Aniversário de Filha Distante
Triste milharal
Ao caminhar uma milha
Encontrei o meu amor
Dentro do milharal filha
Sofri decepção e furor
Contei um milheiro com pudor
Não acreditava no que via
Ao caminhar uma milha
Encontrei o meu amor
Ela era a minha vida
Bela como uma flor
Fruto de minha alegria
Na sua morte sofri a dor
Ao caminhar uma milha
andava vagaroso e sonolento
ao passar viu me e apertou os passos
com a filha que mal sabia andar
sendo arrastada,
procurava não me olhar nos olhos
mas não os tirava de mim
eu o estereótipo do mal que assola a terra
ela o arquétipo da princesa em apuros
entrava no carro tal qual um demônio corre da cruz
e eu já morto por dentro aceitei a última facada
que a vida tinha para me dar.
Seria de causar estranheza que me olhasse e desse um sorriso
baseado nas premissas as quais me julgou receio que nunca lerá nada
quanto mais um autor negro
porém antes analise e pense
o perigo que a minha pele representa
não é nada comparado ao que meu intelecto pode fazer com você
Minha filha Lívia San, você está de parabéns por vários motivos, não só pelo Diploma de Mestra em Artes suado e dedicadamente conseguido, mas também, pelo seu desempenho e luta por todos os seus objetivos alcançados até o presente momento, demonstrando que, além de ser uma moça muito guerreira e determinada, você também é um exemplo de vida para muitos jovens que almejam e buscam um futuro melhor. Deus te abençoe e proteja sempre. Te amamos loucamente. Beijos.
Sou filha da LUA
Presa das estrelas
Nasci na madrugada .
A LUA sempre será
minha asa
de inspiração
Fonte de calmaria
Cais de poesia .
Filha, não tenho palavras para descrever o que sinto dizer que te amo é muito pouco para o que está cá dentro, vivo imaginando esperando você. A sua mamã está boa e também te quer ver. Filha já sei o seu nome e quem é você. O papá está muito contente esperando por ti. (Je t’aime
Minha vida tem muitos medos, medo de não criar minha filha bem, de não ter sucesso, de não ter um mundo melhor, ma eu escolho viver a cada dia com a imensidão da minha alma, porque o futuro não virá se não viver o hoje.
Nobre filha...
(Nilo Ribeiro)
Te desejar bom dia,
para mim é satisfação,
te dar uma poesia,
acalenta meu coração
você é uma linda filha,
você é luz que brilha,
é amor que compartilha,
é cuidado, é zelo, é família
tenha a vida abençoada,
tenha a alma bendita,
é uma pessoa louvada,
tenha felicidade infinita
você é doce e carinho,
é luz para o caminho,
é mãe, é amor,
é a nobre filha do Senhor
Deus te abençoe e proteja,
que assim seja...!!!
Minha filha por que me colocou neste asilo ?
Mamãe você na cadeira de rodas, eu tenho mil coisas a fazer, não dava para cuidar
de você. Como poderia ficar lhe empurrando na cadeira de roda ?
Gozado minha filha, quando você nasceu, você também não andava, e eu te carregava
no colo,
também tinha mil coisas a fazer, tomar conta dos seus irmãos, fazer o café o almoço
o jantar, lavar roupas, entre tantas coisas...tinha um milhão de coisas a fazer,
cuidava do seu pai , de tudo dentro de casa...
Depois quando você começou a andar os cuidados aumentaram , tinha que ficar olhando
em cada canto de casa, para ver o que estava fazendo.
Depois veio a fase da escola eu levava e trazia você, e lá em casa cheio de coisas
para fazer...
E coloquei você no colégio pago, lavava roupas para fora para inteirar para pagar o
melhor colégio para você estudar...sempre pensando no melhor para você.
E quando veio a sua fase da faculdade, lembra, além das roupas, fazia salgadinho para
vender nos botequins, pois era cara a faculdade, mas trabalhava muito, para você ser
alguém na vida e ter um diploma, o que eu nunca tive, mas isso não me desonra.
