Ando
Ultimamente ando me sentindo tão confusa. São tantos sentimentos habitando meu coração que eu nem sei mais o que fazer. O jeito é tentar acostumar, lidar com isso sem deixar que esse turbilhão emocional tome conta de mim.
Ando meio fora dos trilhos, se é que você me entende… Palavra é a coisa mais séria que existe na minha vida. Por favor, não me engane. Por favor, não me enrole. Por favor, não me minta… Não faça com que eu perca essa pureza. Entende? Dar a palavra é assinar um contrato imaginário: minha alma não vai ferir a sua. Por favor, dê valor para as suas palavras.”
Ando sempre cansada. Só quero passar o dia no meu quarto com as janelas trancadas e a sensação de estar fora de sintonia com o mundo lá fora. Minha mãe resmunga: como essa menina pode estar cansada? Nunca faz nada! Queria explicar pra ela que meu cansaço não é físico. É mental. Mas como falar disso sem parecer fora de órbita ou cheia de tendências sociopatas? Na verdade, queria explicar isso pra mim mesma. Como eu posso preferir passar meus dias mudando de canais na TV à sair com meus amigos pra jogar boliche? E sempre dando as mesmas desculpas. Deixa pra outro dia. Hoje não. Tá chovendo. Na próxima, eu com certeza vou. E nunca vou. E sempre quero ficar no meu quarto por mais um tempo. Talvez pra não encarar a realidade. Já disse como é difícil? Já disse como é esmagadora a sensação de o mundo não ser exatamente como o esperado? Aliás, nada é como esperado. Seus sonhos são desfeitos. A vida te acorda, te dá uma rasteira e você tem só que se ajustar à ela. Duas palavras a resumem: adaptação e contentamento. Não é como você esperou, mas é como aconteceu. E você não pode simplesmente surtar e fazer com que seja do jeito que você quer. Nunca é do jeito que você quer. Talvez seja por isso. No meu quarto a vida sempre parece bem mais distante da realidade do que lá fora.
Se ando com você é porque não consigo ficar longe de ti, de brigar contigo, de olhar seus olhos, mesmo que nem sempre estes estejam voltados para os meus... Se converso com você é porque não consigo parar de ouvir sua voz, de sentir a brisa de suas palavras... Se sonho é para tentar ter você neles... Se penso é para tentar lembrar-me da tua imagem, mesmo que distorcida. Se durmo é porque suponho que no dia seguinte eu levantarei e te terei junto a mim.
Eu ando perdida … Eu ando meio sem sentido, perdida como o vento que sopra sem direção .. Vagueio nas horas triste, que um relógio teimoso cisma em contar, perdida no tempo ausente de um sorriso… Sigo por caminhos de raios de sol, verão que aos pouco se despede para dar lugar a minha melancolia…Ando sozinha por entre estrelas que me guiam pela noite, sem destino, sem rumo, mas com a certeza de chegar ao raiar do dia, com a sensação de ter sonhado, de ter vivido… Procuro-me no silêncio e no vazio que a minha alma se encontra .. perdi-me em algum lugar, numa ilusão qualquer… Já não sei quem sou, mas sei que de novo vou me encontrar! Abro as portas do coração e espero que a noite se faça dia. E quando o sol tocar na linha do horizonte o meu mar, talvez consiga sentir nas ondas do meu ser, o barco dos desejos, navegando nas marés dos meus sentidos. Abro o cais de minha alma para que possa ser acariciada pela brisa suave e quem sabe, embalada por uma melodia doce, tocada ao vento nas cordas de um coração que se quer apaixonar…
Tenho a leve impressão que não ando na rua. Definitivamente eu flutuo sobre nuvens de algodão-doce, sou meramente o paradigma que se faz sol, brisa e ventania. E se quer saber eu não me limito. Não existe nada que possa me parar. Eu apenas floresço em dias de chuva e noutros também
Ando tão triste que às vezes me jogo na cama, meto a cara fundo no travesseiro e tento chorar. Claro que não consigo. Solto uns arquejos, roncos, soluços, barulhos de bicho, uns grunhidos de porco ferido de faca no coração. Sempre lembro de você nessas horas. Hoje, preferi te escrever.
Vem com teu barulho mesmo..
porque os opostos se atraem..
e ja faz tempo que ando enjoada desse meu silencio..
Lugar sem comportamento é o coração.
Ando em vias de ser compartilhado.
Ajeito as nuvens no olho.
A luz das horas me desproporciona.
Sou qualquer coisa judiada de ventos.
Meu fanal é um poente com andorinhas.
Desenvolvo meu ser até encostar na pedra.
Repousa uma garoa sobre a noite.
Aceito no meu fado o escurecer.
No fim da treva uma coruja entrava.
O dia esta calmo, ando pelas ruas, cidades vazias,
apenas eu e meu silencio a vagar na imensidão
do teu olhar. Encontro um aqui outro ali. Sensação
de solidão e frio.
Eu sou um Lobo solitário, pois gosto da solidão,
ela me ajuda a pensar, fico a maior parte do dia
em plena solidão esperando ansiosamente a
chegada da minha amada Lua.
Faço o meu caminho como um anjo...
Ando sempre com uma sombra...
Junto e colada a mim anda a morte....
Doce companheira........silenciosa e segura....
Anjos soltos caídos...deuses transportados...
Sombras esquecidas........perdidas num caminho....
Aprendi com as flores como a beleza é frágil...
Ensinaram-me a crueldade do tempo e do vento...
Caminho segura, entre as sombras da morte....
Anda um anjo doce e companheiro colado a mim....
"alegre e sorridente".!!!
...ando tão malandra que meu coração resolveu vestir um terno branco e um chapéu de lado só pra acompanhar meu gingado!