse; Tive sucesso porque comecei a fazer às coisas certas. OBRIGADO PAPAI.
Bom exemplo para você seguir, se está sendo carregado nas costas pelo seu pai"
Mãe, desculpa por ter te magoado. Sei que espera que eu seja a filha perfeita e eu te machuco quando não correspondo às suas expectativas. Mas eu te amo demais. E eu me esforço muito pra senhora ter orgulho de mim. Por favor, me perdoa, mãe!
"Há um pensamento.entre os homens de que quando ele casa e nasce logo uma filha é porque durante a juventude namorou muitas garotas e vai ter que aturar um estranho beijar a sua filha do CORAÇÃO "
Mainha
Ela nunca foi só minha mãe é também filha, irmã e amiga
Cúmplice e defensora desde que me entendo por gente
Lembranças maravilhosas me invadem de repente
Ela cozinhando e eu sentada no chão imitando ela, e sujando as mãos
A gente tomando sorvete, e eu achando lindas aquelas taças de banana Split
Lembro também que nos domingos sempre tinha pudim e manjar dos deuses ou melhor da Diva
O cheiro do frango temperando
A barriga crescendo e murchando
Por cinco propósitos da "Criação"
A cada penteado nos cabelos uma prece
Ei minha filhinha olhe para sua pele
Você é neguinha precisa estudar mais
Se quiser ser aceita e ter o que te apraz
Assim ela dizia
Menina de onde vem sua pose de princesa?
Não esquece de suas origens sua familia teve como herança a pobreza
Ela às vezes me olhava como se estivesse se realizando em minhas caminhadas, mas muitas vezes me diz você é aprendiz:
- Olha como fiz, e talvez seja ser feliz
Vi sacrifio nos sonhos adiados
Só para me ver estudar em escola particular, me dar plano de saúde e o armário lotar
As suas roupas em festas repetidas faziam as minhas no guarda-roupa sortidas
Cuida de tudo e de todos como rotina
Do café-da-manhã ao jantar
Ao cuidado e preocupação a cada sair e voltar
Quanta dificuldade em minha entrada na faculdade.
Só fez apoiar quando decidi voar
Em seus 50 anos consegui pela primeira vez enganar e superar a expectativa
Um surpresa em formato de festa para celebrar sua vida
Ali vi o quanto ela é querida
Sempre reclamou muito, mas ali estava agradecida
A cada passo dado ou fato ruim superado
Ela faz questão de por o dedo na ferida e pregar a lição
Como sou grata pelos seus conselhos e orações
Cuida até hoje de mim, primos e irmãos
Uma mulher abençoada, respeitada e exaltada
Pelo seu marido há 40 anos, meu pai ela é muito amada
Veio ao mundo e quando se for a certeza que terei, esteja eu onde estiver é que sua missão se cumpriu
Cuidou de um rebento nos braços de quando nasceu até quando a doença a consumiu
Mas mesmo assim se mantém forte que nem uma leoa
Dias bons, dias ruins, dias piores
Oro sempre para que essa dor melhore
Ela segue a vida resignada
Seu riso já não é mais frouxo
Poucas coisas a fazem bem como o orgulho daquele moço
Meu irmão que agora é cuidador por profissão ocupa o lugar da minha mana que ela cuidou até então
Eu também cuido de longe nas preces e nas horas faladas
Por telefone e nas videos chamadas
Minha mãe, minha mãezinha
Que me ama e socorre a cada queda minha
Antes o dodói sarava com um beijinho e merthiolate
Agora as feridas da vida doem no coração e machucam na alma
A cura é terapia e chocolate
O meu remédio são seus ensinamentos no exemplo nas palavras
Deveria ter prestado mais atenção nas entrelinhas
Cada crítica ou reclamação que antes via como chateação
Hoje olho para trás e vejo como orientação
Agradeço por tudo e espero um dia poder retribuir
O Imenso amor e carinho que ela tem por mim.
