Ando
PAGÃO
A vida segue-me andando
Sem que o destino possa-me compor...
Qual sol? Qual luar? Ando
Sem saber onde encontrar o amor...
Qual chorar? Qual mágoa? Pecando
As sombras desse caminho... Nem dor
A mimh’alma desdenhando
Possa-me servir qualquer vigor...
Lágrimas encontram-me à cadência...
Qual sofrer? S’em nada pensa
A esse falsando que ninguém viu...
A essa vida, eu respondo:
Vai andando... e cantando... compondo
A encontrar quem lhe sorriu!...
EU E VOCÊ
Veja, como ando agora como estou
Olha só como você deixou
O meu coração cansado de sofrer:
Insano ao teu querer perdido
Ando pra lá e pra cá eu vivo
Sorrindo deslumbrado por você...
Olha, mesmo ainda nessa solidão,
Me vejo findar nas tuas mãos
No prometer do infinito nosso amor
Vejo o momento de encontrar
O seu luar mais cheio edificar
Dentre à noite o nosso esplendor...
Veja, depois de tanto tempo assim
Esperei por te encontrar em mim
Agora, veja só, você me vem
Querendo duvidar desse sorrir
Por que me perguntar desse existir
Se está a sorrir você também...
Vamos viver sem que nos seja ilusão
Deixar nossa tristeza e a solidão
Pra trás, na vida que passou
Deixar o coração cansado de sofrer
Vamos deslumbrar à vida eu e você
Viver a intensidade desse amor...
Sabe de uma coisa? Não, você não sabe. Vou te contar. Eu ando tão sensível. Precisando assim de uma palavra suave, de um gesto inesperado - e belo. Você consegue me surpreender de um jeito bom? Diz que sim, preciso tanto de você. Que coisa louca essa: a gente precisa de alguém. Mas, sabe, a gente sempre precisa de alguma coisa que nos coloque no eixo. Ando meio fora dos trilhos, se é que você me entende. Andei pensando na vida - é, sei que isso dá calafrios…
IMPROFÍCUO
Ando sobre a luz, sobre minha terra,
Buscando entender os meus sentidos...
Amar! Quantos amores, comovidos
Que a mim se estende e não encerra!
Navego pelos mares... Quanta guerra
Traçam os miseráveis e destemidos
Pela busca d’um poder! Louco-caídos
Não sabem entender o que vos dera!
Dei-os a minha alma cheia de amor,
A minha verdade e o meu coração...
Dei-os a fragrância pura d’uma flor!
Beijei-os a face sob lágrimas e dores,
Absorvendo-os o sal branco e vão...
Mas destes-me o voto vil dos amores!
O POETA
Quando juntar a mim o perfume morto
Da estrada em que ando na ramaria
Dos arvoredos secos, sem paz, e absorto...
“Que notado mundo, verei o sol do dia!”
Quando o cedro der-se pequeno fruto,
Branco em neve na luz dum luar,
Que fora, ao zumbido a voz dum tributo...
“Mais um réu a juntar-se irá vagar...”
Imensas cores terão as alvoradas...
Os sóis queimarão, sem fogo, sem arder,
Dias e dias, sem negras madrugadas...
E o mar revolto, na calmaria de vencer
Os meus braços, nos ramos das jornadas...
“Que notado morto ledores hão de ver!”
ando observando o Facebook entre outras redes sociais
Muitas pessoas se sente uma estrela
Não e verdade ?
mais pena que não brilha no céu...
feliz aqueles que tem a posse da humildade
- pois assim da terra vera no alto o teu brilho
Preocupada, culpada, ando cheia de vazios e vácuos,
Já que desocupada, eu não ocupo mais vaga em nada!
Guria da Poesia Gaúcha
Eu reparo SIM, nos mínimos detalhes que mudam em algumas pessoas.
Como ando reparando que Você só recebe algo de uma pessoa, se der algo em troca. Por isso valorizo as pessoas que tem caráter & são humildes. Essas sim, podem ser chamadas de VENCEDORAS!