A pensão do seu pai era pouca, eu me desdobrava em três , para sua faculdade para
nunca o pagamento atrasar.
Aí você se formou. E logo casou. Saiu de casa, e pouco vinha me visitar.
Adoeci, fiquei nesta cadeira de rodas, realmente ficou difícil em casa me movimentar...
A sua solução foi esta né minha filha, me colocar neste lugar.
Onde quase ninguém vem me ver, nem mesmo poucos minutos para conversar.
É a vida minha filha...mas muitas coisas ainda vai aprender...
Só peço a Deus que seus filhos na sua velhice trate de você.
Que não lhe leve para o lugar do abandono...
Para nenhum asilo...para você não sofrer de solidão...
Vai minha filha, que Deus a proteja...
Que todos os dias e noites oro por vocês...
Não sei quando vai vir me ver...
Dê um beijo nos meus netos...que você ainda não os trouxe para eu conhecer...
Vá minha filha ...Que Deus lhe dê o que há de melhor...
Pois foi Deus quem meu deu forças...nas horas que estava exausta,
Nas minhas orações Ele me fortalecia...e até hoje é com Ele que converso.
Ele para mim não é só apenas um Deus...Hoje minha filha Ele é meu único amigo.
Por isso minha filha você vê uma cadeira vazia perto da minha cama, é lá que Ele
senta para conversar comigo, horas...e horas...me confortar...Aliás Ele sempre
me conforta. Sempre.
"Serão muitos desafios e curvas tortuosas. Mas, certo de que tu és, filha, te espero na linha de chegada".
O amor de filha para mãe.
Um amor lindo mais puro e verdadeiro.
Esse amor que dá forças para lutar,
Contra o que dificulta para cuidar,
De quem se ama que é sua mãe!
"Você é a flor mais linda que plantei no jardim da vida!"
À minha preciosa filha, Caroline Victória, a qual amo zelosamente por todas as minhas vidas...
Élcio José Martins
FAMÍLIA
Família tem contorno de ilha,
De avó, de mãe e de filha.
Tem o pão e o amor que compartilha,
Tem lição e instrução de cartilha.
A família é o esteio,
É o início, o fim e o meio.
É a avó com o coração cheio,
É o avô com as brincadeiras de recreio.
Família é a razão da vida,
Calma, suave ou atrevida.
É só perdão mesmo em bola dividida,
Só desiste dos seus, quando termina a partida.
É a rosa mesmo que o espinho doa,
É o calor mesmo ao tempo e na garoa.
Mesmo longe segue na proa,
Tem família severa e aquela que ri à toa.
Família é segurança,
É o ritmo da dança.
É a fé e a esperança,
É o sorriso e a alegria da criança.
Família é porto seguro,
É a liberdade cercada de muro.
É o verde fruto maduro,
É o amor latente, eu juro.
Família é o remédio e a cura,
É o ornamento de ternura.
É o médico que afasta o tédio.
É o lar, não importa o tamanho do prédio.
Família é a busca no aperto,
Na discórdia, no erro ou no acerto.
É a melodia do concerto,
É o símbolo que não precisa de conserto.
É a calmaria nas temidas tempestades,
É o amor no ceio das maldades.
É o entender das tenras falsidades,
É o afagar dos sonhos, dinamitando as vaidades.
Fujo, corro e escondo,
Pra mim, sou um estrondo.
Mas quando nada sai redondo,
É na família que acabo me recompondo.
Família é o astro que brilha,
É a lar recheado da mobília.
É a alegria dos pássaros cantarolando,
É raiz, é vida, É DEUS que está provando.
Élcio José Martins
“O QUE A GENTE FAZ QUANDO UMA FILHA MORRE? "
Perguntas para as quais não existiam respostas, mas que davam incansáveis piruetas dentro da minha cabeça.