Minha carta de afirmação da prosperidade
Eu afirmo e confirmo, que sou filha de Deus. Eu tenho plena certeza de que eu vim ao mundo para cumprir a minha missão que é ter prosperidade abundante e ser prospera a cada dia, assim como ele feito, de uma noite e um dia, para se tornar inteiro.
Afirmo uma e mais uma vez que sou destinada vivenciar e alcançar todos meus desejos de prosperidade ver e sentir os meus objetivos, prontos em poucos passos e pouco espaço neste tempo.
Afirmo e confirmo ser, uma excelente escritora e produtora em programação de resultados de sucesso pessoal e de vendas virtual.
Afirmo que esta Reprogramação Mental seja eficiente para acelerar o meu programa de insight de dentro da minha menta criadora que a todo momento aumenta a minha capacidade infinita de ser competente e eficiente, no meu propósito em ser prospera.
Entendendo, que a medida em que prospero, faço valer a prosperidade na vida de milhares de pessoas entregando para elas a minha formula do como podem transformar suas vidas apenas mudando o seu modo de pensar e
Consequentemente mudar suas histórias de vidas.
Afirmo que, durante esta minha transformação, encontrarei pessoas bem intencionadas e prontas para me ajudar facilitando o meu percurso para chegar com facilidade e abundancia de prosperidades, sabedoria, reconhecimento e riquezas.
Afirmo que isto só é impossível porque tenho uma mente criadora que me encoraja e coloca no meu caminho, pessoas e situações facilitadoras que aumentam a minha vontade de alcançar meu objetivo.
Afirmo que nos meus projetos, nos meus trabalhos, estudos e pesquisas, eu tenha fácil entendimento no meu aprendizado que os meus dias e noites, sejam de sabedoria e paz, lembrando que o Senhor Deus que está sempre no meu interior e no comando da minha vida prospera.
Afirmo e confirmo que só faço o que me é prazeroso e que me remete ao meu estado divino.
Afirmo e confirmo que aprendo com facilidade, porquê eu tenho uma memória prodigiosa.
Afirmo e confirme que assumo o compromisso em ser prospera e que a minha vida financeira seja cada vez mais abundante.
Afirmo e confirmo que darei suporte para outras pessoas a conseguirem o mesmo, porque assim como eu as consegui também conseguirão, como merecimento de sermos filhos de Deus dono de todas as prosperidades. Está feito e aceito.
Aceito o tempo de Deus, afirmo e confirmo que toda prosperidade vem a mim com abundancia facilidade, alegria, honra e gloria é, tão certo como o dia segue a noite, e confio que tudo acontece no tempo da alegria.
Confirmo que a minha convicção é tão forte que estou arrepiada porque sei que é tão real, que já sou feliz e grata, porque mereço tudo, isto!
ZENILDA MARIA ANTUNES BARBOSA 14-4-2020
Apenas uma frase muda uma história. Maria do Carmo Boaventura, minha avó, era filha de Pedro Camilo de Castro e Albina Gonçalves Boaventura, fruto de uma relação frustrante. José de Castro, tio de minha avó, deixou meu bisavô fazer uma bela casa nas terras dele. Com o voto de confiança que Pedro Camilo tinha pelo irmão, não desconfiava da inveja que o mesmo poderia ter. Ao conversar com o irmão José de Castro, houve informação falsa e enganosa e, logo após a conversa, brotou muita desconfiança de traição da parte de minha bisavó. Depois de uma fofoca sem provas concretas, o casal teve um destino difícil, traumatizante, principalmente para minha avó, que era um bebê e precisava dos pais juntos para ter uma história mais próxima da felicidade.
Maria do Carmo Boaventura nasceu em Capelinha do Chumbo. A parteira era vizinha da família. O método do parto era bem rude; não havia hospitais próximos, e tudo se resolvia com as parteiras amigas. Albina ficou morando lá na nova casa 1 ano e 6 meses; a partir daí, suas vidas tiveram um rumo muito triste.
