Ando
Por onde ando, sempre observo a posição do vento. Até mesmo na vibração da rabiola presa nos fios elétricos de um poste.
Ando olhando fixamente o horizonte.Procurando indícios de um tempo bom ou um sinal qualquer vindo de você.
Eu ando valorizando as pessoas erradas, algumas coisas podem mudar e não se preocupe se caso eu para de te procurar afinal, to cansado de ter que procurar alguém que não lembra de mim ;)
Híbrido
Ando entre multidões escutando enigmas e pensamentos
Num velho que me observa nas diagonais em estranhas separações
Aplicando doces doses de excrementos. Minha misantropia
Pisando em espinhos sou libertino, alcalino. Subtil abstração
O assombro no canto do quarto espantado com sua própria imagem
Refletido em calúnias, ontogenias e falsos milagres
Catatônico em inércias ouvindo The Great Jig In The Sky
Famigerado causando metástases em débeis corpos que caem
Não é o que é. Sempre existe uma forma diferente
Material, voluptuoso, vulgar e demente
Não cabe no tempo ou espaço. É espinho que já nasce com ponta
Prefere arrancar os olhos como sinal de afronta
O ontem e o póstumo regurgitando contratransferências
Acometido pelas maldições dos malditos
Esperando o soneto perfeito, a palavra que salva. O que não tem salvação
Seguindo minhas sombras nos escarros por dedução
E ele continua a me olhar numa nudez dissimulada
Sabe que me conhece, me faz silencio em agonias gritantes em minha psique
Acolho-me na criança perfeita bondades e maldades homeopatas
Sou mago, magoa, esperança tempestuosa seu animus anima
Rascunhos de sinônimos e rascunhos de rascunhos
Um rosto moldado no instante da respiração
Sofridamente maquiavélico preenchendo lacunas
Um feto, um velho, um cão leproso a pétala perfeita. Ilusão
Resultante de misturas para além. Sou Híbrido
Ando sentindo umas coisas que a gente só vê em livros de poesia. Dessas que ora faz bem, ora faz mal. Ora faz os dois. Ora ama, Ora odeia. Essas coisas complicadas do coração, da magia que é a vida. Ando lendo demais sobre sentimentos e em cada verso te identifico.
Ando procurando palavras que possam descrever o que tanto tento dizer por gestos; mas há aqueles que dizem que apenas um gesto fale por mil palavras, então, faz assim chega mais perto que eu faço o resto.
Não ando como o vento
nem possuo em mim raízes
quase sempre sigo em frente
ou contrario diretrizes...
Ando...
Ando longe de tudo que eu gosto
Longe de tudo que eu evoco
De tudo que eu posso
Tudo que eu imploro
Que eu devoro
Eu estorno...Mau negócio
Negócio...
Ócio
Me diga uma coisa, ultimamente ando meio confusa sobre tudo entre nós.O que você quer de verdade? Você me quer mesmo? Me quer só por agora? Ou pra sempre? Essa coisa de pra sempre, ah, essa coisa parece não ser real.Acreditei, eu acreditei mesmo.Talvez o nosso amor não tenha sido feito só de carinho, amor, compatibilidade, na verdade, nenhum amor é feito só disso.Me diga o que quer, porque nem eu sei mais o que eu quero.Não sei porque.Dizem que a distância não atrapalha, mas, ela anda me atrapalhando bastante.Eu quero você tomando um café comigo lá pelas 9 da manhã.Quero que almoce batata frita e hambúrguer, comigo do lado.Quero também que você esteja me esperando no final da igreja, de preferência, com os olhos brilhando e um sorriso no rosto.Quero que seja você quem aperte a mão do meu pai quando ele estiver me entregando a você, quero que me dê um beijo na testa.Quero que seja você quem esteja comigo quando eu for escolher meu apartamento.O meu carro.Eu quero que seja você quem esteja todas as noites do meu lado.Eu quero.Mas querer não é o suficiente.Quero realizar meu sonho, aliás, que sonho? Desde que encontrei você, não preciso mais sonhar.
Eu gosto,
Gosto de pensar quando ando..
De falar muito quando posso..
De ficar perto das pessoas que eu gosto.
