Amores e Desamores
Sobre desamor tenho graduação e certificado de doutorado. Porém, minha teoria é, e sempre será o amor. Não gosto do pretérito e o pretérito imperfeito eu julgo como covarde. Sou imediatista! Cada batimento cardíaco é um tempo sentimental. Gosto de conjugar tudo no presente.
Haverá tempo de conquista
Haverá tempo de amar
Haverá tempo de perder
Amor em tempos revoltos
Que o vento trás do mar
Amar, amores, e um dia.
Deixar de amar.
O mundo é um espelho de nós mesmos, a miséria, a carência e o desamor apenas refletem o eu....tão simples assim ? Não, não é. As demandas exteriores nos bombardeiam massivamente e muitas vezes nos sentimos impotentes perante elas já que nossas próprias limitações nos sufocam. Talvez um olhar no todo poderemos parecer congelados, mas individualmente não. Estamos ligados sim com o amor, a paz a gratidão. No coração é onde acontecem nossas melhores transformações, é no nosso interior que as coisas mais belas desabrocham, é no âmago do nosso eu divido que vive a chama preciosa da nossa existência e apesar do mundo do lado de fora apesar das aparências nossa vida vive em amor.
Ao longo da minha vida posso ter sofrido, chorado e perdoado o amor.
Perdoei-me por acreditar nas falsas aparências que me davam, um abraço queimado transformado em cinzas, que negligenciaram as montanhas feitas ao meu tamanho e as fizeram ao seu tamanho, que se sentiram inteiramente perturbados pelo simples fato de eu ser eu.
Mas ainda cá estou, sendo eu próprio, trepando as minhas montanhas e ainda acreditando no amor.
"Estou em Guerra contra o desamor. Essa é a minha luta com palavras que consigam abalar o preconceito, o insulto, o bullying e a maldade que tanto nos destroem. Vamos ativar o modo coragem e ter amor próprio, mesmo se estivermos sós, mesmo se a dor por dentro ainda estiver doendo!"
O amor mesmo sendo verdadeiro, poderá enfraquecer se não for continuamente cultivado em um comprimento recíproco, sem o dissabor do descaso, caso contrário, ficará cada vez mais fraco e correrá o alto risco de ser transformado em dor, um sentimento de desamparo, do valor não reconhecido, um desamor sofrido, amargo, entretanto, graças ao Senhor, felizmente, com o passar inevitável do tempo, o coração partido poderá aos poucos ser curado até estar apto para amar novamente de um jeito ainda mais vivo, forte e sensato, amando intensamente, compensando aquele desgaste enfrentado.
Decididamente, encerrou alguns ciclos desagradáveis, regrados ao desconforto do desamor, a muitos conflitos rotineiros, aos desgastes sem sentido, então, pôde finalmente iniciar um novo ciclo, a fase almejada da sua metamorfose, da sua libertação, do reencontro consigo, de fortalecer o seu coração, fazendo valer cada batimento, deixando aos poucos de dar atenção para a opinião dos outros, daqueles que não a merecem, que não se importam de fato, que podem contribuir para sua destruição, pesos desnecessários.
Decisão que não foi nada fácil, cuja necessidade demorou para ser percebida, algumas lágrimas foram derramadas, constrangimentos vividos, experiências amargas, angústias na mente, feridas no coração, cicatrizes na alma, um fluxo contínuo de decepção, tudo isso muitas vezes em silêncio, várias palavras presas na garganta, falas não ouvidas, gatilhos para sua insegurança, que a fez perder boa parte do seu brilho, da percepção da sua relevância, colocando sua felicidade em risco, portanto, tomar uma atitude foi mais do que necessário, uma mudança imprescindível.
Despertar sem dúvida foi um desafio árduo, o que o torna bastante significativo, graças ao Senhor, o seu amor próprio voltou a brilhar ainda mais forte, renascido das suas cinzas, fortalecido por sua resiliência, retomou o seu papel de protagonista da sua própria história, uma guerreira genuína, um tipo de borboleta liberta, cercada por diamantes, pronta para desfrutar das suas asas, preservando a sua integridade, reconhecendo os valores a sua volta, um lindo vôo de liberdade, sendo amada por Deus, por si mesma e por outras pessoas maravilhosas, a bênção da reciprocidade, vitória transformadora.
Dizem e dirão que ela está diferente e certamente, têm razão, considerando que ela está mudada, mais madura, resiliente, segura com a sua essência preservada, continua sendo transparente quanto aos seus sentimentos, sua sinceridade, fala o que pensa, é espontânea, não esconde a sua personalidade, um livro aberto para todos, porém, a maioria é analfabeto a seu respeito, não estão aptos para tal leitura, está mais seletiva, não desperdiça o seu valioso tempo, as suas entrelinhas são para poucos, um notório amadurecimento.
Talvez
Talvez não seja ausência
Nem seja dor
Pode ser medo do seu desamor
Talvez não sinta alegria
E nem queira minha companhia
E percebeu, se enganou
Talvez seja mentira
Tenho medo que demore
A declarar verdadeiro amor
Talvez nunca declare
Nesse caso não tem jeito
Quando perceber que existo
Já não saberá a meu respeito.
Até hoje sem você minha vida se resume em desamor.
É como um barco sem mar ou um campo sem flor.
sempre triste vou as vezes triste venho.
Sem seu amor nada sou. J. E.
Que todo aquele que foi corroído pelo sofrimento, desamor e falta de fé, encontre alguém que lhe devolva a humanidade.
Hoje o texto vai ser diferente. Nada de melancolia, dessabores e principalmente desamores. Hoje é o dia de falar da pessoa com quem acordo todas as manhãs, a quem eu deveria dedicar a maior parte do meu tempo. Bem, quem é essa pessoa? Sou eu mesma! Amar a si mesmo não é ficar em frente ao espelho e cuspir um “eu me amo” made in Paraguai na frente dele, o amor-próprio tem que ser vivido a cada dia, hora, minuto e segundo. Quem se ama de verdade não perde tempo se preocupando com a opinião alheia, nem perde tempo guardando mágoas, e o principal, quem se ama de verdade não tem medo de cair porque sabe a força que tem para se reerguer e como diz um famoso samba “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Durante anos esqueci como me amar, quem me via andando pela rua não sabia o quão rancorosa e amarga eu estava, não tem aquelas senhoras amarguradas que se reúne com uma amiga e só faz reclamar o quanto que a vida é ingrata? Essa era eu. Estava criando uma terceira guerra mundial dentro de mim e mesmo que sem querer afetava as pessoas que me cercavam, discuti com gente que nunca me fez mal, passei a ver apenas o lado ruim de todas as pessoas, perdi alguns amigos, ou melhor, quando você está para baixo acaba descobrindo que existem certos “amigos” que a função deles é te deixar pior do que já está, mas sem mais detalhes porque eles não merecem lugar nesse texto. Mas, esse período ruim não foi apenas de perdas, pois ganhei amigos incríveis que me relembraram o mais puro significado da palavra amizade, foram meus curandeiros sentimentais, limparam minhas feridas, me deram um remédio tão eficaz que nem o melhor de todos os médicos seria capaz de receitar. O melhor de tudo é que eles estão comigo até depois da “cicatrização das feridas” e vão me ajudar a não procurar a quem me fere novamente. E com isso, aprendi que é impossível ser feliz sozinho, mas um grande passo para essa felicidade está dentro de nós: o amor. O próprio é uma derivação, mas não é egoísta, muito menos prepotente, o amor-próprio é um dos caminhos que nos leva a outros tipos de amores, nesse amor deixamos o passado no passado e tudo o que nos incomodavam se tornam meras experiências. Ainda não atingi o auge do amor-próprio, mas estou no caminho!
Desamorizar
Ai, Deus meu, desamoriza a mim
das convulsões do coração.
De paixão morrerei ébrio,
transbordando versos sem destino noite adentro.
Desamores aventurados,
de paixão bendita,
rapinante: rouba-me o sono e a seiva.
Arranca-me a paz revelando a crueza
de fatos não consumados.
Ai, ai, Deus meu...
Este amor contemporâneo estéril e descompromissado que troca de gente como o pensamento fugaz que se liquefaz na mente, enfim, a mim, não me serve. Toda vez que encaro saio mais doido do que quando estava, sozinho. Difícil equação de ser par isoladamente na contra-mão da usual antropofágica ilusão de por um momento, ser por ter.
"Se fosse para ser sensato no amor, ninguém cometeria loucuras. O amor é para os loucos e não para os sensatos. Permita-se!"
Era um amor que prometia ser o melhor de todos. Que suportaria tudo e passaria por todas as provas de fogo. Que viria a ser sempre um sentimento verdadeiro e continuo. Que era pra ser, mas foi apenas... Mais um amor feito de palavras, que o vento leva e o tempo apaga.