Ando
EU ANDO CHEIO
Eu ando cheio
Da falta de amor
Desse mundo explosivo
Que tenta nos fazer inimigos do sorriso.
EU ANDO CHEIO!...
E com o coração cheio de amor para dar.
Lua
Lua Ó Lua
Seu lobo uiva
uiva, uiva
São tantos passos
nessa escuridão
ando, ando e ando
Mas nunca te alcanço
Dói o peito
ver seu brilho
e não poder tocar
Lua Ó Lua
Seu lobo uiva
uiva, uiva
São tantas lutas
desespero, angústia
Eu sigo, sigo e sigo
chega a ser risível
Buscar no seu brilho
um grande amor
Algo nunca vivido
Sigo ao norte
a espera da morte
Um lobo sozinho
vendo o seu brilho
Pena que é só ilusão
Uivos de dor
clamor, paixão
Lua Ó Lua
Seu lobo uiva
uiva, uiva
Sei que nunca será minha
Fadado pelo destino
Mas quando eu partir, lembre-se
Sempre teve um lobo
que até em seus últimos suspiros
Uivava para ti.
Espero que a festa esteja boa pra você
E eu ando pensando que eu preciso de um copo para parar de segurar a onda
E eu caminhava e não via você
Estava fora da concha e pegava distância pra sentir o que só me bateu agora
A democracia intransigente
No país onde moro, nas ruas ponde onde ando, a tal liberdade, a livre expressão, opa, lá vem o ladrão, armando alçapão, aprisionando nossos passos, atando as mãos com noz rudimentares, e as vozes, mesmo nos lares, cale se, disfarçadamente a DEMOCRACIA INTRANSIGENTE, que o povo luta e briga pela não ditadura, mas se cria uma armadura através de um véo, trajes da ignorância, está na esquina, está embaixo, está em cima, todo ciclo social, minha namorada exigente, aquele professora grossa, aquele amigo incoerente, isto meus caros sem ter nenhuma patente, basta ser, viver, estar entre gente, circunstâncias e aflições, angústias e considerações, a tal liberdade voa como condor, em um laço açoitador, parece infinito, mas é cada grito, está dito, cada peito conhece sua dor.
Giovane Silva Santos
Solitude
Por onde ando, sinto em meu ser um aperto
aperto no qual meus olhos acompanham, a trajetória na qual me desvenda
Um caminho de luz e um caminho de trevas, onde apenas a solitude me restaura
uma lembrança, na qual meus sonhos retornam na caída da noite
Ao levantar de meu anseio, sem medo de meu próprio semeio, meu momento
onde posso apalpar, o desejo, de me deitar e esbanjar, deliciar-me
em um amor no qual apeteço, no qual protejo, no qual me deleito na calada da noite
Quando anjos se passeiam, lamentam, meus pecados, minhas tormentas
meus pensamentos, aonde apenas a solitude me desvenda.
Eu sou um bobo tonto.
Eu tinha um segredo e agora conto.
Paixão é coisa de bobo.
Por isso ando tonto.
Não vou negar.
Gosto do teu encanto.
Amando você estou e pronto.
Da maneira mais sagaz.
Trazendo a natureza de paz.
Um pouco de exagero é claro.
O clima também tem tempestade.
Mas tento vencer a maldade.
Criar um momento raro.
Revesti me de vontade.
Dar vazão a liberdade.
Sentir a emoção.
Virar os ói.
Bagunçar o coração.
É claro colocar a mente no prumo.
Não permitir perder o rumo.
Apenas uma consideração.
Todo erro tem espada.
Mas é no braço da amada.
Que encontro o meu escudo.
Experimento as coisas do mundo.
E volto para terra.
O mundo da lua encanta.
E essa vontade santa.
Simplesmente mencionar.
Experimentar.
Apaixonar.
Voar.
Aterrissar.
Enfim.
Beijar a tua boca lua.
Esse jeito de menina crua.
Amei.
Morri.
Fui sepultado com você.
Giovane Silva Santos
Ando com saudade acumulada aqui dentro. Sabe quando o coração aperta e parece que falta alguma coisa? A sensação é essa. Eu tento não sentir, mas é quase inevitável chegar de noitezinha não pensar em você e consecutivamente sentir os batimentos mais lentos. Tento ser racional, controlar minha cabeça, mas com o coração não funciona desse jeito, nenê. Como eu queria poder fazer não sentir tanto assim, mas isso já não convém ao meu autocontrole, não com você. Porque quando é você o jogo muda, eu sinto sempre em grande escala, em excesso que chega a doer. Não dá controlar. O peito dói... de saudade. Dói pensar na possibilidade de não te ver logo. Dói querer sair daqui, pegar o primeiro avião e ir até o seu encontro e ao mesmo tempo me ver presa, sem poder sair do lugar. Dói, mas essa dor é consequências do amor. Infelizmente sentir saudade é o preço que pago... mas tem dia que sai caro.
Fica. Eu sou meia atrapalhada, dou risada de tudo, esbarro nas coisas e na rua ando fazendo zigue-zague, até já derrubei uma barraquinha que ficava na esquina, não sei expressar bem o que sinto mas, fica. É tão bom te ver sorrir, falar do seu dia, saber como estão as coisas e os planos pra vida. Um dia desses me peguei pensando de como seria minha história com você, aí percebi que eu quero te ter pro resto dos meus dias. Prometo não tomar seu cobertor de noite, nem tomar o maior espaço da cama (até deixo você dormir no canto), prometo te fazer sorrir e esquecer dos problemas quando achar que não tem solução. Fica.
