Andarilho
Continua menina no teu caminho, anda, pula, grita de alegria. Seja infinda a tua energia, nos encante, espalha tua melodia e colore nossas vidas. Seja o que sempre quis, viva esse momento, seja vento, vá pra onde você possa mostrar o seu talento.
Seja tua humildade tua marca registrada, o teu sorriso a luz que dar vida aos nossos dias. Canta moça serena, solta tua voz, mostra seu dom, canta de peito aberto porque tu é feita de música em tuas veias pulsam todos os sons
Vai pequena cuida de você, seja grande, mesmo que outros não queiram lhe vê vencer.
Vai menina não desanima, se ontem foi tristeza hoje são novas alegrias.
Voa, faz do céu o teu limite, não se prenda ao chão, cria asas em teu coração, viva o agora, seja teu futuro decidido em compreensão.
Noturno do Andarilho
Em todos os cumes:
sossego.
Em todas as copas
não sentes
um sopro, quase.
Os passarinhos calam-se
na mata.
Paciência, logo
sossegarás também.
"Minha alma gritou socorro, e tentei demonstar em algumas atitudes. Não perceberam e so fiquei perdido num mar de dor e solidão!"
Ciranda
Meu coração andarilho
vagou por tanto caminho.
Tanta curva, tanto trilho,
tanta rota em desalinho.
Tanta luz de pouco brilho,
tanta flor de muito espinho.
Tanto beijo maltrapilho,
tanta cama sem carinho.
Tanta gente ao derredor,
tantas vezes eu tão só
te chamei desesperado.
Até que num belo dia
fez-se a mais louca magia
e eu acordei do seu lado.
Sou apenas um artista, andarilho, viajante. Um vagabundo sem nada para oferecer a ninguém, além das minhas próprias loucuras. Rumo ao Alasca.
NAS ASAS DA BORBOLETA
Sou no mundo um passante, andarilho dardejante
Olhos ávidos, deslumbrados de beleza...
Sou no mundo borboleta, nem lagarta nem casulo
Não rastejo na miséria, não me escondo na riqueza
Do mundo não quero a tristeza... o medo a insegurança
Quero a alegria das cores, a liberdade da esperança,
No mundo, eu não serei apontado por ser mal educado
E não tratar com cuidado a casa que me acolheu
E quando chegar o fim do vôo da borboleta
Ficarei nas cores e nos sorrisos
Deixarei o mundo mais colorido nas asas da borboleta!
Andarilho insano, monólogo de uma mente incompreendida
Andarilho das idéias tortuosas, Lord das cavalgadas da profundidade das mentes que abrigam os devaneios temidos,
aqueles que são trancafiados em jaulas e tem suas chaves atiradas ao buraco negro. Voa nas asas perambulando só e desacompanhado. Não podem te levantar do torpor, e tão pouco podem ver os lampejos coloridos que revelam a insanidade perpétua. Nem na agonia mais latente, o alivio vem da mão do outro.
Cada dor pertence a um peito, e cada peito pertence a sua dor!
Monte o inabitável e saia sem rumo, trotando pelos cantos mais ignorados do mundo. E em sua jornada há apenas o que ele vê sozinho, apenas o que ele vê...
Oh Andarilho, peregrino desafortunado! Não há um par de olhos sequer para chorar suas lastimas??
E eu quebro cada relógio e derramo as horas no chão, não quero deter o tempo, deixa-lo preso em uma moldura dourada e medi-lo em ponteiros... Que o tempo escorra e não seja detido nem medido....
Os rostos são tão parecidos, diante das expressões borradas já não há como distinguir os desafortunados dos abastados.
Será que cada um tem uma maquiagem para esconder a melancolia? Assim como o palhaço que se enfeita e brinca de rir?
Ouvia dizer que se fosse bom, e fizesse minhas preces sem pressa antes de dormir, Deus me agraciaria logo que o galo cantasse. Então esperava e esperava... Talvez espere a vida toda!
De onde vem o amor? Quem o fez em tão fino trato? Quantos dobrões é preciso para comprar uma pequena dose?
Dizem que o amor é impalpável, mais se não o toco, como sei que estou sentido? Se não o vejo, como acredito?
