Andarilho
Sonhei que estava caminhando
Era um andarilho
Com a mochila nas costas
Eu subia uma estrada
Era de noite
Vi a cidade iluminada
Pensei estar chegando
Em Ijuí
Mas era
Porto Alegre
Rumo ao sul
Meus passos me guiavam
Eu era um andarilho
Com uma mochila
E muita história
Pra encontrar
O andarilho
............".entoado pelo vento ,ele demarcava o seu caminho através das árvores ao longo da sua jornada.Esquecera o seu nome ,com a ajuda do tempo perdera a razão-racional, a que os balzaquianos modernos insistem . Não se prendia a conceitos,aliás,a sua mente era deveras viajante no tempo futuro,e os seus passos largos e ligeiros não lhe ofereciam tempo suficiente para pequenas cois...as do pensamento lógico ,comum aos filósofos.
Alguns imaginavam o motivo da sua escolha, por abandonar o "mundo perfeito" e viver a mercê da própria sorte,ensaiando uma vida incerta,cheia de segredos e de medos.Mas ele não pensava assim,teve a oportunidade de fazer as próprias escolhas. Ele escolhera viver o perigo incerto,ao invés do previsível.
Cansado de viver a mesmice contemporânea,as dúvidas da idade,anseios por coisas que chegariam ao fim um dia,as desilusões dos planos não concretizados.
Ele tirou as sandálias e seguiu o caminho do infinito,resolvera atravessar o mar a nado,como forma de não correr o risco de retornar pelo caminho antes percorrido.
Assim,o andarilho,pode escrever a própria história,contando apenas com a sua fé para direcioná-lo rumo ao desconhecido,ao inevitável fim,o qual ele apenas tentou minimizar a forma de ver.Então ele buscou a sí mesmo durante toda a sua vida e quando esta chegou ao fim,ele suspirou e sorriu ,e disse:muito prazer!!"
“Andarilho”
Não tenho casa, não tenho graça, mas tenho o mundo...
Não tenho pressa, não tenho estudo, mas não sou imundo...
Não tenho fé, não tenho juízo, mas tenho apenas um amigo...
Não quero nada de graça, não quero um sorriso forçado, mas quero viver sem perigo...
Não digo que a vida é sem graça, não digo que o mundo é vazio, mas peço um dia tranqüilo...
Sou algo além, sou vai e vem, sou o impossível...
Sou uma pessoa de bem,sou pedra que ninguém tem,sou imprevisível...
Sou castigo em noites claras, sou lampejo de seus desejos, sou sempre um mal querido...
Sou espera do minuto que não para, sou parada do tempo perfeito, sou austero comigo mesmo...
Sou divertimento banido daquela casa, sou risada sem graça correndo, sou mero aprendiz na porta de casa esperando migalhas sofrendo...
Eu ando bem, eu falo muito, não sou ninguém, mas quero tudo...
E, em certos momentos, tornei-me um volantim
Numa corda bamba, um andarilho em meus próprios pensamentos.
"As vezes eu penso
Em sair por aí sem destino
Talvez virar andarilho
Num caminho sem ladrilhos
Só o bom e velho chão de terra
Apenas eu e meus pensamentos
Em busca de aconchego
E de um dia encontrar o meu lugar"
O infeliz andarilho.
Vejo um nevoeiro denso,
Tão escuro quanto o breu,
Tenho medo desse céu,
Que nunca em vida encontrará,
Dentre todas as estradas que o escuro me cercava,
Foi nesta que aprendi que isto era minh'alma!
Poema
Segues adentrando em estradas não trilhadas.
Andarilho errante, buscador das verdades reveladas.
Sem olvidar dos saberes
que a ti foram destinados,
vais deixando boas marcas
de histórias por ti vivenciadas,
como legados.
Confias na Providência Divina
que a Seu tempo, a ti tudo revela,
ciente de teu triunfo sem querela.
Vais seguindo adiante com destemor e vigor, pois a ti foi destinado o verdadeiro amor do Criador.
Por esta desdita, a ti mesmo, passe a amar como filho pródigo à casa do Pai retornar.
Pragóra
Templo Edificante do Conhecimento - Bradou o Andarilho. Há de ser assim, sapiência vindo de onde se espera. Mas não exagere no uso do verbo esperar, a sabedoria é pra agora.
