Aniversário de 25 anos
Não sou imortal
Data: 25/02/2021
Às vezes penso no que sou
E no que me tornei
Às vezes penso que navego as sós
Para me sentir em paz
Às vezes quero ser feliz com alguém pra me alegrar
Às vezes quero ouvir uma música para
Deixar o canto vagar e ver a imaginação nos carregar
Às vezes quero dançar
E ver o luar e as estrelas brilhar
Às vezes me sinto perdida
E me vejo em uma maré de sangue transbordar
Não sou imortal
Respiro fundo e enfrento obstáculos duro
Quero andar na escuridão
Desfrutar o mar o horizonte
Tomar uma gelada
Rir com a rapaziada
Chorar no meu lamento as sós
Espantar minha dor por uma noite calada
E guarda a angústia quando tiver as sós
Às vezes quero gritar
E baixar minha voz com o travesseiro pra ninguém escutar
Às vezes só quero ser amada sem exigir
Às vezes só quero te amar pra não ter que te iludir
Mais as lágrimas escorrem
E eu me coloco a um rio a transbordar
A maré já não pode matar minha sede
Deixa o canto influir
Deixa a natureza clamar
E a rosa brotar
Pra depois ter que ver vaiar
Pela dor do espinho que inflamou em mim
Sinta a brisa
Não diga que não faz diferença
Gira com planeta
Roda com o mundo
Mais não afunda com o maré
Me ver sangrar não é minha intenção
Apenas feridas por acidentes
Essa dor não da pra colocar pra fora
Esse corte profundo não será meu
Só pra ver o sangue escorrer e a dor fixar
Não irá aliviar
Essa dor nuca me pertenceu
Essa dor nunca será só minha.
Mãe, hoje faz 25 dias que você partiu, não há dor maior do que pensar em todo o seu sofrer e toda sua luta, você nunca desistiu e não queria aceitar o findar de sua vida... não consigo aceitar a dor da saudade... sinto sua falta.
Ela é intensa demais, com ela não existe meios termos, ou é tudo ou então não é nada. Ela é aquilo que a maioria das mulheres gostaria de ser, e é por isso que ela mete inveja a muita gente.
Quem bate de frente com ela, vai ter que levar com todas as conseqüências. Ela é durona, é atentada, tem uma personalidade bem forte, digamos que ela é "indestrutível". Ela não fica por meias palavras, não fala por trás, diz tudo o que tem a dizer pela frente, quem gostar tudo bem, e quem não gostar, que se lixe. Ela sabe bem aquilo que merece e se lhe derem menos, ela manda tudo ao ar e segue em frente.
Mas ela tem sentimentos, e não são sentimentos da “treta”, ela ou sente ou não sente, e quando sente a valer, ela demonstra e é capaz de ir contra tudo e contra todos por quem ela ama. Ela é capaz de dar tudo aquilo que tem pela pessoa que ela gosta, porque ela sente de verdade. Ela tem uma alma quente, ferve em pouca água, mas é coisa mais meiga deste mundo.
Ela tem cicatrizes, muitas, ela já sofreu muitíssimo, mas ela também superou, aliás ela supera sempre. Ela vive as coisas com muita intensidade, vive a vida, vive o momento e tenta aproveitar tudo da melhor maneira. Mas afinal o que significa ser uma mulher assim? talvez signifique ser o sonho da maioria dos homens
Mar doce mar, o seu balançar me faz suspirar, transpiro sem suar, levito sem voar. Viajo nessas ondas igual viajo no âmbar do teu olhar.
O Eco da vida adulta
Em um mar de incertezas me encontro perdido,
Turbilhões de emoções me levam sem rumo definido.
Aos 25 anos, olho para trás com pesar e comovido,
Minha infância, misto de alegrias e momentos sofridos.
Não sei se estou onde desejava estar,
Onde achava que minha vida iria desaguar.
Ser criança era tão simples, tão fácil de encarar,
Hoje a vida adulta me faz duvidar e questionar.
Ansiedade, cobranças sociais a me sufocar,
Trabalho em excesso, contas para pagar.
