Andarilho
Como um ser humano que a um andarilho dá ABRIGO,
Um lugar para ficar, em um refúgio de uma TEMPESTADE,
Agasalhando, acalentando com um braço AMIGO,
Assim tu és Bonequinha, minha Princesa minha MAJESTADE...
Nômade
A vida passa e o incompreendido chora
Pelas ruas o andarilho some
Intensamente busca o que perdeu
Sem saber que achou.
Nada entenderá sem ser compreendido
Compreendendo se perderá
Nas buscas e buscas exteriores
Como nômade pairando nos cantos do mundo.
O incompreendido chora
À inexistência do palpável
Pela terra escorrem entre os dedos
Os sonhos perdidos pela lembrança...
Sou Oásis… Um aguadeiro andarilho. Viajante de muitas terras e eras. Já vesti muitas peles e já tive vários nomes, mas nenhum deles representa a minha exata profundidade. Fui e ainda sou: Mar, Oceano, Fonte, Represa, Aquarius… É tanta água contida que banha e purifica minha essência que rompi as barreiras do tempo. Tornei-me um fluxo único e contínuo de todas as minhas versões, uma paradoxal existência. Atravesso o caos em uma dança suave criando novas fronteiras por meios das brechas da história. Não mergulhe em meu ser se não souber nadar e muito menos se não tiver fôlego suficiente. O que reflete na minha superfície é só uma nova veste, um outro nome para essa nova era…
Enquanto tu dormias, um andarilho
Entrou no teu quarto, bem devagarinho,
Roubou uma pequena porção do teu brilho,
Depois fugiu com cuidado, bem de mansinho.
Tu nem sentirás falta da parte roubada,
Tal o tamanho da luz que Deus te deu.
Mas esta parte iluminará do ladrão a estrada,
Que escureceu desde que ele te perdeu.
Quem alcançou em alguma medida a liberdade da razão, não pode se sentir mais que um andarilho sobre a Terra – e não um viajante que se dirige a uma meta final: pois esta não existe.
Você é como um jarro de água doce e eu um andarilho perdido no deserto que com o jarro em mãos não posso tomar da água proibida.
Andarilho
Caminhamos feito mendigos
Não temos lar algum
Somos andarilhos de nossas próprias verdades
Carregamos poucas bagagens nessa aventura,
talvez suficiente para aquela estadia
ou pesadas demais para se permanecer andando
Cada passo, desgasta um pouco do nosso pé e do nosso próprio chão.
Descobrimos nossa identidade pelos olhos de cada ser que nos rodeia
Quando frio, tentamos nos envolver com a vida, relembrando o tecer do manto.
Quando quente, apenas mais um ponto de linha.
Mas, continuamos
Famintos de sentimentos
Famintos de nossas verdades
Buscando nos alimentar
Da busca insaciável do acaso.
Eu ando pensando, penso parado também, o que de certa forma me faz um andarilho da mente, um ausente ser presente. Ando, não importa aonde, paro não interessa onde, sempre estou sentindo os meus pensamentos, sempre estou pensando sobre meus sentimentos.
O ANDARILHO HUMANO
Não raras às vezes que me coloco a pensar que todos nós nada mais somos que andarilhos humanos.
Explico-lhes meu devaneio vespertino desta sexta-feira: desde que nascemos, até a nossa morte, vivemos aos trancos e barrancos como se fôssemos um tronco boiando rio abaixo (eu falei tronco, não m....). Daqui para lá, de lá para cá, vamos levando a nossa nada mole vida sentindo a realidade do mundo sob todos os seus disfarces; num instante um momento alegre, noutro uma sensação de amargura; a miséria que humilha convivendo de perto – e perigosamente – com a riqueza ostensiva; aqui um gesto de grandeza, ao lado um gesto de torpeza; a decência sempre atormentada pela perfídia; o desprezo que fere, o amor que redime...
E por aí vamos nós, a duras penas abrindo caminhos e vencendo barreiras, por vezes encontrando aplausos e incentivos, por outras tantas, hostilidades e malquerenças ímpares.
