Andarilho
TRILHA DO MOSTEIRO:
O ANDARILHO VAI CONVICTO,
BUSCA PAZ DE ESPÍRITO.
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O andarilho e o nojo:
Muito me incomoda o andarilho,
alguém caminhando fora do trilho, sem rumo, crenças mundanas e descompromissado...
Um ser quase inanimado, transcendente, desinteressado, bi-dimensional...
Animal sem presas sujo e fétido, vestido de carne putrificada.
Esse ser errante é agressão viva, às concepções das minhas moralidades esdrúxulas!!!
Combatido e não vencido, é como um Deus encarnado que escarra, mija e caga na cara do mundo, sobre a face da alma desesperada e disfarçada!
É uma presença tão incômoda que parece dizer: Será que você não vê a verdade à sua frente, idiota?
O andarilho, esse ser errante quase ilusório e transitório existe pra me incomodar, toda a santa vez que os meus caminhos se cruzarem com os dele; derramando sobre mim o meu próprio nojo.
Isso, em... Beirando abismos.
E eu que sou feito de misérias, vago...Andarilho, corpo fora do tempo e espaço. Passo, transito à margem do juízo, por dentro do caos e edifícios, fuço lixo, lambo o chão em que piso. Foi no reflexo do vidro que soube, sou reles, sujo! Subproduto do azar de ter nascido isso... O pino bate, apita o medo, corre pelo olho toma o corpo, cresce em mim o louco, me ganha o bicho, sou eu que desvivo... Enquanto não morro.
Andarilho.
O meu pensamento traduz o que o meu coração sente e assim vou escrevendo e descrevendo o que os olhos da alma veem. Não importa se são palavras bem-ditas ou malditas, história fictícia ou real tudo é bem-vindo na vida desse andarilho, que não é errante, mas apenas um sobre vivente da fome, a perambular pelas ruas da cidade. Andarilho que até na solidão tem a multidão como companhia esse desencarnado vivo que na noite vaga na escuridão feito uma alma penada e o que traduz a vida desse andarilho nas ruas da cidade esquecido um mendigo a suplicar perdão pela simples condição de ter nascido assim. E reza para que lhe dem. um pedaço de pão e afeto e de trapos que lhe cubram a nudez, reza por crimes que não cometeu apenas não teve a sorte de bem dizer a vida, num berço com carinho dos bem-nascidos. Então não importam as palavras bem-ditas ou malditas para esse andarilho sobre vivente da fome a perambular pelas ruas da cidade, com a herança maldita de quem vive as margens da sociedade. Andarilho que a má sorte ensinou a ver em outros andarilhos o seu irmão de fé seu bem maior e a se consolarem entre si a triste sorte do abandono e descaso de muitos, mas eles tem amor e fé e esperança de que um dia não terão a fome a lhe corroer o estomago a ponte não será a sua moradia mas apenas para eles andar na noite não sentiram frio e sim cobertores a lhe aquecer e o chão será de estrela apenas na canção e a lua apenas fonte de inspiração e serão chamados de cidadãos e não de morador de rua.
3101/2013
Como andarilho, talvez como coitado ,
Causo desespero ao desesperado
Unido aos que procuram compaixão
Buscando nos olhos compreenção
Como rio ao oceano transbordando
De lágrimas ardentes e confiantes
Que voltará tão antes como cedinho
Para posar em seu ninho
Sem moscar a certeza que espera
Assim como uma faminta fera
Para alimentar- se de prazer
E faminta amar até morrer
ANDARILHO NA ESTRADA DA VIDA
Autora: Profª Lourdes Duarte
Sou andarilho na estrada da vida
aprendendo com os erros ou acertos
Com amor ou desamor, ora sofrido
Às vezes, exausto, paro cansado,
Dou asas ao destino, mesmo sofrido.
Com mais luz e menos escuridão
Retiro as pedras e corto os espinhos
Numa luta insana, alegre ou feliz
Cuido das flores e rego as dores
Mesmo de coração, feliz ou ferido.
Retomo o fôlego mesmo cansado
Depois, levanto e prossigo
Seduzido pelos encantos da vida,
Sigo em frente!
Em busca dos sonhos perdidos.
Cheio de fé, sigo a caminhada
Um passo e mais outro adiante
Quando parar, não sei! O que sei,
Que o Criador é quem nos guia,
E assim Prossigo.
Mudar o rumo quando for preciso
No meu ritmo, do meu jeito,
Um passo de cada vez,
Sempre a diante
Seguindo a voz do coração ,
Feliz ou ferido.
Não é fácil, prosseguir a jornada
Como andarilho sigo a caminhada
Olhando o caminho percorrido e seguindo
Vislumbrado com novas estradas
Em busca da felicidade
Andarilho.
Ando por aí...
Querendo um amor encontrar;
Um sorriso, um poema,
Um alguém para amar.
Ando por aí...
Ao acaso do destino;
Enrolado nos fios da saudade,
Com o coração em desatino.
Ando por aí...
A procura de um olhar...
De um jardim de versos e rimas;
De um sonho...um sonho pra sonhar.
Ando por aí...
Navegando nas ondas do amor;
Nas lembranças de seus beijos;
Nas chamas ardentes de seu calor.
Ando por aí...
Perdido em mil caminhos;
Voltando em memórias passadas;
Relembrando de seus carinhos.
Ando por aí...
Vendo o tempo passar;
Entre flores e espinhos,
Continuo a ti amar.
Ando por aí...
Entre realidades e ilusões,
Viajando no trem do destino;
Sem paradas. Sem estações.
Ando por aí...
Em uma saga voraz,
Atravessando mares e desertos;
Em busca de sonhos...de paz.
Ando por aí...
A mercê da solidão;
Semeando aos ventos,
Fragmentos de paixão.
Ando por aí...
Não sei onde vou Parar
Sem pejo, sem grilhões;
Só um horizonte a desbravar.
Ando por aí...
Na contramão da saudade;
Correndo a ermo, sem medo,
Na busca da felicidade.
Ando por aí...
Nos sete mares a navegar;
Em busca de um porto seguro,
E uma estrela para me guiar.
AMOR BANDIDO
Sonhei com um amor andarilho
chegando lindo,leve e puro
Mas depois indo embora seco e seguro
Deixando apenas meu coração in exílio.
Sim ,um amor bandido
daqueles que nos arrebatam os sentidos
Roubam-nos os sonhos
e depois vai embora sem arrependimento
atirando-nos na lama e no peito
um imenso balde de gelo .
Sonhei com um amor profano
domando meus silêncios
acordando meus desejos
aproveitando do ensejo
a levar-me na nuvens .
Mas depois deixando-me
num templo de mágoas, de dor ,de pesadelos,
de desalento , de desamor ...
Foi quando uma nova onda
me despertou, me carregou
e me levou embora em suas águas.
Abraçou meu coração com calma
e fez questão de fazer-me amada.
Foi quando um novo amor
sem pressa e nem partida
sem dor e nem despedida
me beijou com alma
e me fizeste sua morada .
Eu seria andarilho se meu destino fosse estar em seu caminho
e fugiria pra longe se nesse longe ganhasse seu carinho.
Sendo assim chego de longe, porém chego sozinho.
"Se o teu pedaço de pão pode alegrar um pobre andarilho, por que deixá-lo endurecer em cima da tua mesa?
Se a roupa que te sobra pode vestir o pedinte, por que guardá-la no armário?
Se a tua força ainda pode levantar o caído, por que descansar de braços cruzados?
E, se podes fazer o bem a alguém, por que te omites deste dever?"
ANDARILHO
"Sigo em passos sorrateiros
Vagando dentro de mim mesmo
Rebuscando um motivo
Para ainda continuar caminhando
Quero acreditar que é possível seguir em frente
Sem continuar se ferindo
Em textos intermináveis
Em momentos incontáveis"
Lembro-me de memórias
Tornando-me andarilho
Vagando pelo mundo, e olhando o universo
Buscando apenas novos caminhos
Para nos fazer vasculhar o desconhecido.
Fico com medo de entrar,
Sofro com a possível loucura,
Rotulando-me de alienado.
Somente para justificar a minha pseudo-sanidade
Observo essa passagem,
analiso, desisto e resisto a tentação
Não será hoje que voltarei a ser andarilho.
Meu coração
andarilho viaja
Levando um pouco de mim
Ao aconchego do teu
E volta trazendo um
Pouco de ti.
Anjo Andarilho
Tente correr contra o medo
seja forte até o final,
caminhe sobre você mesmo,
até que você se torne o mal.
O mundo talvez não ensine
como devemos lutar e vencer
não se entregue, apenas caminhe
só pare quando você morrer.
GARIMPEIRO
Cata pedras preciosas,
Andarilho dos valores,
Apreciador dos amores,
Da historia singular.
Nunca perde sua rota,
Sempre busca e encontrará,
Não desiste do que almeja,
Seja aqui ou em qualquer lugar.
Viajante do desconhecido,
Mundo dos diamantes,
Em forma dos minérios da terra,
Em forma do mistério humano.
Esconde a mais bela de todas,
A mais bela de todas as pedras,
Num sentido figurado,
Corre para o abraço.
E no calor do afago,
Se perde nas intenções,
Se quer lapidar a pedra,
Ou se entrega a ostentação.
E, em certos momentos, tornei-me um volantim
Numa corda bamba, um andarilho em meus próprios pensamentos.
O andarilho
............".entoado pelo vento ,ele demarcava o seu caminho através das árvores ao longo da sua jornada.Esquecera o seu nome ,com a ajuda do tempo perdera a razão-racional, a que os balzaquianos modernos insistem . Não se prendia a conceitos,aliás,a sua mente era deveras viajante no tempo futuro,e os seus passos largos e ligeiros não lhe ofereciam tempo suficiente para pequenas cois...as do pensamento lógico ,comum aos filósofos.
Alguns imaginavam o motivo da sua escolha, por abandonar o "mundo perfeito" e viver a mercê da própria sorte,ensaiando uma vida incerta,cheia de segredos e de medos.Mas ele não pensava assim,teve a oportunidade de fazer as próprias escolhas. Ele escolhera viver o perigo incerto,ao invés do previsível.
Cansado de viver a mesmice contemporânea,as dúvidas da idade,anseios por coisas que chegariam ao fim um dia,as desilusões dos planos não concretizados.
Ele tirou as sandálias e seguiu o caminho do infinito,resolvera atravessar o mar a nado,como forma de não correr o risco de retornar pelo caminho antes percorrido.
Assim,o andarilho,pode escrever a própria história,contando apenas com a sua fé para direcioná-lo rumo ao desconhecido,ao inevitável fim,o qual ele apenas tentou minimizar a forma de ver.Então ele buscou a sí mesmo durante toda a sua vida e quando esta chegou ao fim,ele suspirou e sorriu ,e disse:muito prazer!!"
"Danlírio"
Andavas sem direção como que um andarilho. Lançando sorte ao tempo, sem perceber, seus olhos fitos no horizonte o chão não tocava mais seus pés.
Uma luz a envolvia como se o sol a olhasse
incessantemente temendo perdê-la na amálgama "tarnoitecer".
Cantos orquestrado por rouxinóis os embalavam dançantemente entre o céu e a terra.
Atônito, o tempo pára para presenciar o bailar de duas entidades num inebriante flutuar.
O primeiro era aquele que nunca parava de ir e vir, e, que refrescava o tempo em momentos de intenso calor.
A outra era como de um corpo de mulher que tomada por um êxtase cedia a cada movimento, cada toque de alguém que sabe embalar os berços, o Vento. 02/11/07