Quando a morte chega de maneira súbita, traz pra perto de nós muitas pessoas que se consternam com nossa dor e nos oferece amparo e acolhimento...
Não por acaso, direcionamos nossa maior simpatia aos que demonstram uma indignação maior ao ocorrido, uma indignação mais parecida com a nossa.
Porém, à medida que o tempo passa, percebemos que a vida de todas aquelas pessoas estão voltando ao normal (como tem que ser, convenhamos!).
Quando nos damos conta, pronto! Estamos sozinhos!
Na verdade, não estamos.
A sensação de que as pessoas estão esquecendo nossos amados é tão desesperadora, que chega a nos causar dores físicas.
O tempo não cura nossas feridas, mas ele as sopra quando estão ardendo.
Ele se encarrega de dosar o desespero e a calmaria dentro do coração da gente, fazendo com que aprendamos a viver, um dia após o outro, com o mínimo de sanidade.
Nossos amores, no passado e no presente, sempre farão parte de nossas histórias e de nossas citações.
Pode ser que, ao falar sobre eles, a gente desabe a chorar ou que apenas sinta uma saudade gostosa diante de uma lembrança boa.
Minha fé...
É dessas raras, que se acende
Que tem tino, honra e esperança
É filha forte com vocação de mãe
Postada atenta à porta de meus dias
Minha fé flutua no mar que me atravessa
Viaja de meus poros ao sangue que me cora
E sempre volta sadia a sorrir de minh'alma
Por ser bem dita, dita todo bem que me quer
Minha fé respira desejos de paz
Nas contas gastas de meu antigo terço
Nas intenções das velas que queimo
Nos passos da procissão que a torna mais bela
Minha fé tem compromisso com o perdão
E o nomeia encanto a cada encontro
Me habita a salvo ao que chamo paixão
E sempre me entrega o céu, sem me tirar o chão
Minha fé tem vida, graça e destino
É meu puro e melhor momento
É meu colo, valia, alimento e luz
É onde converso com Cristo, descido da cruz
Bom Dia ♡
Todos os dias, Deus nos diz..."Levanta filha(o), recomece, estou e sempre estarei ao teu lado." E é assim que saberemos, que não adianta pensar no que se perdeu ontem. O importante, é focar no hoje, e não desistir...Pois cada dia em nossa vida é um ponto de partida.
O OUTRO LADO DA MESA DA DOLOROSA SÍNDROME DO NINHO VAZIO
Mães,
Escrevo isso como filha que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhas, saímos de casa.
A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.
Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho pro mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.
Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. Nós, filhas, não lembramos da experiência de querer sair de lá.
Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertadas e desconfortáveis. Talvez algum questionamento do tipo “Mas o que tá acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!” tenha aparecido nas nossas cabeças. Quem sabe até uma mágoa “Por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.
Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.
Nós crescemos, vocês também. Assistimos suas crises existenciais, os conflitos com a idade, o amadurecimento como mãe e a beleza de ser o que se é todos os dias.
Vocês assistiram transformações, pernas crescendo demais, brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.
Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.
Ficamos as duas desconfortáveis com as conversas que mães e filhas têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.
Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.
Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhas, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhuma de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.
As primeiras noites chegando em casa sem ter quem nos esperasse foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta. O cheiro do café quando saíamos do quarto prontas para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.
Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.
O cheiro do meu café fica cada vez mais parecido com o cheiro do seu. A primeira vez lavando o meu banheiro foi engraçada: organizei os produtos de limpeza, prendi o cabelo e vesti a roupa “de fazer faxina” como você sempre fez. Liguei o rádio e lembrei do som dos dias de faxina, as suas músicas preferidas.
O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.
Coloquei uma foto sua perto da cama. Fiz planos durante a semana para que o final de semana ao seu lado fosse aproveitado da melhor maneira possível. Aprendi a me cuidar sozinha, a comer melhor, a deixar a roupa limpa, a organizar meus horários e a casa.
O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.
Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico, foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio.