Andarilho
Do nada ela aparecia e do nada simplesmente sumia, mas era aqueles olhos castanhos escuros que iluminava o meu dia. Era um riso meia lua de canto de boca que me deixava atoa, pensando se tudo o que eu sonhava era ela ou só foi uma miragem boa.
Aquela hora que de tão imaginada se tornava real. Aquele momento em que os olhares se cruzavam e num instante o tempo parecia se eternizar. De tanto sonhar viva a realidade no subespaço, contando a ela o que não podia falar sentia que tudo era dito num momento em que conversavam por entre olhares. E no silêncio absurdo se ouviu o sorriso que gargalhava aos ventos a alegria que eles mesmo de tão longe viviam. Nada ao redor se entendia, todos eram figurantes no palco dessa cena imaginária, de um encontro de duas almas vivendo no silêncio o alarde de um sentimento declarado entre olhares
Saudade da tua risada das longas conversas na madrugada das horas infindas ao teu lado.
Saudade desaguada em meu peito fazendo-se refúgio nesse leito, aquecendo os meus dias longe da tua companhia.
Saudade que me mantém acordado esperando um sinal da tua presença, do teu interesse, um chamado num texto ligeiro.
Saudade desvelada em meus pensamentos, parando o tempo insistindo em não querer passar, separando meu breu do tua alvorada
Saudade já és minha morada num murmúrio embriagado ressoando o teu sorriso me faço de abrigo esperando a tua chegada.
Eu queria te falar algo mas sei lá, talvez te falar que sinto saudades, falar sobre como o tempo passa tão rápido quando estamos lado a lado e no mesmo instante se torna uma eternidade.
Eu queria te falar qualquer coisa, algo absurdo ou que não fizesse sentido, algo bobo, que só te fizesse sorrir. Falar do meu dia ou de todas as canções que escutei pensando em te.
Eu queria simplesmente falar que já sonhei tantas vezes com teu olhar. Fala que foi em teu riso que achei de novo motivo para sonhar.
Há um olhar negro eluarado que pulsa em meu peito já cansado. Olhar meio de alma encantada, com um sorriso bobo de mulher desejada.
Há uma pele clara que cheira a flor, um aroma familiar, coisa de infância, um grande amor.
Há um quadro pintado em meu imaginário quando ela aparecia do nada na minha tela já bloqueada.
E acabou o tempo que se torna infinito, cada sorriso, cada palavra dita no silêncio de um olhar. Eternizado breves dias e memórias infindas. Findou a mágoa de quando não fui o mais importante, restou a magia de cada risada espontânea, cada brilho vindo do coração, quando um simples letreiro era a razão
Levo em mim um misto de emoções, te vi menina cheia de sonhos, e agora deixo uma mulher em evolução. Esperava que ia ser de tantos jeitos esse momento, e toda a imaginação não foi capaz de prever o que sinto agora. Um misto de emoção, uma tristeza apertando o peito junto com uma imensa gratidão. Um orgulho imenso por cada conquista e evolução. Aqui aproveito para confessar que sentir ciúmes como nunca antes, foi estranho e bonito, uma raiva de mim e um afeto iludido.
Indo pra tão longe sei que vou chorar, pois você sabe que não sei disfarçar, na verdade toda vez que te olhei hoje e me calei, foi por causa das lágrimas que me resignei. Mas consciente eu sei que não vou prendê-las quando não conseguir mais te vê.
Com você eu aprendi como é bom falar o que sente, mesmo que sinta mágoa, mesmo que tudo seja dito apenas com um abraço sem nenhuma simples palavra. Depois de tudo isso vivido em poucos dias, vemos que esses foram os melhores dias da minha vida, vivido de maneira tão simples e tão perfeito, mesmo com os nosso velhos defeitos.
Agora te olhando assim distraída, é a memória perfeita que levo pra minha nova vida.
Quando se perdeu, fugiu, se escondeu. Pegou a estrada onde tudo já não era mais seu, chorou até soluçar, depois viu que já não sentia mais medo, e simplesmente começou a se amar, seguiu seu caminho, agora mais encantada.
Ainda bem que você é real, tem tudo que se pode ter, medos, defeitos, manias… Ainda bem que você é real, cheia de charme, alegria, força e sensibilidade… Ainda bem que você é a tal, a tal moça da loja que vive a cantar, que olha pra todos sem vê ninguém desigual, que enche o mundo com cores de vida, fazendo mais lindo cada dia desse seu mundo sem igual.
Uma fuga para a liberdade
Você quer fugir para um local ainda n explorado onde viva sua vida em paz e tranquilidade com a companhia certa, sem internet, sem contato externo, você quer amar a si mesmo e voar junto a sua amada em velocidade que nem a luz possa te alcançar, você sente o desejo de fuga para gritar com todas as suas forças e chorar para tirar todo o peso que acumulou e carregou por toda a sua vida. Um local pacifico para acordar com o cheiro de um bom café cedo, esse sentimento de liberdade de tudo aquilo a qual te prendia, você não esta mais trancado em seu quarto tentando se acalmar e sim está no melhor local possível sem se preocupar em nada externo e sim no agora, e sim em sua vida, a sua própria vida. Você fugiu para sua própria liberdade e felicidade, você fugiu de tudo e todos levando consigo aquilo e aqueles que mais precisa e poder finalmente dizer “hum... ar fresco”.