Pedro Camilo de Castro separou-se de Albina Gonçalves Boaventura. Minha querida bisavó implorou para que isso não acontecesse. Houve gritos e desespero, mas não foi possível controlar a situação. A fofoca diabólica do irmão foi o início da mudança da história de um anjinho. O marido disse que se separariam, mas havia uma condição: sua filha iria junto. Afirmou, também, que a traição é inadmissível. Ela exclamava bem alto que ele tinha de acreditar nela, que o amava e só tinha olhos para ele, que era incapaz de traí-lo e só ficava em casa lavando roupas e cuidando da filha. Por fim, disse que até poderia morrer. Minha avó beijava sua mãe, chorava muito. A pouca vizinhança ouvia a discussão com pena da situação. Vovó grudava na minha bisavó, mas, mesmo assim, meu bisavô, um homem rude, seguiu em frente. Tomou minha avó pelos braços, entrou na casa, depois foi embora, tomando rumo ignorado. Entregou a chave da casa para o irmão, pegou minha avó e desapareceram daquele lugar. Sem saber o que fazer, os dois perambulavam no sol escaldante. Passaram perto de um casarão, entraram num portão. Havia um corredor de árvores, uma passagem muito fresca, com ventinho agradável. Avistou Palminda sentada no alpendre. Aproximaram-se, minha avó enrolada num pano branco. Ele pediu água e deu a minha avó um pouquinho do líquido. Palminda encantou-se com o bebê, e meu bisavô perguntou se poderiam ficar, tentando resolver a situação em que se encontravam. Palminda aceitou. Quando meu bisavô Pedro Camilo voltou para buscar a filha, esta já estava chamando Palminda de mãe. Admirado com os bons tratos, resolveu doar a filha para o casal de idosos Joaquim Sebastião Borges e Palminda da Fonseca. Joaquim é avô de José Leandro Borges. Maria do Carmo familiarizou-se muito rápido com a nova família, pois lá estavam a Dona Ana, sua irmã de criação, e meu avô morando no mesmo teto. Vovô e vovó, encantados, começaram a namorar e casaram-se bem jovens, ela com 14 anos, ele com 18 anos. Meus trisavós apoiaram o romance. Namoraram por 3 anos e ficaram noivos. O trisavô prometeu uma festa de arromba. Cumprindo o prometido, matou 1 boi, 1 porco, 8 galinhas, fez galinhada, tutu, pelotas, sucos de limão e laranja, pinga alambicada, contratou um sanfoneiro animado que tocava sanfona e cantava música raiz. Houve muito arrasta-pé. Foram convidadas muitas pessoas amigas da família e parentes. Na hora da festa, os padrinhos de casamento venderam a gravata e arrecadaram uma grana boa. Para ficar mais completa a colaboração, o trisavô deu uma fazenda para os jovens casados começarem a vida, na localidade de Peroba, município de Lagoa Formosa. Logo depois de um ano de casados, tiveram a primeira filha, que recebeu o nome de Maria Borges. Alguns anos depois, nasceram Eva Borges, Pedro Leandro de Castro e, por fim, Madalena Borges. Com o passar do tempo, morreram prematuramente seis filhos.
