Amores
Meu desejo é que eu desperte,
amores, paixões, afetos...
não dores.
Mesmo em preto e branco,
que me vejam...
em cores.
Que me acusem de atrair,
mais amores.
Que eu desperte por aí,
mil amores.
Feito pólen em bico de
beija-flores.
Pra calcular o que você realmente vale, tire suas roupas caras, esqueça o carro que tem, a posição social e releve tudo aquilo que puder comprar.
Deixe apenas as experiências que viveu, os lugares por onde passou, os amores, as dores... Esqueça o concreto e fique com a alma!
Seu valor vem daí...
Sua ESSÊNCIA não tem preço. E essa meu caro, se não for boa... Não há dinheiro que melhore!!!!
Amores são como balões, ao escapar voam cada vez mais longe, cada vez mais alto, dificultando a sua recuperação.
E se de repente eu parasse de escrever sobre o amor. E se ao invés do amor eu passasse a escrever sobre os meus amores, todas elas?! Seria fascinante, uma viajem ao tempo, um mergulho nas lembranças; o dedo na ferida, o sangue coagulado, a cicatriz se abrindo. Eu saberia que ainda fazendo isso e juntando página por página, nenhuma teria valido o que valeu a minha Capitu. Não a de Machado de Assis e seu Dom Casmurro, mas a minha!
Pela
data do meu
nascimento...
Eu sou outono!
Por isso,
não levo comigo.
Folhas secas.
Sonhos demorados.
Amores impossíveis!
Tudo que me
causa volume
sem necessidade,
deixo-os cair.
Jogo-os ao vento.
E deixo em mim,
florescer,
sempre uma
nova primavera!
Se tem uma coisa que acredito é que amores antigos devem ficar lá onde estão, guardados naquela caixinha das lembranças boas – e ruins – que a gente abre aleatoriamente, se quiser e quando quiser, só pra não esquecer dos traços do rosto. Amores antigos são lembranças do que fomos e vivemos. Ninguém precisa apagá-las, mas também ninguém precisa revivê-las.
O que você acha de jogar na mesma fase do Mario Bros sempre? Não acha chato almoçar sempre a mesma coisa?
Deve ser mais ou menos assim voltar a um amor antigo.
Você já sabe como é, já viveu, não deu certo, e por um motivo ou outro passou. P-A-S-S-O-U.
Ninguém aqui está cuspindo no prato que comeu, não entenda mal. Mas todo mundo sabe que enquanto o velho, nesse caso antigo, não ir, o novo não virá.
E cá entre nós, todo mundo merece um amor novo e louco, se der. Todo mundo merece um novo alguém pra sentir aquele friozinho na barriga e lembrar antes de dormir, você não concorda?
Não quero amores eternos! Quero amores que sejam deliciosamente passageiros, que deixem marcas, feridas, saudades e o cheiro de perfume impregnado em minhas roupas.
É assustador a forma como as pessoas desistem umas das outras hoje em dia. Os relacionamentos estão tão superficiais que temo me apaixonar por "alguém" e depois descobrir que a pessoa não passava de um holograma computadorizado.
Como se desiste de uma pessoa que nunca tocou, beijou, sentiu o cheiro ou viu pessoalmente?
Como se baseiam essas desistências?
De quê maneira se decide não querer mais alguém que não se conhece?
Em meio a tanta superficialidade, o real assusta mesmo. Espero viver o suficiente para encontrar alguém real e falho como eu mesma. Porque num mundo cheio de pessoas "perfeitas", não sobra muito para aqueles que não o são.
"E quando a gente percebe que tá virando amor
a gente dá um jeito de se auto sabotar;
Negar intenções, sentimentos, vontades.
Controlar as palavras, as caricias,
não dizer que sentiu saudades.
Porque nos dias de hoje o amor deixou de ser simplesmente amor.
Complicaram o amar,
virou sinônimo de pavor.
Desde quando as pessoas precisam se afastar por medo de se envolverem demais?
Por medo de amarem demais.
Por medo!
Porque o amor vem acompanhado do medo, da insegurança, da perda.
Porque por trás de cada amor, tem a dor escondida;
Do inevitável, do incontrolável, do insuportável.
Sentir demasiado.
E ninguém aguenta o fardo.
Ninguém aguenta mais amar.
E duvidam quando são amados."
-Dizem que sou poetisa!
-Que poetisa é essa?
Que descreve coisas lindas...para os grandes amores , onde os mesmo se conquistam, e essa sua poetisa não consegue a ninguém conquistar como um verdadeiro amor...
Será que poetisa eu sou?
DIVAGAÇÕES
Divagando em minha teia de pensamentos
Enquanto tecia memórias
Quis saber qual palavra mais causa tormentos
Morte, dor, desprezo, escória...
Entre tantas mazelas
Lá estava ela
QUASE
Quase é a palavra
Palavra que mais maltrata
Quase passou no concurso
Quase chegou a tempo
Quase conseguiu o aumento
Um quase beijo
Quase amor
Quase se libertou
Quase foi escolhida
Quase ganhou a corrida
Quase, é a mais doída
Quase, jamais gera vida
Quase, é a palavra daquele que não alcançou
De quem não ficou e nem chegou
De quem se perdeu no caminho
Ainda em minha divagação, pensei
A água quase quente não serve pro café
Ah!! Uma vida sem café não dá...
Nem tem discussão. Né?!
EU QUERIA SABER
Quanto tempo o tempo leva
Pra água esculpir a pedra
O tolo parar de bancar o juiz
Perceber que ser aprendiz é melhor
Quanto tempo o tempo leva
Pra eu descobrir quem sou
Se sou uma ou se sou várias
Se a dor é minha ou do poema
Quanto tempo o tempo leva
Pra engavetar uma teimosa paixão
A violenta saudade domar
Uma ferida virar cicatriz
A ausência parar de doer
Leva, Tempo?
Leva!
ANTAGÔNICA
Anoitece lá fora
Enquanto eu amanheço
É inverno do outro lado da porta
O sol me aquece por dentro
No verão deixo que caiam minhas folhas
No inverno floresço
Na primavera aqueço
Desabrocho em qualquer ocasião
Já não obedeço estação
Não me adequei aos padrões
Sermões se tornaram vazios
Se desejam calor
Eu faço frio.
TEMPO
Às vezes tão lento
Quando tudo que queremos é que se vá
Leve as dores
Apresse as tempestades
Fica ele ali tal qual relógio com o ponteiro quebrado
Ora passa rápido
Como os números no cronômetro
Mal pode ser visto
Quando se percebe
O menino cresceu
A rosa murchou
Perdeu-se o trem
Nem foi dado o adeus
Tempo
Se passas lento como as borboletas
Ou ágil como os Colibris
Já não importa
Desisti de entender em qual asas vêm
Me ensine a voar contigo.