Andorinhas
Poeminha Sentimental
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
Voa um par de andorinhas, fazendo verão. E vem uma vontade de rasgar velhas cartas, velhos poemas, velhas cartas recebidas. Vontade de mudar de camisa, por fora e por dentro... Vontade... para que esse pudor de certas palavras?... Vontade de amar, simplesmente.
Sinto sem saber o que sentir, mesmo não podendo julgar me sinto na obrigação de falar.
Não sei o que me prende a ti.
Se é o amor ao passado ou a mínima vontade de te sentir.
Sinto-me mal, acho que chegou a ressaca moral.
Sinto-me triste além do normal, talvez por entender que esse é nosso final.
Não tenho certeza ainda, mas acho que você me fez mal.
Não sei o que pensar.
Apenas desculpe por julgar.
O castanho dos meus olhos migra no outono como as andorinhas do mar, levando consigo o carinho que
juravamos ser meu.
Observando as andorinhas a planar fica fácil perceber... Que há aqueles que voam por voar, e há aqueles que voam mesmo é por prazer.
Um dia acordei mais cedo que o de costume;
Notei que pela manhã, as andorinhas cantavam mais alegres, esbanjando sutileza e sublimidade.
Percebi que o canto dos pássaros e o barulho do vento, formavam a mais bela sinfonia,
E que aguardavam ansiosamente a chegada da chuva.
As flores desabrochavam com mais vigor, perfumando docemente o ambiente.
Enquanto meus olhos percorriam cada detalhe, senti que meu coração exultava de felicidade.
Naquele momento, pude compreender a beleza da simplicidade e sua importância para mim.
Eu poderia ser eu mesma, ali eu seria o melhor de mim.
O sol havia nascido, tão belo e radiante quanto nos outros dias.
Um espetáculo belíssimo formou-se com a chegada das primeiras gotinhas de chuva.
O céu, com sua magnífica capa azul celeste, parecia observar com muito contentamento,
A suavidade daquele encontro, e a preciosidade indescritível daquela cena.
O cheiro de terra molhada, ouvir as lindas canções dos passarinhos, levavam-me a infância.
Poderia sentir sensações esquecidas, relembrar velhos momentos de travessuras.
Podia ouvir a voz do meu pai, ver minha irmãzinha com seus cachinhos dourados,
Brincando de bonecas, e a minha mãe preparando um delicioso chocolate.
Eu realmente não sentia com a mesma intensidade quando criança.
Tudo era intensificado, podia sentir as lágrimas rolarem em meu rosto.
Logo as enxuguei, e mansamente meu coração transbordou de alegria.
Logo compreendi que uma tempestade abre as portas para um maravilhoso dia,
E que a felicidade encontra-se na simplicidade de cada coração.
Quando você se sentir excluído por um grupo ou classe de pessoas, lembre-se: Andorinhas voam em bandos, águias voam sozinhas.
Hoje eu abri a janela
E enxerguei longe, lá no Céu
Algo que parecia
Um casal de andorinhas
Voando alegremente
Não sei se estavam mesmo lá
Ou se era ilusão da minha mente
Com o tempo a gente percebe
Que não é certo
E nem inteligente
Sempre crer
Naquilo que se vê de longe
Nem naquilo que se vê de perto
Mas as andorinhas
Pra sempre estarão voando
Acreditando nelas
Ou não
O difícil não é sabê-las
Pois é pra isso que existem janelas
Triste
É viver sem nenhuma ilusão.
Edson Ricardo Paiva.
Que vôo provisório as andorinhas
ensaiam nos telhados desta casa?
O inverno se aproxima com
seus ventres falantes
E elas vão ensaiando
as montanhas distantes.
Vão lembrando o futuro
Exercitando as asas.
Voltarão sempre
cada vez
mais longe.
Até que não encontrem
esta casa branca
sinalizando o nevoeiro.
Sabe aquelas andorinhas pousadas nos fios do poste, não é que elas formam uma partitura?
Daria tudo pra saber o som que faz.
A vida corre feito menino apressado atrás da
bola colorida, como um bando de andorinhas
quando a noite se avizinha.A vida corre, o
amor escorre, e sem mais apelos um dia dia
se morre, A vida corre...
"Te ver sorrir
Assim como pardais
constroem seu ninho
e as andorinhas fazem sua
própria casa,
construiremos juntos
os nossos sonhos.
Estarei contigo sempre
que precisares, pois minha
maior felicidade é te
fazer sorrir."
Nasci e me criei em um lugarejo chamado Andorinhas. Lugar rico por sua simplicidade de povo pacato e humilde. Cercado de belezas naturais como montanhas e rios, Andorinhas foi uma de minhas paixões.
Infelizmente aquele lugar acabou! O lugar ainda existe, mais a Andorinhas que tive o prazer de lá viver foi cruelmente deformada pela invasão de rudez forasteiros, que a sua essência lhes roubou.
Saudade de ti Linda Andorinhas!!!
Quando seus olhos piscam parecem duas andorinhas voando no verão. E quando sua boca sorri enfeitada por seus dentes alvos é semelhante um céu com nuvens brancas mostrando-me que o meu dia será de bonança.
Andorinhas
Andorinhas
sobrevoam
espaço fugidio,
levando
conforto e carinho,
ao arrepio
da solidão...
procuram
lugar seguro
para o ninho,
abraçam
outra andorinha
pra fazer
verão.
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