Animado
Todo o homem de ação é essencialmente animado e otimista porque quem não sente é feliz.
— Ainda está aqui — disse ele. — Algum problema? Sophie fungou.
— Estou velha — começou ela.
Mas era exatamente como a Bruxa dissera e o demônio do fogo
adivinhara. Michael disse com alegria:
— Bem, um dia acontece com todos nós. Quer tomar café?
— Tem todos os dentes. Ela não é a Bruxa das Terras Desoladas, não é?
— Eu não a teria deixado entrar se fosse — replicou a lareira.
Não o pressione, Michael — disse Howl. — E não faça Sophie bufar de
novo. No humor em que ela se encontra, vai derrubar o castelo da próxima vez.
— Por que ele não me botou para fora? — perguntou Sophie, meio para si
mesma, meio para Michael.
— Não compreendo — disse Michael. — Mas acho que ele se guia por
Calcifer. A maior parte das pessoas que vêm aqui morre de medo dele ou não percebe a presença de Calcifer.
— Mas eu não estou tranquilo em relação a isso, se é o que você pensa! — disse Michael. — Se você soubesse os problemas que tivemos por Howl viver se apaixonando assim! Já tivemos ações judiciais, pretendentes com suas espadas, mães com rolos de pastel e pais e tios com porretes. E tias. As tias são terríveis. Elas caem em cima de você armadas com grampos de cabelo. Mas o pior é quando a própria garota descobre onde Howl mora e aparece à porta, chorando, desgostosa. Howl sai pela porta dos fundos e Calcifer e eu temos de cuidar de todos eles.
Ser reconhecido me deixava muito animado antigamente. Acontecia muito quando eu estava andando por Los Angeles. Uma vez parei em um farol e ouvi: ‘Ei, cara!’ Isso te assusta muito. Olhei para o lado e haviam quatro caras em um picape mostrando o dedo do meio para mim! Fiquei muito cansado de coisas assim acontecerem, então parei de prestar atenção nas pessoas ao meu redor.
Estou incrivelmente animado com esta nova empreitada e curtindo muito a volta aos estúdios para fazer música.
- Vovó, conte uma história! - Disse o netinho animado!
Vovó então contou sobre o tubarão que adorava passear nas estrelas!
- Ora! - Disse a mãe da criança. - Isso é surreal, a senhora não se cansa?
- O bom de ser criança é poder voar nas asas da imaginação!
O cômodo era bastante pequeno. Não havia ninguém ali, exceto Sophie e o crânio.
— Ele tem os dois pés no túmulo e eu só tenho um.