Gosto,
De ficar a vontade pra me explicar,
De ouvir quando sei que to errada demais pra falar
De sempre tentar dizer como me sinto quando o assunto é amar.
Eu gosto,
De manter minhas amizades,
De nunca ter juízo de mais quando sinto saudades..
Por que só assim, me desloco do nada só pra visitar pessoas que me trazem felicidade.
Gosto,
De quando minha mão transpira perto de quem amo,
Da sensação de nem saber direito no que estou pensando..
Dos momentos unicos, loucos e muito insanos.
Gosto,
De quando você para pra ler tudo que escrevo, e sente como se fosse pra você...
De imaginar sua cara agora depois disso, ler..
Que o que gosto mesmo.. É te deixar sem saber o que falar, pensar e tão pouco fazer.
Gosto muito.. por que sei que se ainda se importa em ler tudo, é por que sente mais do que saudade do passado, entre eu e você !
Há algum limite ?
Ultimamente ando lendo muitos artigos e dissertações de autores renomados e privilegiados à respeito de um tema que acredito ser “gabaritadíssimo” e que venha a suscitar polêmicas a mil.
A condição humana .
Dei enfoque as ações que levam o homem a ser quem diz que é, e a que ponto este chega para almejar aquilo que deseja.
Tive a oportunidade de conferir textos de Hannah Arendt e opiniões diversas vindas tanto de filósofos, tanto de sociólogos.
*Dica tal que deixo para muitos leigos que buscam escrever com tanta eloquência se baseando do nada.
Se me permitem um “puxão de orelha”, .... é imprescindível uma leitura eficaz para a produção de um bom texto.
É necessário domar as técnicas de bom português, bem como ter um conhecimento de mundo vasto, se tratando é claro de um bom texto dissertativo.
Poucos são os que começam maravilhosamente bem um parágrafo e graciosamente e descomunal encerram com um ponto final.
Muitas vezes gastamos horas de leitura, para levar no máximo uma para a escrita.
Isso é resultado de uma pesquisa contínua e incessante.
Sem leitura, sem prática, não se escreve bem.
Ninguém nunca disse que escrever seria tarefa fácil...;
Mas voltando ao tema foco,... Andei sim lendo à respeito.
E acabei me deparando com várias indagações:
Até que ponto chegamos ? O que se define por um limite ?
Reformulo.
Até que ponto o ser humano é capaz de chegar para alcançar
aquilo que almeja ?
Tendo em vista tantos assassinatos relâmpagos, sequestros pré determinados, roubos a mão armada , e o pior, é você assistir praticamente todos os dias aos noticiários e ver que há tantos jovens no crime que matam por dois reais, causas essas que são diversas,.
Sustento da dependência química, pressão dos demais.,dívidas, seja o que for, ...
Parece que a morte virou justificativa para erros humanos.
Andei lendo alguns termos no dicionário, enriquecedor de vocabulário , diga-se de passagem, para via de comparação, e encontrei duas palavras relativas ao tema que me chamaram a atenção:
- Esforçar : Tornar-se forte; trabalhar com afinco.
- Ambição : Desejo de poder ; fama; honrarias ; etc. - Aspiração, desejo intenso.
- Dicionário da Língua Portuguesa- Ruth Rocha. -
Quando é possível, e como, conciliar ambição com esforço ?
Como é possível conseguir algo sem afetar o próximo ?
Perceba que muitas das nossas ambições que resultam em atitudes fora dos limites são conseqüências de uma obrigação que temos para com a sociedade.
Usam drogas para fuga de problemas, outros para se aliarem a um grupo, outros para , digamos, causar.;
Roubam tanto para adquirirem aquilo que não tem condição .
Gastam mais do que possuem para comprar coisas desnecessárias para impressionar pessoas que não gostam.
Como é vida é hilária, não ?
Às vezes, temos pelo simples fato de ter.
Ou temos para simplesmente dizermos que temos e que podemos adquiri-lo.
Esnobismo ?
Há quem diga que sim.
Em termos pessoais, penso que ambição não seria um problema em si,
se tornaria sim quando não dosado.
Como um remédio que cura, mas em exagero, mata.
Sem ambição , do que viveriam as metas que traçamos ?