E é exclusivamente desta maneira que nos tornamos fortes, resistentes às vicissitudes e aos desencantos da vida, mas jamais abandonando a delícia que é continuarmos sendo sensíveis às ilusões e aos sonhos.
Bom final de sexta-feira a todos(as), e um excelente final de semana.
Um homem sem Deus é tão somente um andarilho que caminha solitariamente para chegar ao bosque infinito do nada.
Andarilho
Caminho por estradas de sonhos.
Não tenho destino certo.
Dou ao tempo todo tempo.
Ele aparece cortante nas
Linhas e marcas do meu rosto.
Meu repouso não existe.
Meu teto colchão de estrelas.
Trago na bagagem histórias.
Nos meus pés o cansaço
Dessas longas andanças
Nessa estrada da vida.
Como um filho rebelde Eu fugir de casa
na esperança de conquistar o mundo
virar um andarilho em busca da sorte
mas nunca me bateram tão forte
como a vida longe de você
mas hoje o que posso dizer
é que me resta essa saudade louca
e sinto o gosto do azeite na boca
e começo a me indagar
ó Bahia quando iremos nos reencontrar.
Como andarilho, talvez como coitado ,
Causo desespero ao desesperado
Unido aos que procuram compaixão
Buscando nos olhos compreenção
Como rio ao oceano transbordando
De lágrimas ardentes e confiantes
Que voltará tão antes como cedinho
Para posar em seu ninho
Sem moscar a certeza que espera
Assim como uma faminta fera
Para alimentar- se de prazer
E faminta amar até morrer
ANDARILHO NA ESTRADA DA VIDA
Autora: Profª Lourdes Duarte
Sou andarilho na estrada da vida
aprendendo com os erros ou acertos
Com amor ou desamor, ora sofrido
Às vezes, exausto, paro cansado,
Dou asas ao destino, mesmo sofrido.
Com mais luz e menos escuridão
Retiro as pedras e corto os espinhos
Numa luta insana, alegre ou feliz
Cuido das flores e rego as dores
Mesmo de coração, feliz ou ferido.
Retomo o fôlego mesmo cansado
Depois, levanto e prossigo
Seduzido pelos encantos da vida,
Sigo em frente!
Em busca dos sonhos perdidos.
Cheio de fé, sigo a caminhada
Um passo e mais outro adiante
Quando parar, não sei! O que sei,
Que o Criador é quem nos guia,
E assim Prossigo.
Mudar o rumo quando for preciso
No meu ritmo, do meu jeito,
Um passo de cada vez,
Sempre a diante
Seguindo a voz do coração ,
Feliz ou ferido.
Não é fácil, prosseguir a jornada
Como andarilho sigo a caminhada
Olhando o caminho percorrido e seguindo
Vislumbrado com novas estradas
Em busca da felicidade
O andarilho e o nojo:
Muito me incomoda o andarilho,
alguém caminhando fora do trilho, sem rumo, crenças mundanas e descompromissado...
Um ser quase inanimado, transcendente, desinteressado, bi-dimensional...
Animal sem presas sujo e fétido, vestido de carne putrificada.
Esse ser errante é agressão viva, às concepções das minhas moralidades esdrúxulas!!!
Combatido e não vencido, é como um Deus encarnado que escarra, mija e caga na cara do mundo, sobre a face da alma desesperada e disfarçada!
É uma presença tão incômoda que parece dizer: Será que você não vê a verdade à sua frente, idiota?
O andarilho, esse ser errante quase ilusório e transitório existe pra me incomodar, toda a santa vez que os meus caminhos se cruzarem com os dele; derramando sobre mim o meu próprio nojo.
Isso, em... Beirando abismos.
E eu que sou feito de misérias, vago...Andarilho, corpo fora do tempo e espaço. Passo, transito à margem do juízo, por dentro do caos e edifícios, fuço lixo, lambo o chão em que piso. Foi no reflexo do vidro que soube, sou reles, sujo! Subproduto do azar de ter nascido isso... O pino bate, apita o medo, corre pelo olho toma o corpo, cresce em mim o louco, me ganha o bicho, sou eu que desvivo... Enquanto não morro.