Ampulheta
Sendo apenas a parte de baixo da ampulheta;
Um sensor monocromático e instável dessa "casa";
Alguém se importa?
O que faço com esse teatro de vida?
Que pena, que angustia...não,não sinto isso!
A única ovelha negra,nunca será pálida...
E se sim, e se eu for uma má noticia em fim?
"Se a dor do céu trás a chuva do inferno, então trocaria todas as minhas manhãs por apenas um ontem"
Um ontem, onde tudo era bom, e tudo o que queria me preocupar era o Amanhã.
TIC, TÁC, DO AMOR
Na ampulheta do amor
tic, tác, tic, tác
tic, tác vou subindo
pelo tempo...
tic, tác tic, tô,
o tempo passa
e eu vou...
Tic, tác, tic, tác
tic, tác, tic tô....
No tic, tác, tic, tác
tic, tác vou descendo...
Não me peça por favor!
Se eu vou no tic, tác...
Tic, tác, tic, tác
tic, tác estou vivendo
tic, tác, tic tác...
Tic, tác para o amor.
Antonio Montes
Poetema :: Alexandru Solomon
Carnaval
Como sempre, o deus Cronos brinca com a ampulheta.
Descobrimos um remédio, batizamos um cometa,
E cansados dessa vida, desse monte de misérias,
Decidimos dar um basta e tiramos umas férias.
Uma fuga, um subterfúgio ou será escapadela?
Para todos os efeitos , ele fica longe dela.
Céus , que será do mundo com o meu afastamento?
Pois garanto: Desprezível será todo seu tormento.
Cessará tudo que é guerra e se instaurará a trégua?
Sobre todos os pecados alguém passará a régua?
Ou como diria Dante do Inferno ao Paraíso,
Haverá um só caminho e seria seu sorriso?
Desde quando um feriado conseguiu esse poder?
Logo chega a quarta feira e o tempo de sofrer.
A folia implantada sob momesco patrocínio
Só reforça o pessimista e amargo vaticínio.
É um tríduo marcante, uma doce fantasia,
A miséria por instantes dá a vez à poesia.
Se o frevo entusiasta levantou toda poeira,
Ela logo se assenta, a partir da quarta feira.
Por saber que tudo é sonho, brincadeira dos sentidos,
Uns e outros aproveitam os momentos divertidos
E procuram, quando muito, prolongar a ilusão.
Erra quem se acomoda e prefere a inação.
Ao diabo a compostura e as tolas convenções.
Carnaval é carne vale, o recanto das paixões.
Um Pierrô desempregado dá adeus ao sossego,
Sobra tempo o ano todo para a busca do emprego.
*Do livro ´´Desespero Provisório``, Ed. Edicon.
Ampulheta na Horizontal
Me assustei ao pensar o quanto nos afogamos na rotina e no
cansaço. Lentamente nos encaminhamos, passos constantes para uma satisfação miserável de dormir e acordar no automático. Satisfação em vegetar em alguma estação antiga de rádio, com as mesmas músicas e uma locução sobriamente futura. Nos satisfazemos com o somatório dos dias e o assustar dos anos. Vivemos essa ampulheta na horizontal, num tempo parado, estagnado que passa sem sentirmos, mas que simplesmente passa...
Deveras vez. Eis que o nada se consuma. Os anos de mesmices e ópio escorridos na ampulheta dos dedos. E o que será?! Inútil intento..
A amizade é como a areia de uma ampulheta, se você não deixar equilibrada ela acaba se escorrendo com o tempo.
a vida e como uma ampulheta uma hora ela vai caindo, mas arrumando-a ela volta ao normal e gradativamente,o processo vai e volta, feito uma sanfona tocada pelo um sanfoneiro.
Sua ampulheta...
Dizem que o culpado é o tempo, que é tudo sem seu consentimento.
Vejo pessoas sãs adoecerem, encostando suas costas no banco...
Esperando a vida espairecer no tempo!
Dissolva toda dor. FAÇA-SE!
Desconecte-se do rancor. TENTE-SE!
Esqueça se errou. PERDOE-SE!
O passado já passou. ACEITE-SE!
O coitado te julgou. DIFERENCIE-SE!
Gentileza com seu corpo, seus sentidos. CUIDE-SE!
Ainda dá tempo para aprender. PERMITA-SE!
Ninguém desce do céu para virar sua ampulheta. REVIVA-SE!
Precisamos uns dos outros. ABRIGUE-SE!
Tem história pra contar. VALORIZE-SE!
DERRETA SUA DOR
DESCONECTE DO RANCOR
TODO MUNDO JÁ PERDOOU
SIMPLIFIQUE SEU AMOR!
CUMPRA-SE!!!
Patricia Renata
"Não importa quantas vezes a Ampulheta seja necessário virar , pois é fato que na mesma direção a areia sempre irá ."
Ampulheta
É como se o vento tivesse palavras
É como se a borboleta fosse uma flor
É como se o silêncio me desse asas
Para continuar acreditando no amor
É como se a chuva lavasse minha alma
É como se os sonhos tivessem escadas
É como se o tempo desse uma trégua
E o passarinho emprestasse suas asas
É como se a noite soprasse calma
É como se o dia soprasse esperança
É como se o medo desse uma chance
Para o universo fazer a mudança
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 25/02/2022 às 19:35 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Grãos de Areia
Não sei quanto a areia fala do tempo!!!!
A ampulheta, meu tempo de olhar, não revela quantos grãos, ainda há...
Não saber, me faz contar os grãos da areia.
Não contar, querendo multiplicar.
Contar para me aprofundar no olhar.
Hoje sei, cada grão tem sua forma, tamanho e densidade.
Cada grão, encontrado no amanhecer, tem sua cor e seu reflexo.
Muitos deles, ficaram para trás, sem a percepção de sua beleza, só passei por eles.
Já não posso conta - los.
Mas posso contar.
Agora, entendo da ampulheta.
Ia mudar o mundo, mas veja, sou apenas um grão preso na ampulheta do tempo em meio à tempestade de areia que é a vida.