Ando
'EU'
Ando descalço no mundo genuíno.
Não porque o abracei,
As terras temporárias são forasteiras.
No meu amplexo já cansado,
Diluo a espera.
No branco sem destino,
Na latência de sentimentos,
A fluorescência ofusca-me,
Assombra-me.
Sou migalhas de um pobre na dor que não cura...
Invento psicanálises nos dias perturbadores.
Adentro o espírito infértil vaga fortuito,
Probabilidades casuais,
Sedento de anseios como as infinitas variáveis no espaço,
Sem cabanas.
Sou inesperado,
Duvidoso,
Eventual tal qual os olhares distantes que se abraçam demorado...
As sátiras deixaram-me,
Corro feito louco,
Sem domicilio.
Abraço o improvável como se abraça os mares.
Os tantos mares que moram em mim,
Chegando tempestuosos,
De súbitos,
Embaçando a ficção aflorada.
Na incerteza,
Crio outros mundos,
Terras ditantes,
Aconchegantes para aliviar as dores.
As dores que outrora,
Tornaram-me identidade,
Sem essência,
Ou analogias...
''Ando por aí...Parece que todos me olham com raiva. Como se eu fosse uma criminosa.
Não matei, não roubei... Eu só amei.
E agora tento matar esse amor, que ainda trago aqui dentro.''
Ando Suave
Suave com a vida
Suave com Deus
Suave com o meu mundo
Sabe aquele peso
que me entristecia noite e dia?
Já não os vejo e nem os absorvo mais !
Ahh...
Como é Bom!
Ando Suave demais!
Ando pés descalços num satélite esquisito; júpiter tem tantas luas e nenhum poeta. Europa sem olhares verde-azuis e pelos ruivos; Europa é uma lua confusa em meio a gases, e quem quer saber disso? Os americanos querem... querem saber da origem da origem. Deliro; uma alma poética viaja onde sondas deitam curiosidades yankees, meus pensamentos voam sobre vapores com a velocidade da solidão; a solidão é tão rápida que nossos olhares programaram nossos beijos há tanto tempo, mas acho que me acostumei com este vagar e desaprendi a ser feliz. A minha lua se ergue de uma montanha é prateada e definha em fases; nova é sua fase mais fina, uma grande ilusão, a lua é uma só... além da mangueira o vento lamuria a fantasmas que se perderam no rio ou conheceram suas curvas e nunca mais voltaram o que não os tornam menos fantasmas; muito além Juno espia Júpiter, descobre a possibilidade de vida em Ganímedes, são as novidades e o novo sempre me atormentou; séculos me acompanham de aventuras batalhas e paixões das minhas outras histórias de amor, muitas se acabaram em precipícios, é uma intuição que me acompanha e silencia quando a solidão vem acolhedora e preventiva; eu tenho tudo o que já tive um dia e o que eu não tive é o que me apavora em teu olhar: são tantas promessas, não sei se serei feliz, feliz assim...
Um amor chamado solidão
Arrumei uma namorada, ela se chama solidão...
Desde então
Só ando de mãos dadas com ela
Do dia para a noite
Da noite para o dia
Colhendo ventos de fantasia.
Dia após dia
Ela não me larga
Grudada na carne, no osso e na alma
Ela é: Céu e Inferno
Metal fincado lá dentro
No fundo do vazio coração.
Tem dias que é canção
Tem noites que é tempestade
O tudo e o nada de mim
Sem mim, ela não vive
Sem ela, eu não sou eu.
É! Tal solidão
Já que me ama então
Ver se inventa pra mim
Pra nossa paixão
Um amor infinito, que não se acabe
E que não seja em vão
Me trazendo a cada dia
Em meu coração
Mais poesia e ilusão
Tristeza não!
SOB DESENHOS DE VENTOS
Ando tão a fim de ficar
Navegar em mim
Transitar por entre desertos
Galgar sob silêncios
Percorrer nas muralhas dos meus olhos
Transpirar azuis por entre sonhos
Anunciar vertigens de encantos
E num canto manso
Quieto ...
Minhas asas descanso.
-
Eu que sempre fui tempestade ...
Aprendi a salivar o gosto doce e sereno
sem penar qualquer metade!
Porque se próprio amar é imensidão...
Já não quero mais solidão
Quero ser Mar !
Respirar ondas melodiando retidão.
-
Minha primazia é fantasiar acordes
de bem querer
E como poeta sonhador ...
Desenho ventos com cheiros de girassóis
Abro as janelas com nuances de manhãs
Respiro céus azuis com infinidades de amanhãs .
-
E feito andorinha pousando em encantos ...
Tantos de encantamento
Não sou mais becos escuros e
nem corredores de desalentos
Decifro clarões de plenitude
Me ausento de qualquer correnteza
Me faço eterna por entre entrelinhas do
pensamento
E inda de quebra...
Sento-me na ponta da lua
e além de qualquer momento....
Soou prazeres em meu tempo
Ahh...
Me faço plena em meu próprio
canto de alento.