MEUS PENSAMENTOS
O ANDARILHO
Poema escrito por Wanderley Lagreca
VAGANTE, SEM RUMO, LÁ VAI O ANDARILHO...
PÉS CALEJADOS NA RUDE FAINA.
INSISTE, CALADO NAS ROUPAS MALTRAPILHAS
IGNORADO NO MUNDO SOMBRIO
SEU LAR ... A NATUREZA
A SOMBRA DA ÁRVORE, SEU REFÚGIO
MEMÓRIAS DE VIDAS APAGADAS
VIANDANTE EM NOITES MAL DORMIDAS.
SIGA ANDARILHO...
O SOL CAUSTICANTE
ESTRADAS EMPOEIRADAS,
LEMBRANÇAS PERDIDAS.
A TURBULÊNCIA DO SEU MUNDO INSÓLITO,
O AGASALHA NA RUDEZA DESTA VIDA !
Uberlândia, Novembro 2015
ANDARILHO AMOR
Meu amor esparrama
Não preciso demonstrar
Meu amor é genuíno
Reflete no meu olhar
Não me interprete mal
Não guardo para ti
É panaceia universal
Não quero te possuir
Meu amor é perdigueiro
Pouco afeito a dinheiro
Ama praia, mar, coqueiro
Ama mãe, pai, lixeiro
Cumprimenta toda massa
Deixa migalhas onde passa
Pra quem está no chão da praça
Pra quem está nos palacetes
Meu amor é poligâmico
Com um olhar ou um espreite
Ao humilde ou histriônico
Deixa tácitos bilhetes
Sem medos e arremedos
Meu amor é um enredo
Com flertes e cortejos
Ama Maria, João e Pedro
Meu amor não tem muros
Meu amor morre de fome
Na cama, causa urros
Sorrateiro, te consome
Meu amor não escraviza
Meu amor não dilacera
É uma delicada brisa
Que extermina uma guerra
Meu amor à terra
Aos grãos e sementes
Amor medido em tera
Afoga-se nas nascentes
Meu amor é ateu
É teu, é réu, é deus
É vivo, não morreu!
Nos versos, eterneceu.
TRILHA DO MOSTEIRO:
O ANDARILHO VAI CONVICTO,
BUSCA PAZ DE ESPÍRITO.
*
http://acf1308.blogspot.com.br/
ESTAFETA SEM RUMO
Sou Andarilho Peregrino
Trem Sem Trilho
Gramíneas Sem Milho
Maquinista Valdevino
Sou Andarilho Peregrino
Com Alma De Aventureiro
Espírito Forasteiro
E Sonho De Menino
Sou Andarilho Peregrino
Cego Romeiro Errante
Perdido De Mim Clandestino
Fugido Da Vida Viajante
Sou Andarilho Peregrino
Garimpeiro De Ilusão
Na Gruta Escura Do Destino
Passarinho Sem Alçapão
Sou Andarilho Peregrino
Destemido Caçador
Adulto Pequenino
Semente De Lavrador
Eu, andarilho do espaço percorro o infinito ...
Eu, tempo, trilho o início e o fim do espaço...
Eu sou o infinito que tudo tem mas nada possui...
O Andarilho Solene
No caminhar silencioso da finitude da vida
De mãos atadas fico nesse mundo sombrio
Com um "quê" permeando o meu ser
Na mais forte angústia - tento renascer
Por vezes penso em morrer
Levar toda essa dor que faz doer
Angústia - Aflição - Ansiedade
Preciso de um Anti-Deprê que não seja arrefecer
A incerteza faz-me enlouquecer
Negar-me a mim mesmo?
Deixarei a névoa agônica transitar no âmago almático
Sei lá...
Quero viver!
O Andarilho
Tenho percorrido muitos caminhos diferentes, andado por muitas estradas, vencido muitas montanhas e tomado muita água nos lugares por onde passei.
Tenho comido muita poeira, tenho tomado muita chuva muitas vezes tenho estado cansado, fadigado bastante pois a caminhada é árdua, é longa.
Nos dias de tormentas dificilmente encontro com alguém, talvez uma ajuda... Mas é de se entender, quem molhar-se-ia também?
Em dias de tempo bom tenho conhecido muitas pessoas, algumas de almas generosas que me oferecem alimentos, noutros nem tanto assim...
Mas é de se entender e ter sabedoria para também compreender, pois, cada pessoa só pode dar-lhe o que tem sobrando no coração.
