Angústia
Na vida a gente sempre vai ter alguma coisa mal resolvida, a priori ela nos dará uma sensação ruim, porém chegará um momento em que vamos olhar essa "angústia" como um aprendizado muito importante.
Desse Jeito
Quem sabe, minha arrogância poética seja uma efeméride.
Torço para que seja, caso contrário não haverá razão em si.
Quem sabe, um dia, um alguém, uma possibilidade.
A possibilidade é minha inspiração.
Se de tudo não for, ainda assim, expulsei de dentro meu ver.
À mim, o alívio da angústia guardada no eu.
Aí está!
Na minha forma
Desse jeito.
"Bela Lua"
Minha bela lua,
Queria contigo fazer um trato.
Quero que venha viver na terra
E eu ocupo seu lugar no espaço.
Creio que não irá aceitar
Pois ninguém está suportando
Viver num lugar de abismo
Onde estão matando e roubando.
Será que tu me entendes
Minha bela e linda lua?
Tanta criminalização
E mendigos pela rua.
Oh sociedade, Oh sociedade
Abra os olhos, por favor!
O mundo está alagado
De tristeza e muita dor.
Agora minha bela lua,
Que no espaço sempre está
Depois desse meu discurso
Podemos trocar de lugar?
“Como estamos hoje?”
“Dor emocional terrível e incessante, e a impossibilidade de compartilhar ou articular essa dor me faz um componente dela própria.”
“O que aconteceu?”
“Horror existencial.”
“É muito difícil de descrever a dor emocional em si. Pode expressar algo do seu contexto? Consegue?”
“Sua forma e textura?”
“Não. Relatando as circunstâncias relacionadas à sua causa.”
“O que estraga a felicidade é a veleidade de ser triste.”
“Teus pesares são irrefreáveis, suas dores irrepreensíveis, são, em essência, impossíveis de serem classificadas em qualquer conjuntura reconhecida, espantosas com palavras. Em nome de que lucidez secundarista? Essa insistência em sofrer se fez peregrinar até uma Terra Prometida?”
“Como você sabe tanto?”
“Porque eu sou você.”
Para ser considerado um cadáver, o cidadão não precisa ter sido declarado clinicamente morto, afinal, é bem possível sentir o coração bater, o cérebro operar, e, mesmo assim, ter a incógnita e angustiante sensação de ser um alguém sem vida ou sem valor para o mundo e, principalmente, para si mesmo.
Eu não quero ser o smartphone, a bota, a bolsa da tal marca, o Hi-Ban, o penteado clichê. Eu gostaria de me sentir bela e importante para o mundo. Gostaria de fazer às pazes comigo mesma e acreditar que ainda há muitas pessoas legais que priorizam a essência e não a aparência, nem que elas sejam minoria. Ninguém vai levar nada disso para o caixão, então por que estão deixando de lado a essência do amor? Namorar não é usar aliança, postar as fotos dos chocolates, das rosas, não é se aliar porque pode tirar proveito. O amor fica triste com essa banalização. O mundo está virado de cabeça para baixo e é triste constatar que a maioria não vê nada de errado, apenas eu.
A Governanta Webnovela
Me sinto cansada. Vejo um vazio nas minhas palavras, descubro que meus sentimentos não são mais meus.
Aos homens medíocres, aos minerais, vegetais e animais, resta uma benesse transitória, dissolver-se, não pensar. Uma pedra é triste? Uma pedra tem decepções? Mas transitória é esta felicidade, pois o ciclo da matéria é continuo e somente quando a última partícula surgida no Universo tornada Deus conseguir se extinguir, retornar ao Nada, a angústia terminará.
Somos um incidente num mundo uniforme. Acreditamos que nosso desgovernado cérebro é um complemento que nos distingue em superioridade, quando em verdade nos condena à constante angústia de nos situarmos no Universo em meio a outras formas já estabilizadas e tranquilas.
Tem horas que dá vontade de desistir,mas não sei de onde vem tantas forças assim pra me fazer seguir.
No silêncio os pensamentos afloram, pois somente no silêncio sou capaz de escutar o grito de angústia de minha alma encarcerada.
UM DIA DESSES
Um dia desses seu sorriso encontra uma resposta.
E tudo porque você lutou vai fazer sentido.
Todos os espinhos, toda angústia e dor.
Um dia desses todo esse vazio vai passar
como a chuva que abençoa o chão do deserto
A vida vai se fazer cada vez mais forte e bela.
Um dia desses esse frio vai passar
no abraço de um amor que é para vida inteira.
Um amor que poucos creem, mas que existe.
Há coisas que não precisamos ver para saber que existe!
Basta sentir e serão verdade!
Na sala fria está o centro de tudo
Olhares únicos como um arranjo
O grupo chega , admira e sai mudo
Um manto branco envolve um anjo.
Angústia , desespero e esperança
Daquela visão inesperada e terna
Um choro coletivo e dolorido avança
A mão do anjo sossega a alma materna.
Um dia emprestei meu sorriso ao secar suas lágrimas, te embalei em meus braços te fazendo um cafuné até você adormecer, zelei pelo seu sono, preparei um delicioso café da manhã, almoço e jantar ... te banhei, te vesti, fui seu escudo protetor, acreditei em você quando ninguém mais esteve por perto, te levantei e lhe encorajei a não desistir da vida quando mesmo a corda apertava-lhe o pescoço. Agora está melhor, fui apenas uma pegada na areia apagada pelo vento do passado, deixado de lado. Entretanto, estando bem estás rodeados de novos amigos, mais quando precisas novamente eles desaparecem e tens a me procurar.
Na constituição da subjetividade no inconsciente no texto de Garcia Rosa narrando a história da psicanalise de Freud sobre o inconsciente.
Há a crítica que o cogito cartesiano de Descarte penso logo existo parte da concepção de uma verdade na consciência pensante.
A declaração de Descartes é a representação base da verdade;
O crítico de Freud Garcia Rosa parte da subjetividade do texto inconsciente.
Ao criticar o auto pensamento de Descartes, sua consciência rapidamente pensou: "Existo porque penso que sou."
Na teoria de Descartes, a subjetividade do sujeito começa por acreditar que as coisas se baseiam em sua crença de que tudo é possível ser lógico.
A crença estar no valor de uma coisa ou no princípio de uma fantasia ser real.
Há um sujeito que não sabe nem deseja saber. Onde ha um fenômeno que faz pensar na sua paixão por um objeto que é seu.
Nele há um enigima comparado a um objeto de terror que surge do pensar sobre a sua a angustia. Com uma narrativa subjetiva.
Meus desejos são castrados e eu sou torturado! Portanto, tenho medo de banir esse prazer. Eu sei que você odeia pensar que é o lugar perfeito, mas dói porque você não pode tê-lo. Então sofro porque penso e desejo.
Insônia
Na expansão, um breu sombrio
veio desagasalhar a minha alma,
Deixando-a carente e com frio,
como uma criança abandonada.
No estrondoso silêncio do crepúsculo,
Vulnerável, sinto-me a pele arrepiar.
Ao deitar sobre o leito imáculo,
Os pensamentos insistem a vagar.
Vagam pelas memórias em segundos,
Reabrindo feridas já cicatrizadas,
E como ondas do mar num dia turvo,
Me afogam em angustias aprazadas.
O coração acelera e perde o compasso,
Diminuindo a oxigenação necessária.
Do presente ao passado me transpasso,
Numa tentativa de solução ordinária.
Os músculos cansados pedem arrego,
Mas a mente alerta quer conversar.
O inconsciente tentando o desapego,
Enquanto o tempo não hesita ao passar..