Por aqui ando escutando
O som do mar
A melodia dos pássaros
O pousar do alento
O tilintar do vento
O primaveril das auroras
A imensidão do agora
O cheirinho da leveza de Deus !
Por aqui ando desenhando
Poesias
Eternidades
Silêncios e
Nuances de paz
num imenso Mar de
bem querer
me Amar .
"Ando feito árvore perdendo suas folhas para renovar-se. Há dias em que caem por terra alguns hábitos que não me servem mais, em outros pensamentos nada edificantes... Quero minha alma “primaveril”."
EM CASA
Minha alegria sempre achei lá quintal de casa .
É lá que ando descalça ,
descabelada e com os pés
no chão.
É lá que respiro a brisa e sinto a paz
do vento em imensidão .
É lá que converso com as palmeiras
Dou bom dia ao bem te vi e
sinto o cheiro das flores .
É lá que encontro com a sabedoria
das formigas a trabalhar com inteligência e
a humildade dos pardais em cores .
É lá que sinto o sol batendo luz e
dou de cara com a leveza das borboletas .
É lá que residem os meus sonhos e a
minha plenitude em grandeza .
Nunca me encantei com essa coisa de status ,
de aparências e
superficialidade !
Gosto mesmo é de voar por entre
as asas dos passarinhos .
O meu luxo se encontra na casa da minha
simplicidade.
Mais Nada!
Acreditar
Sinceramente ando tão, mas tão cansado de entender tudo errado. De não conseguir fazer que as coisas deem certo. Cansado de nunca me encaixar a lugar algum. Cansado de me sentir sozinho em meio a multidão. Cansado de nunca ser bom o bastante, afinal o que se deve fazer quando seu bom, não é bom o bastante? Desistir? Lutar? Persistir? Ter fé, esperança ou seria o pó mágico. Sinceramente não sei nem se eu acredito se pertenço a essa era ou se quer a este mundo.
Ando AZUL
nesses dias
e com os olhos bem voltados
para o horizonte !
O mundo lá fora anda as avessas e
eu aqui ...
Quieta e em silêncio bebendo
poesia da minha própria fonte !
Me pego sem querer na calmaria
do tempo :
Sentindo a brisa leve do vento
Ouvindo o canto dos pássaros
Vestindo as asas das borboletas
Protegida na suavidade dos anjos ...
Será que sou uma sonhadora ?
Acho que sim!
Mas sabe ...
É tão bom!
Ao menos assim...
Não enxergo a maldade e a escuridão
desse mundo
Prefiro andar mesmo nas nuvens
Perto dos sonhos e
beijando a lua
E o melhor de tudo :
Bem pertinho da leveza e da paz
de Deus!
Eu nunca ando só
Levo sempre amor comigo
Silêncio como arma contra o mal
E abraços para aconchegar a alma...
Ando meio desorientada.
Meu coração levou um tombo
e anda meio zonzo.
Acho que preciso tomar mais
um porre de próprio amor.
Uma hora esse danado se apruma.
AMARGAS MENTIRAS
Ando descalça no caminho da vida
Onde nada me pertence nada é meu
No coração das emoções assumidas
E num labirinto que se perde na mente
Paro para ouvir-me, para ver-me ou
Para deixar-me ir na frustração dos erros
Dados meus talvez em aceitar a tristeza
A dor das amargas mentiras perdidas
Chafurdadas na merda como poeira seca
Envoltas numa bolha de tantos sentimentos
Confiança cuidada nos abraços por asas
Congeladas do tempo entre as cinzas
Mas ainda assim levanto-me nos poços
Onde cerca-me as trevas ignorada pela
Minha vontade do sentir sem os apelidos
Ardósia que fuma um cigarro, da fome
Saturada distante, solitária de seu interior
Sombras, sensação de frios em abandono
Abstrata transparência da aparência vivida
Como as luas cheias na certeza dos marés
Sem perturbar ou recusar os teus ombros
Que desaparecem como todas as lágrimas
Impedidas de voar numa pausa sinfónica
De um passado enraizado na dor poetiva.
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"...sei lá... ando meio assim com o coração embargado, a voz trêmula, a vida enrolada e os pés cansados. Talvez o tempo me diga que preciso tomar um elixir para voltar ao passado, e assim redimir de alguns erros.
Mas não quero desfazer de nada que tenha trazido danos na minha vida, pois foram eles que me ensinaram a suportar o amargo fel de cada decepção.
- Agora pare de me fazer perguntas tolas e coloque mais uma dose, pois amanhã quero só esquecer..."
Ando pisoteando a sombra dos meus pensamentos
Não consigo compreender a razão de tantas dúvidas, para tão poucas questões
Há um lado obscuro que repele a verdade, mas sei que ela por ali passa...
...devagar, cautelosamente...
Sei que você não me entende, mas é exatamente assim que o quero... sem saber de mim, não é preciso.
Sou doce, sou nocivo, sou incógnita,
Sou nada... mas posso ser tudo oque alguém já desejou!
Agora vá e deixe a luz acesa
Me deixe na companhia das sombras...