#LEMBRANÇAS
Já fui consolo dos tristes...
Agora ando perdido entre gente...
Ir pelo mundo é um bem...
Vence quem se vence...
Muito diz quem pouco fala...
Que aplaca minha sede...
Corro muitas terras...
E não tenho me encontrado...
Quando sem alma fiquei...
Foi quando fui traído...
Tirana sorte...
Oh desgraça...
Se estava escrito...
Não gostei desse destino...
Lembranças....
Triste qual minha ventura...
Que me sustenta...
No correr dos dias...
Que os anjos do céu me guardem...
De males profundos...
O muito sem Deus é nada...
O pouco com Deus é tudo...
Correntes ainda me prendem...
Às asas da vaidade...
Ai de mim que não vi...
Caminhos errados que outrora segui...
Mas foi errando...
Que, sofrendo, aprendi...
Quem inventou a partida...
Talvez não soube amar...
Quando não mais aqui estiver...
Será que de mim alguém lembrará?
Cheguei...
Venci...
Nada!
Ninguém me ajudou...
Tive muitos amigos...
Que meu tapete puxou...
Triste sou...
Triste me vejo...
Fui mais alegre em outros dias...
Se mil corações eu tivesse...
Mil vezes poderia amar...
Hoje já temo...
Em me entregar...
Nada mais simples e profundo...
Tenho a dizer...
Sou sombra...
Mas também sou luz...
Em Deus espero...
Só ele me conduz...
Sandro Paschoal Nogueira
Estou no meu habitat
Feliz comigo mesmo
Nada me é estranho
Ando a esmo
Pelo mundo desconhecido
E não encontro-me perdido
Alegre é como me sinto
Sozinho, ou com amigos
Pois meu corpo é meu abrigo
E o nada já é capaz
De trazer-me alívio
Encontrei em mim
O que procurei em você
A verdadeira harmonia
Entre a agonia e o prazer
E eu que pensei que, sem ti
Meu caminho seria de inflorescência
Mas me surpreendi, com o "poder"
Que há em mim
Já á muito tempo
que me ando a questionar
será que vale a pena
continuar a batalhar.
Só tenho uma coisa
a dizer a deus
depois da minha morte
vou encontrar os meus.
ULTIMA-MENTE
Ultimamente, ando mais sozinha do que junto,
pelo vento ou pelas raras chuvas, em busca de alívio
Ultimamente, me ocorreu que já tive o suficiente daquilo tudo
Ultimamente, sinto-me feliz com coisas que parecem, à primeira vista, simples, como inspirar e expirar
Ultimamente, o céu me convida com maior frequência a admirá-lo, e eu atendo ao convite
Ultimamente, o universo me abraça e eu me entrego
Ultima-mente...venha, vida!
Ando pá virada
Sou rima breve
Sou amanhã
Disfarço pouco
Não me contento
Nem quanto tento
Me acabar
Dias radiosos
Dias radiantes
Dias radicais
Eu vou me envolvendo na fumaça
O sopro do momento não tem graça
É tipo vento raso meu anseio
Já não existe agora, é devaneio
Não sei porque ando fazendo muitas coisas, aposto que vocês também não! E porque não pensamos, só fazemos! Não paramos para processar as coisas, tudo tão instantâneo hoje em dia. Como poderíamos? Jantar pronto em minutos, mil fotos em um disparo, temos que "curtir" algo em um segundo.;Temos que saber como nos sentimos sobre tudo. Não dar para não ter certeza, ficar confuso ou mudar de ideia. Não dá tempo de descobrir quem real somos, temos que saber agora!!! Já viram uma flor crescer? Claro que não é quase impossível, esperar algo que demora tanto. Mais se vissem, isso mudaria a todos. Faria com que fossemos mais devagar, nos lembraria que as coisas reais levam tempo. Plantamos uma semente na terra e o mundo inteiro de deselvove e se abre, fácil ficar confuso com isso quando a vida passa tão rápida. E achamos que estamos fazendo oque é certo quando não estamos. Mais se tivermos sorte, podemos achar um equilíbrio. Podemos recuar, respirar fundo. Sendo assim quando na próxima vez que verem uma flor nascendo nascendo na terra ou no vaso. Lembre-se que parte do quê fez ela ser linda foi o tempo que ela levou para crescer!
Ando cercado por mim mesmo.
Me vejo espreitando meu próprio Eu.
Tento me tirar do abismo, mas só faço me esquivar de mim.
Suspiro de amor, depois meneio a cabeça em rejeição.
Sou dono de muita coisa, menos da coisa-Eu.
Me derruba fico nessa, as noites sozinho passando tudo em claro como se fosse de dia, vai vendo ando só só na correria mais hoje já deu sol significa um novo dia alegria, tarde demais .já não tem nada nem pra voltar atraz, nessa longa estrada tanto faz louco demais e o que faz tudo aquilo lá atraz ser importante demais pro tanto faz mais nao e sempre que somos capaz de dizer não dar solução a os problemas da alma e coracao , mais sem perdão porque não foi nada de propósito para você dizer que não que não, não foi bom todas a nossas belas noites de baixo de um edredon
SONETO NU
Ando nu, apenas enroupado
Da poesia pura dos sentidos
Tal nuvens no céu do cerrado
Tinos inocentes e retorcidos
Em que o tormento é tirado
Do peito de amores sofridos
Que no ermo é tão chorado
E com os pesares divididos
Nunca para vigar as dores
Apenas choro, choro contido
Que escorrem pelo soneto
Que com frases sem cores
Poisam no escrito esvaído
Encomiando o revés preto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 de março de 2020 - Cerrado goiano