Sigo então pois ei de conhecer mais almas benevolentes pela estrada e também ei aprender com as de coração maligno.
Olhar para trás só para ver as flores que plantei pelo caminho, o bem que deixei aos outros e olhos que marejei com a minha partida mas, sempre em frente, olhando para frente para que eu não tropeçe.
A caminhada é longa bem verdade mas, sigamos...
PERDÃO SENHOR! MAS PRECISO SER OUTROS
Sou Beato! Andarilho, olhos sérios e muito Alto, acabado de chegar em Juazeiro, ando muito, pés rachados, um Conselheiro, em um Sertão esquecido na Bahia, sou apenas, a Fé de um homem, sem família, que faz rezas, procissões e ladainhas
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Sou Padre! Homem sério, que na vida não tem cobre, ando muito, preocupado, com os pobres, que percebe, a Indiferença, de um nobre, e adverte, coronéis e cangaceiros, que pela igreja, se entregou, já por inteiro
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Sou Médium! Uma criança perturbada na Infância, sou um espírito de muitas tolerâncias, a encarnação de um bem que padeceu, sou muitos! E ainda assim, sou só Eu, na geração do que não me conheceram
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Sou o Pai de Santo! Mau falado, perseguido e sem "encanto" por muitas vezes humilhado pelo branco, confundido e acusado de Satanás, pobre deles, pois sou Jejes, sou Nagôs e Iorubás
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Sou Xamã! De Omama, Deus Tupã, teu ancestral, por muitas luas, sou Espírito imortal, a união que desfaz a desavença, sou a força, o rio que corre, sou a crença, sou guerreiro que combate a doença, a prevenção da enchente, e da queimada, da casa dos espíritos, Sou morada
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Sou Pastor! De Lutero, na palavra tive graça, tive unção, e das nações, ouvi chamados, de incontáveis corações desesperados, do amor ao meu Cristo, o cordeiro assassinado, pelo sangue hoje sou justificado
///
Pelo espírito busco ser santificado, Esperando por um noivo que se apressa, Que dos homens alcançará vontade Grata, que aos ventos anunciam o Maranata.
///
Sou Mulçumano! Por Maomé, a missão foi recebida, pro oriente, a oração, nos foi mantida, pela esmola, a pobreza, combatida, na Hégira a jornada concluída, e na morte, a certeza, renascida
///
Sou Indu! Nessa vida, então sofrida, carrego o Karma, mas para mim, todo ato, a qui me vale, em muitas luzes, não me perco no Divali, pelo Ahimsa, não maculo minha alma e nos mantras, me encerro, me refaço, e tenho calma.
"Sejas tu
O andarilho do teu chão
e tenha em mente
Que o maior brilho existente
É sempre aquele
Que reluz na escuridão"
Edson Ricardo Paiva.
Andarilho sem rumo - Era incrível como nos amávamos. Eu acreditava nos seus sentimentos por mim; em cada promessa feita e em cada palavra proferida por tua boca. Porém deixei-me levar pela curiosidade de provar outros amores. Deixei com que os meus olhos embevecesse pela beleza de outra mulher. Coube a mim magoar-te ao quebrar as juras de um amor demasiado que um dia fiz a ti. Qual grande pranto há dentro de minha alma, após desvalorizar lágrimas cordiais que caíram de forma obumbrada de seus olhos ao saber que o coração de seu amado havia sido amoldado junto ao coração de outra donzela. Confesso, fui aviltante! Hoje sou eu que choro por perder aquela que poderia me trazer a paz. Sou um navegante sem rumo em um mar de fortes ventos, onde em minha utopia, meu maior desejo é ter novamente o amor da única mulher que poderia abrandar as fortes onda de um mar de dubiedades. Por escolhas errôneas, hoje me encontro em um oceano de solidão . Se eu pudesse voltar no tempo, seria um homem bem aventurado, pois teria de volta você, meu aconchego. Porém não está sobre minhas mãos a ousadia de tal feito! Hoje, sei que a reciprocidade do amor de uma mulher é mais valedouro do que qualquer safira, e que quando tal sentimento ausenta-se na vida de um homem, o tal torna-se um andarilho sem rumo. Sei que as amarguras que se vascolejam dentro de mim, se agitam por saber que, talvez, nunca mais eu tenha o teu amor. Talvez, em uma odisseia obscura eu viva a vagar.