Amores e Desamores
Desconcertado
Ando desconcertado
com uns tropeços ai
do meu coração.
Ando tentando não errar os passos dados
tentando não trocar
os pés pelas mãos.
Ando dando passos errados
desconcertado
em meu próprio refrão.
Perdido nas lembranças
de outros tempos
lembranças de um antigo amor.
Ando minguado
choroso
feito eu só!
Paro as vezes ao lado dela...
Relembro os doces desejos meus
pretendidos ao auscultar sua voz.
Morro nos versos poéticos, ora lidos...
Revivo nos segundos que estou só!
Caminho desconcertado pela vida.
Na rua da casa dela, nem passo mais.
Lembra-me as flores no muro
dos beijos, dos abraços, do fim.
“De um jeito ou de outro você vai me pedir pra voltar e eu neste dia direi: - vou pensar no seu caso.”
—By Coelhinha
Na fantasia do outro
no olhar que legitime
no perfeito da imperfeição
nos encontramos...
E nos perdemos de tanto amor.
Para depois,
num soprar inexplicável,
com cruel banalidade.
escorregadio,
despidos de sentimentos,
tiramos a roupagem,
a fantasia,
e sofremos...
E nos perdemos de tanto desamor.
As pessoas têm tratados as outras exatamente como tratam os cigarros: as acendem com ilusões; tragam tudo o que as interessa; e depois as descartam, como um filtro...
Tens o que precisa: o meu número está na sua agenda; meu endereço na fotografia de sua memória; a minha cama arrumada à sua espera; e o meu coração, esse não me pertence mais... O perdi quando te encontrei.
Se a vontade vier, venha!
Se não, não!
Eu não sei quanto tempo vai demorar para que eu te esqueça, mas eu me cansei de chorar a perda de amores que nunca foram meus.
Quem quiser ficar, fique!
Quem não quiser, adeus...
Sou exagerada, intensa, dramática, faço "tempestade-em-copo-d'água" e se você não aguenta alguém assim em sua vida, faça o imenso favor de nem cogitar a possibilidade de abrir a porta pensando em me deixar entrar pra ver no que vai dar. Dá que você sai ileso e eu vou me trancando cada vez mais pro mundo.
Quando você foi embora eu percebi que...
As estradas nem sempre levavam a algum lugar
Que os pássaros cantando de manhã iam desafinar
Que o olhar pra mim do cãozinho na rua muitas vezes era de dor
E que as flores às vezes não tinham cor
Então deixei um recado pra você...
Num olhar na janela vendo o sol ir embora
Andando na rua vazia numa noite sem lua
No trilho da estrada de ferro com andar de infinito
Num relógio parado no baú que parece que esqueceu mudar a hora.
E tempo foi passando...
E o seu rosto foi ficando difícil de sonhar
E nos dias de chuva seu abraço não veio mais me acalentar
E o seu cheiro não veio mais me lembrar
Lembrar de que amor realmente existe
E lembrar de que despedir-se não fazia parte do nosso trato
Do nosso trato de amor, do nosso trato de amar.
Mas talvez o amor seja isso:
Ter um trato de não amar
Amar totalmente,
Amar pra sempre,
Talvez, o amor bonito seja o que tem despedida
Com toda tristeza e melancolia que tem a partida
Talvez amar seja mesmo um trato
E que, como num teatro
Termine com aplausos ou lágrimas no final do ato.