Do que valeria tantas noites de estudo se não almejássemos um bom resultado em algum vestibular ?
Do que valeria um bom médico se não buscasse a cura da AIDS ?
Ou um bom arquiteto que não quisesse vender sua idéia ?
Não valeriam.
Seriam um entre muitos.
Há de se ter objetivos em mente,
Sonhos, inclusive, são nossas metas em rascunho para um objetivo futuro.
A questão é quando esta ambição se torna descomunal e ultrapassa uma mente sã.
Quando o preço de tudo isso se torna alto demais a se pagar.
Como o assassinato de uma criança de 13 anos, ou um assalto à uma pedestre idosa, o seqüestro de um vereador rico, ou até mesmo a aposta de uma família em jogo.
Até que ponto você chegaria para alcançar aquilo que mais deseja ?
Ao menos uma coisa é certa:
Não temos resposta para todas as perguntas.
E ainda dizem que somos plenamente racionais...
''Não apuro os passos, nem fico toda a vida esperando. Vou no meu compasso, ando consciente de tudo acontece no seu devido tempo. E que não estraguemos a especialidade do momento, nem o sabor das surpresas da vida apressando as coisas, tirando conclusões precipitadas, ou encucando com muitas previsões! Que ansiosos aguardemos!! Que não fiquemos blasé de esperar!''
Ando bem nostálgico. Larguei o emprego a poucos dias. Penso em viajar, recomeçar tudo sem você. Talvez consiga, ser de novo, enfim feliz. Me distanciei das pessoas, ando bastante solitário. Não faço barba, sempre mancho a camisa de café. Voltei a fumar também. As vezes bebo, nesses domingos monótonos, deito no chão e me sufoco de tédio, nostalgias, saudades e porres. Não sei se consigo continuar. Tá bem díficil. A propósito, eu morri ontem. Por dentro. Apodreci, congelei, sequei de vez.
Ando a flor da pele sinto meu batimento acelerado um calor sobe do ventre a alma sinto correr dentro de mim como petalas ao vento,sem este sentimento o que seria de mim?
(...) Ando por ai tentando encontrar as explicações para tudo. Procurando meios e maneiras de ser feliz, de fazer feliz quem eu amo. Mas eu não ando por ai sozinha, vivo buscando formas de não me sentir confortável com a solidão. Eu também tenho sonhos, sonhos utópicos. Vivo de sonhos. Às vezes, minha consciência foge do que realmente sou, e frequentemente me encontro em um vazio sem fim. De certa forma, eu sempre procuro não sair de mim. Venho trabalhando com isso, mas é bem obvio e irracional querer ser o que o meu ego julga perfeito, mas meu sistema límbico não nega meu eu. A todo momento surge aquela vontade de fugir de mim, fugir da futilidade, fugir da ignorância, fugir da melancolia de ter sentimentos nobres. Talvez um dia, eu fuja. Fuja pra bem longe, mas quem sabe, eu leve comigo o que eu sou e tudo aquilo que me faz bem.
PRESSA
Eu só ando com pressa.
Esta constatação é antiga
No entanto ninguém nunca me perguntou,
Porque da pressa, desses abertos passos?
- Para chegar onde temo não sair,
Para um lugar ao sol, pra me encobrir,
Para me distanciar das iluisões daqui,
Dos sonhos lentos,
Das irrealizações previstas.
E me apresso... mas os meus pensamentos seguem lentos,
Estáticos como a vida de quem fujo,
Eu quero logo um lugar futuro,
Correndo do passado,
Sem nem querer pisar o momento.
Eu me apresso enquanto o mundo
Ainda é um buraco raso,
E talvez por baixo ainda exista
Algum farelo de minério,
Alguma coisa que valha algo.
Eu vou com pressa, por que se estendo o braço
Ele vai além do que posso alcançar,
E eu não quero nada, a não ser andar apressado.
Sei que quem anda como eu, aperreado,
Pouco tem tempo de juntar,
Mas o que era de meu já juntei,
O que eu tinha pra levar, já levei.
Por isso ando nesta pressa,
Porque minha pressa é a de chegar.
Não a pressa de estar,
Não a pressa de ficar,
Minha pressa é a de continuar.
Assim, depressa,
Que a pressa é inimiga da razão.