Ando
Crônicas de uma garota mal resolvida
Ando estranha, será que é apenas uma impressao ou algo real dentro de mim?
Ando mal, será que isso é normal?
Ando não sabendo diferenciar Amor, com paixao ou apenas impolgação?
É como se eu tivesse presa a mim mesma, é como se eu nao conseguisse ou nao soubesse amar.
Preciso abraçar alguem, mas nao sei quem, Necessito olhar dentro dos olhos de alguem e dizer com toda força do mundo " Eu te amo"
Eu até tenho pra quem dizer isso, mas bem no fundo meu coração nao tem certeza.
Toda noite é a mesma coisa, se ele nao me liga, fico um pouco carente e penso em outro alguem, ai pra me distrair arrumo meu quarto, e escuto varias vezes a mesma musica, e penso: onde será que ele esta?
Quando sinto algo preso dentro da minha garganta, e nao tem ninguem por perto, converso com Deus, e lhe peço uma luz, acho que ele me entende né?
Entao leio todas as minhas revistas,faço taros, todos me confortam momentaneamente, mas de que adianta?
Pretendo ver o sol nascer,pois nao consigo dormir, finjo me sentir feliz, mas na verdade...na verdade estou confusa!
Espero que essa seja uma simples passagem na minha vida.
Quando ele nao e liga, começo a pirar, a ter paixões platonicas que me fazem lembrar de outro alguem.
Às vezes consigo dormir, mas tenho medo de acordar.
Vou aguentar até o fim, pois sei que Deus não ira abandonar uma adolescente cheia de duvidas, nao vou desistir, pois quero terminar essa historia com um final feliz com eles, ou sem eles.
Ando de saco cheio com esse povo que acha que sabe o que é melhor pra vida dos outros, quando deveria saber simplesmente o que é melhor pra sua. Não consigo acreditar que seja tão difícil olhar pros seus próprios passos em vez de rir do tropeço do outro. Não consigo entender o que falta na vida das pessoas pra que elas se sintam completas sem precisar chamar o outro de feio pra se sentir mais bonito. A verdade é que tem muita gente precisando de mais vergonha na cara e menos vergonha alheia!
Por muitos anos procurei-me a mim mesmo. Achei. Agora não me digam que ando à procura da originalidade, porque já descobri onde ela estava, pertence-me, é minha.
Ando tão cansada de tudo isso, de lembrar como era bom antigamente e sentir saudades. Até mesmo das lembranças ruins, porque, apesar de ser ruim, havia uma chama, uma pequena chama que era capaz de me salvar sempre que me sentisse frágil e quebrada. Mas, aos poucos, essa chama foi se apagando, até que se tornaram apenas cinzas… E hoje, quando me sinto quebrada, tenho apenas essas cinzas para me agarrar, porque sei que essa chama nunca mais terei. E me pergunto: o que acontecerá quando o vento levar as cinzas?
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só. O que vai sendo vivido e sentido por cada um é tão particular que, mesmo incomum ou já cantado em prosa e verso, é para sempre também único.
[...]Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom.
Ando muito só, um tanto assustado, e com a esquisita sensação de que tudo acabou. Ou pelo menos está se transformando.
Onde está a imaginação? Ando sobre trilhos invisíveis. Prisão, liberdade. São essas as palavras que me ocorrem. No entanto não são as verdadeiras, únicas e insubstituíveis, sinto-o. Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.
Me dá notícias. Se encontrar um daqueles telefones, ligo qualquer noite (...). Sinto saudade, ando meio só. Um beijo, cem beijos.
Ando viciado em coisas lentas, lentas e essenciais, em música e, sobretudo, estou viciado em silêncio.