Âncora
"Desgastada severamente pelo tempo
dá seguro às naus desbravadoras,
que navegam pelos oceanos da vida
sem mesmo nunca saber o seu destino
muito menos nunca ter o seu porto seguro."
"De um amor pra outro é como mudar de país, a gente aprende uma nova cultura, e esse choque cultural nem sempre é bem aceito a princípio. Não que seja mau, às vezes é bom até demais, a gente pensa que sabe tudo, e que que sempre soubemos tudo, no entanto, de um amor pra outro é importante se entregar ao êxodo, não se pode viver o novo se suas raízes estão em outra história. Manter raízes é bom até certo limite, algumas coisas precisam ser vividas de outra forma, e o apego à antiga Terra Coração pode te fazer mal. De um amor pra outro é como mudar de país, você no início tem medo de sentir falta da Terra Coração natal, mas, é preciso saber que bons imigrantes não têm medo de aventuras e novidades, bons imigrantes não se abalam ao pensar no risco de serem eternos nômades, pois em toda viagem que a vida faz, sabemos: Haverá um cais, haverá uma âncora, haverá um lar."
Alguns sentimentos são como âncoras, nos prendem ao passado, nos aprisionam no presente e nos fazem temer o futuro.
Eu prometi para mim mesmo anos atrás que eu não deixaria meu coração se corromper pelas expectativas e pelas comparações que as pessoas fazem de nós! Os primeiros a rotularem nossos sonhos muitas vezes são os que estão mais próximos. Família , amigos e talvez até o amor da sua vida! Não é fácil crescer, não é fácil encontrar o caminho certo, mas é preciso confiar que mesmo sozinho vamos chegar lá!!!
Sabe aquele impulso que você precisa, então, ele vem de dentro, porém é difícil sair do chão quando a âncora que nos proteje de sair sem rumo e a mesma que te mantém preso ao passado!!!
Não tenha medo de seguir seus sonhos, arrisque, aproveite o medo do desconhecido e solte o peso que te prende. Tenha um propósito e busque ser feliz!!!
O coração dói para todos, mas a vontade de vencer é maior!!
Atraso é essa minha mania de me agarrar a âncoras, quando tudo o que eu preciso são velas. Para fazer, dos ventos que há tempos assombram os meus mares, movimento.
Filhos são navios que vem de longe, nós pais somos apenas porto, onde por algum tempo eles ancoram.
Apenas a alma viva flutua sobre o suspense, diante da incerteza e do mistério da vida, pois está em sintonia consigo mesma. A vivacidade é a sua âncora, a força que a mantém cheia de graça.
MARÉ CHEIA
Em dia de maré cheia
Descubras como é ser embarcação
Se perderes o leme
Navegue à velas
Sejas um simples barquinho
Jamais sejas âncora no cais.
Às vezes penso que esse olhar fixo que temos em algo, quando queremos nos perder em pensamentos, serve como a segurança de uma âncora presa na realidade enquanto navegamos nas águas caudalosas e desconhecidas da nossa imaginação.
Navegando vou no meu barquinho nesse imenso mar. Tem hora que o vento contrário quase quer ou afundar, mas a confiança que eu tenho em Cristo vai me ajudar chegar, sem medo eu solto a âncora porque sei que comigo Ele está
Enquanto vejo o barco passar
Morro afogado sem saber nadar
Mirando o destino que queria ir
No rastro do barco que me deixou aqui
Agora ele atraca em outro lugar
Âncora de esperança me fez afundar
Ao relembrar as raízes de sua trajetória, se reconheceres as transformações pelas quais já passou, terás uma âncora como bússola para criar o futuro que deseja.
MARINHEIRO - VALPARAISO ( CHILE )
Marinheiro triste cansado,
marinheiro de um país distante
tem saudades, quer guarida.
na rua… lua …luz e cores,
grafites, poema e Neruda.
Sobe escadas do beco estreito
das casas multicoloridas.
Marinheiro triste cansado,
marinheiro de um país distante
em onda viril…sul sem norte.
Braços tatuados… suados,
corpos entrelaçados, afetos,
beijos… face a face…sussurros
numa amante de passagem
Beija e parte; amor passageiro.
Marinheiro triste cansado,
marinheiro de um país distante
Marinheiro alma triturada
ao som das músicas do cais
Cabisbaixo…cambaleia
cabisbaixo… levanta âncoras,
cambaleia… ondas de amarguras
O vento corta os horizonte,
busca um novo porto seguro.
Novos hangares…alma navega à deriva…
outros lugares… ao sabor do seu vagar…
( Valparaiso - Chile / Março 2012 )
Ele se ajoelha à minha frente, estende a mão e entrelaça os dedos nos meus, apertando como se eu fosse a sua única âncora ao mundo.