Meu coração exausto por amores a naufragar,
Cobranças da família a me pressionar.
Vícios que me consomem, me fazem desviar do caminho,
Queria apenas viver em paz, sem tanto espinho.
Não ser uma bomba-relógio prestes a explodir sozinho,
Mas encontrar a calma em meio a tanto desalinho.
Vivemos ou apenas sobrevivemos neste mundo hostil?
Questionamentos que ecoam na mente febril.
Altos e baixos são parte do ciclo sutil,
E está tudo bem não ter todas as respostas num perfil.
A vida adulta traz consigo um fardo pesado a carregar,
Responsabilidades, pressões que nos fazem duvidar.
Mas em meio ao caos, é preciso respirar fundo e encarar,
Buscando viver verdadeiramente e não apenas sobreviver no mar.
Para o escritor a inspiração
é tudo vem ao pensamento:
palavras, gestos e sentimentos.
Tudo vem inspirar e a expressar,
e com tudo a encantar.
Natureza, afetos e amores,
o que mais o encanta são as flores.
Tudo vem a se encaixar
até pra Deus fica a poetizar.
Feliz Dia do Escritor!
“A reflexão é algo fundamental em nossa vida, pois é no exercício da razão que nos leva a novas descobertas onde aponta que caminho devemos seguir, mas nem todos estão dispostos quando necessário recomeçar, pois preferem se manterem desorientado em suas insensatez frustrante no mundo das ilusões, em vez de perseverarem na lucidez que leva a uma eternidade em plenitude.”
Hoje me vejo cheia de escolhas e incerteza, medos e sonhos. Tudo isso dentro do meu ser, me faz ser o que sou e não o que eu queria ser.
#Gianiffer_Stella
Ontem sonhei contigo,
Pra mim é esquisito,
Até não faz sentido,
Mais me fez lembrar,
Te buscar.
Me fez tão bem,
Mais porque de ti lembrar,
Contigo sonhar,
Se quero é seguir em frente,
Viver o presente.
Queria mandar nos meus sonhos,
Pra evitar encontros,
Que foge ao meu viver,
Deixar de ler,
O que já foi escrito,
E no passado permanecido.
Lembranças estranhas,
Que a mim traz esperanças,
Permaneces aí,
Nem venhas aqui,
Só venhas,
Se tu fores somar a idade.
De verdade uma realidade.
Desejo um amor não perfeito mais simples e que sinta no peito, cada sonho cada plano que construir nesse amor seja de mera coincidência, viver uma historia que faça valer um entardecer e que faça o tempo voar quando ao seu lado estar.
O prazer de todos os dias sera conquista você, não importa o dia que seja mais você sempre esteja comigo por quero sem alem de um amigo.
A Sophia de Mello Breyner
Aquela madrugada que irrompeu em nós
*“dia inicial e primeiro”,
esses ventos anunciando germinação
aquela madrugada em que das cinzas renascemos
Sophia,
repousa-me na garganta em estilhaços.
Aquele hino que ao colo do meu Pai
há décadas ansiado
sorrindo cantarolei.
Aqueles belos cravos vermelhos
a transbordar sangue fervilhante
de mim
hoje são farpas rasgando-me as entranhas
toda a quimera que inventei.
Aquela madrugada algures já perdida
é como um denso nevoeiro
onde ouço o grito da fome
do meu Irmão
a sussurrar clemência pelo chão.
Passa por ele tanto capitalista
mas nenhum lhe estende a mão.
Cegueira instalada e brutal
desdém!
Pobreza mais miserável que a própria fome
é a condenação à mesma!
Tal qual uma manta de retalhos
velha e dolorida.
Fomos vendidos
hipotecaram nossas vestes
cobrindo-nos de maldição e vergonha.
Vertem lágrimas
os craveiros vermelhos que gritaram
no peito daquela madrugada
repousa tu aí sabedoria eleita,
teu leito de Liberdade.
Eu permaneço pela enseada
nas asas de uma gaivota
cantarolando como se ainda estivesse
ao colo do meu Pai.
(*Sophia de Mello Breyner)
© Célia Moura (2015)