Um Sentimento
Um sentimento, algo não descritível, algo que só pode se ter ideia se você realmente vivenciar aquilo, algo que prende, puxa, lhe amarra e afoga sem lhe dar uma chance sequer de sair vivo, você se sente sufocado em si mesmo, na esperança daquilo que se foi voltar e você poder reparar os erros que cometeu, esse algo que você esta sentindo é culpa de sigo mesmo a qual não pode conter seus desejos carnais pelo amor que estava bem na sua frente a qual se tivesse paciência e esperança algum dia teria esse algo ao seu lado, é rude definir alguém tão importante que passou na minha vida como algo mas nem eu sei o porque disso, ela foi algo que me fez sentir um amor a qual só um saber que realmente era amor quando a perdi, isso é um adeus para mim mesmo e uma carte de socorro ao destino, por favor me ajude, eu fiz algo que me arrependo e quero uma segunda chance mas tenho medo, eu tenho medo!!!!
Um Vazio
A sensação de que nada mais te interessa, você perdeu seu lar e agora vaga eternamente em um caminho desconhecido sem rumo, sem saber como começou, sem saber o porque de estar ai e nem doque lhe aguarda no final do seu trajeto, você se tornou um ambulante em busca de um motivo de se sentir vivo, algo que te tire da sua rotina presa e entediante, algo para fazer você acordar e pensar nos seus planos para hoje, algo para te tirar do modo automático, você só quer algo. Você se torna velho aparentemente sem o tempo passar, você se desgasta mentalmente e fisicamente, você se culpa por algo e isso lhe mata por dentro, nada faz sentido e a única coisa que você quer ao acordar é dormir para não viver o dia que está por vir, pois em seus sonhos você pode viver algo que lhe faz sentir você mesmo, algo como seu lar, seu abrigo, seu refugio, não um local vazio e sim uma local feliz e completo com poucas pessoas mas que já são suficiente.
Como andarilho vagueia meu pensamento a procura de algo novo que possa enfim mudar minha forma de enxergar a vida e o mundo com tudo aquilo que me cerca."
Ponto
No caminho pedras e trilho
Guiando no carril de ferro
Os fados de um andarilho
Entre planícies e cerro
Num misto de estampilho
De silêncio e de berro
Desencontros e amores
Nascimento e enterro
Constrói-se os valores
As flores, acerto e erro
De aprendizes prescritores
De vírgula, reticência
Da vida, e no fim o ponto
Cerrando a diligência
Encerrando o conto
Luciano Spagnol
Caminho sempre sem criar expectativas,
como um andarilho que nunca para de andar...
Sigo o rumo das estrelas,
deixo que elas me levem para qualquer lugar,
mas já não me perco mais na hora de voltar,
não tenho mais a pressa de antes,
que tantas vezes me fez tropeçar...
Mas eu não quero nunca deixar de pecar,
ficaria sem graça alguma viver sem errar.
Sobre o nada...
Advento.
Peripécias de um andarilho,
Pseudo-Castilho!
Acrescento.
Centelha do momento...
Em nome da Virtú,
Belzebu!
Lamento.
Abundante como o vento...
Sem tempo ocioso,
Pecunioso!
Contentamento.
fado com acento...
Reflexo da existência,
Anuência!
Encerramento.
Nômade
A vida passa e o incompreendido chora
Pelas ruas o andarilho some
Intensamente busca o que perdeu
Sem saber que achou.
Nada entenderá sem ser compreendido
Compreendendo se perderá
Nas buscas e buscas exteriores
Como nômade pairando nos cantos do mundo.
O incompreendido chora
À inexistência do palpável
Pela terra escorrem entre os dedos
Os sonhos perdidos pela lembrança...
Eu quero é viajar sem rumo pra voltar…
Sou andarilho de corações vizinhos…
Vivendo em meio á vida fosca..
Esse caos dessa vida louca..
Cotidiano me matando…
Rotina me estressando…
Pessoas me enjoando…
Meu tempo esgotando…
Esse mundo acabando…
Eu só aprendendo…
E vendo… Que…
Talvez pouco vivendo…
Ou muito vivendo?
Pouco me importando…
Muito pensando…
E vendo… Que…
Só sei que nada sei,
Mas sei.
Ô vidinha.
Como um ser humano que a um andarilho dá ABRIGO,
Um lugar para ficar, em um refúgio de uma TEMPESTADE,
Agasalhando, acalentando com um braço AMIGO,
Assim tu és Bonequinha, minha Princesa minha MAJESTADE...
O andarilho
Vaga a esmo, mesmo sem ter onde e por que restam lhe as pernas e a consciencia para seguir
Somos todos andarilhos a vagar num imenso deserto cheio de pessoas.
Seguimos a esmo. Mesmo cercado por pessoas, estamos sós e nao vemos ninguem.
Para entao no final chegarmos à conclusao de que tudo aquilo o que mesmo importa é transitorio e fatalmente acaba.
Como lagrimas em um deserto. Como lagrimas na chuva