Cavalgue depressa mais descreva as imagens que trazes nas lembranças com calma. Fale das mais belas não despejes um rio de lamúrias, já não basta os fardos nossos de cada dia? Quero só boas noticias... É para isso que o mundo te recebe e te envia de volta!
Roubaram-te a voz?
De onde vem o amor? Quem o fez em tão fino trato?
E como sempre, apenas recebi o mais endurecido e gélido silêncio...
Aquele companheiro de tantas jornadas! O silêncio que as vezes é só um vazio, mais muitas vezes poderia ser mais cheio que as palavras das pessoas.
Ah silêncio... entre-me boca a dentro e emudeça meu peito...
Emudeça meu ser barulhento!
Já que a alma perdida não fora encontrada, não me colocarei a duelar desalmado.
Eis aqui um andarilho fadigado, que não tem nem quês, nem porquês... Eis me aqui um homem de preces sutis que se cansou de cruzar os dedos e olhar o queimar da vela...
E se o silêncio é tudo que mereço, farei bom uso....
Nunca mais ouviu-se noticias do Lord, sumido nas brumas.
Só restou sombras e silêncios.
Tem dias que você dorme "normal" e acorda hippie ou nômade...! às vezes isso passa, às vezes, você tem que ir!
Um olhar agatiado, meigo enluarado. Uma boca perfeita de lábios rosados. Uma cabelo castanho claro todo cacheado, e duas maçãs bem corada. É o rosto mais perfeito que todo porta deseja sonhar, e eu tive um vislumbre quanto te vi largada deitada do sofá.
Aquela hora que de tão imaginada se tornava real. Aquele momento em que os olhares se cruzavam e num instante o tempo parecia se eternizar. De tanto sonhar viva a realidade no subespaço, contando a ela o que não podia falar sentia que tudo era dito num momento em que conversavam por entre olhares. E no silêncio absurdo se ouviu o sorriso que gargalhava aos ventos a alegria que eles mesmo de tão longe viviam. Nada ao redor se entendia, todos eram figurantes no palco dessa cena imaginária, de um encontro de duas almas vivendo no silêncio o alarde de um sentimento declarado entre olhares
Saudade da tua risada das longas conversas na madrugada das horas infindas ao teu lado.
Saudade desaguada em meu peito fazendo-se refúgio nesse leito, aquecendo os meus dias longe da tua companhia.
Saudade que me mantém acordado esperando um sinal da tua presença, do teu interesse, um chamado num texto ligeiro.
Saudade desvelada em meus pensamentos, parando o tempo insistindo em não querer passar, separando meu breu do tua alvorada
Saudade já és minha morada num murmúrio embriagado ressoando o teu sorriso me faço de abrigo esperando a tua chegada.
Eu queria te falar algo mas sei lá, talvez te falar que sinto saudades, falar sobre como o tempo passa tão rápido quando estamos lado a lado e no mesmo instante se torna uma eternidade.
Eu queria te falar qualquer coisa, algo absurdo ou que não fizesse sentido, algo bobo, que só te fizesse sorrir. Falar do meu dia ou de todas as canções que escutei pensando em te.
Eu queria simplesmente falar que já sonhei tantas vezes com teu olhar. Fala que foi em teu riso que achei de novo motivo para sonhar.
Há um olhar negro eluarado que pulsa em meu peito já cansado. Olhar meio de alma encantada, com um sorriso bobo de mulher desejada.
Há uma pele clara que cheira a flor, um aroma familiar, coisa de infância, um grande amor.
Há um quadro pintado em meu imaginário quando ela aparecia do nada na minha tela já bloqueada.
Algumas vezes eu pensei e fiz mil planos pra te conhecer, mas de tanta frieza já não me sentia num sonho teu. Outras vezes eu via o tempo passar, levar tudo e trazer nada, e como um absurdo em meio a tantos nadas ele te trouxe aqui. Sem avisos ou mensagens falando da tua chegada. Dessa vez o tempo já é infindo, a cada instante q te vejo sorrindo, o eterno se tornando real nós breves momentos que estamos lado a lado.
Hoje a dor é só minha.
O silêncio já não me cura.
O barulho na mente me ensurdece.
Hoje pareço calmaria, mas sou o caos dentro de mim.
Falar que você é linda é muito clichê, isso todos podem vê. Lembrar de cada detalhe teu é o que me convém pois é em cada pedacinho teu que meu coração se fez refém.