O ofício de costureira de minha avó ajudou seu esposo, José Leandro Borges, a criar a família. Nas décadas de 60, 70 e 80, ela decidiu trabalhar na área de costura. Havia muito trabalho em Patos de Minas, pois eram poucas as costureiras. Os clientes eram muito fiéis. Uns vinham de Lagoa Formosa para a feitura de ternos, vestidos, calças de brim, boinas, etc. Depois de 30 anos de trabalho, uma catarata afetou minha avó, e tiveram de reduzir os serviços. Madalena teve uma infância harmoniosa com os irmãos mais velhos. A diferença de idade da irmã mais velha, Maria Borges, é de 20 anos. Toda vez que os irmãos iam à casa de meus avós, encontravam as mulheres costurando e gostavam muito disso. Sebastião saía e comprava pães, balinhas e picolés para os sobrinhos; era uma festança. Pegava-se água da cisterna para fazer café. O bom de prosa Juca Sertório chamava todos os filhos para se sentarem à mesa que ficava na varanda no fundo da casa, em frente ao pomar de frutas, o galinheiro e o viveiro de mudas. Ali saíam assuntos maravilhosos do tempo da vida em Lagoa Formosa, do empreendimento do viveiro de mudas, da venda de muitos caminhões de café e eucalipto. Naquele dia, depois de vovó preparar o café, colocava na mesa pães de queijo, biscoitos, roscas caseiras. No momento da prosa, sugeriu-se que José Carrilho e o primo Itamar de Castro tomassem conta de uma mercearia que meu avô montaria para os dois netos. Antes do fim da proposta, os dois netos pulavam de alegria. José Carrilho, que tinha a doutrina cristã e pensava em ser frade, gritou: “O nome da mercearia será ‘São Pedro’, do qual vovó é devota”. Todos apoiaram a sugestão. Minha avó olhou para as netas Eni e Maria Luzia, que tinham desejo de morar com os avós. Elas receberam esse convite e o aceitaram. Para mostrar gratidão, todos os dias as netas lavavam a casa, arrumavam as camas dos avós, tratavam das galinhas. E não ficou só nisso. Outros dois netos, Netinho e Ernane, foram convidados a garimpar nos rios Abaeté e Paranaíba. Arnaldo contraiu reumatismo juvenil e ficou com sequelas nas articulações, por isso não podia participar dos convites junto com os irmãos; estava internado fazendo tratamento e todos orando por ele.
Minha mãe, Madalena, gosta de frisar com orgulho que nasceu em Lagoa Formosa, sua terra querida, cheia de natureza e pessoas simpáticas, hospitaleira, onde morou por onze anos e teve vários amigos, que faziam parte de seu cotidiano. A casa era feita de adobe grande e cheia de gente da família. Madalena, as amigas vizinhas e os primos iam para o quintal comer frutas, brincar de casinha, pique, esconder, amarelinha, elástico e criar bonecas de espiga de milho para brincar, aproveitando para aprender a fazer trancinhas nas espigas de milho.
E no quintal de 3 mil metros quadrados, no centro da cidade, com pomar de frutas, horta e muitos pássaros, minha avó fazia biscoitos em um forno feito de barro, pães de queijo, biscoitos de espremer, cultura esta que, com o tempo, foi ficando mais escassa e sendo substituída por moradias verticais, concretos e por tecnologia.
Em 1959, período em que o País vivia sob pressão da ditadura militar, Madalena estudou nas Escolas Normal e Professor Sílvio de Marcos; esta pertencia à Penha e hoje é o Colégio Tiradentes. Nas escolas havia regras; as alunas eram obrigadas a ir à escola de uniformes padronizados; tinham que usar boinas, meias brancas, sapatinhos e saia pretos, camisas brancas, gola marinheiro muito bem passada. A sala muito cheirosa, as meninas iam bem perfumadas. Durante a juventude, curtiu muito com os amigos. Gostava de frequentar a Recreativa e o Social, ir aos cinemas Garza e Riviera. Os jovens trajavam terno e gravatas, e as meninas, vestidos sociais, enfeitados de pérolas, os quais eram confeccionados por Madalena e pela mãe dela. Naquela época não se viam mulheres andando de calça feminina, comprida: era chamada de eslaque. Com 22 anos, Madalena conheceu o Lázaro, na Recreativa. Os bailes eram bem clássicos, com o som de umas bandas de Brasília, os Asteroides, banda patense que tocava Beatles, Elvis, Mutantes, Geraldo Vandré e outras músicas contemporâneas. Época do vaivém, em que os homens faziam um corredor no passeio, e as mulheres passavam de braços dados umas com as outras. O vaivém ia da General Osório à Olegário Maciel. Os postes de iluminação localizavam-se no meio das ruas. Os veículos tinham de desviar-se dos postes, pedestres e ciclistas. As motos mais sofisticadas eram as lambretas.
Lázaro andava de garupa com o amigo Dão, ambos de terno e gravata, curtindo a noite na pacata Patos de Minas.
O flagelo da perda de uma mãe é um pesadelo eterno, e o desprazer de nunca ter sentido o calor de uma mãe é estar em um Ártico Polar
Fábio Alves Borges