Por ai ando eu, o velho guerreiro que nada conquistou
Atravessou dunas, fortes e fronteiras e nada amealhou
Por demérito ou não só sei que nada alcancei
Por mais que tentasse, por mais que me esforçasse
Já a vida se esgotava, já o nosso amor se gelara
Por estas ruas vagueio
Com as mãos cheias de nada
Nem cicatrizes de guerra marcadas na minha face
Nem feridas fechadas outrora infetadas
Infelizmente liberto da prisão do teu olhar que tanto me acomodei
Por esses teus olhos que tanto sofri e chorei
Por dunas arenosas caminhei
E em altas montanhas guerrilhei
Como é possível um soldado tenaz, bravo e provocador
Tenha acabado sendo apenas mais uma notícia de rodapé na nossa História?
Alguém que por quem tudo lutou?
Acabou aqui no fundo deste antro
Desta vala comum onde sou apenas mais um cadáver sem alma
Que nunca voltará a renascer das cinzas
Nunca verá um amanhecer
Embora voltará a amanhecer
Pois sou apenas um velho conquistador
No apogeu da minha insignificância
Voltará a amanhecer
Um novo amor irá florescer
Um sorriso no teu rosto irá reaparecer
E eu? E eu serei só uma árvore podre e velha
Que já possuiu um verde exuberante
Mas, o Inverno chegou impiedoso
E limpou todas as folhas de esperança que permaneciam fortes
E o verde de vida ceifou
A vida que em mim habitava, cegou e sufocou
E fiquei esta apática e triste arvore
Despida de sentimentos, de cor, de sorrisos e de amor
Autopunição
Cortei meus pés,
não ando.
Cortei minhas mãos,
não escrevo.
Cortei minha voz,
não critico.
Cortei o que me fazia escutar,
não ouço.
Fechei os olhos...
Não ando,não escrevo, não critico, não ouço,
não vejo.
Ando pelas ruas, cheias de gente por todos os lados. Todos rindo e se divertindo. E eu tão só. Acho que nem na Lua minha solidão seria maior.
ALVO DO CUPIDO
Fui flechado novamente pelo cupido;
meu calcanhar de Aquiles foi atingido!
Ando pelas ruas, cantarolando;
dançando nas chuvas,
o coração entorpecido...
Pareço adolescente de primeira viagem,
na minha passagem,
miragem de um amor que me dopa!
Uma criança que paquera um doce,
agora sou como se fosse,
quem adora, ama, sonha e tudo topa.
ESTAR DISPONÍVEL É
ESTAR NA LINHA DO TIRO,
NA MIRA DO CUPIDO!
UM POETA ENLAÇADO,
PELA FLECHA ENCETADO,
ENTREGUE, DOMINADO, ENVOLVIDO!
.................Shell
Ando com o coração pelas mãos
Larguei-o quando perdi a minha inspiração,
Eu não sabia o que fazer,
Gostei muito dela ,
mas ela virou-me as costas.
Sorria todos os dias em que ela estava feliz
Daria a minha vida só para não perder novamente,
Triste fiquei eu quando ela se foi,
Ria-me no ultimo momento e chorava depois,
Iria dar a volta ao mundo só para a ver,
Sem carro , sem moto,
Apenas com , esperança, confiança e fé.
Tristeza deste cabo de mim no quando,
Eu irei sempre ergui-me,
Zangado com a vida porque,
Amar traz alegria, como também tristeza.
Ando pensando em não passar mais andando e tropeçar com esse sentimento de andar sentindo coisas que correm demais e me fazem perder uma pausa pra respirar. (Nós e eu em seis versões)
"Não ando mais afim de grandes projetos,sonhos,metas absurdamente altas,objetivos loucos.Quero mais é tomar sorvete e me lambuzar,ler um bom livro,sair de cabelo molhado e cara lavada e nem me importar se alguém estranhar isso.
Ando com vontade de viver o exagero da simplicidade."
Toda vez que ando pela luz encontro a escuridão, e toda vez que ando pela escuridão esbarro com a luz.
O peso dos sonhos
Ando cansada de caminhar
com o peso dos sonhos alheios
que carrego sobre meus ombros...