Amor, Tristeza e Desilusão
A CRIAÇÃO DOS NÚMEROS
No princípio criou Zero seu primeiro filho. A ele designou a honra de ser chamado "Um", sendo o único a torna-se coberto de amor até o fim de sua existência.
Eles viveram longos anos de felicidade, mas o Um achou-se único, e seu ego aumentava cada vez mais. Para não perder seu único filho, Zero trouxe a vida ao número Dois, que casaria com Um; feito e criado com um único intuito, amar e dissipar o ego de Um.
O tempo tornou a passar e o número Um não estava 100% satisfeito com a sua companheira. Motivado por seu enorme ego, começou a se imaginar com outra criação. Foi então que surgiu o número Três, criado pelo amor advindo da expectativa, sem passar pelas mãos do criador. O criador, ao perceber o que havia acabado de acontecer, se espantou, mas teve misericórdia do número Três e o deixou viver.
O Um muito amou os dois outros números, mas o criador percebeu que em uma relação a (três), sempre alguém saí ferido, corrompendo todo o amor da criação. Zero então pediu que Um escolhesse, e ele escolheu! Escolheu a número Dois, mesmo tendo criado o número Três.
A tristeza sufocou a alma de Três. Ela estava abatida, aflita e decepcionada. Sua dor era tamanha que chegou aos pés do criador(0), esse tomado pelo senso de justiça rompeu seu círculo perfeito, estabelecendo a partir daquele dia que os números seriam infinitos.
Pessoas são como um rio seco Frias e rasas por isso não se prenda fortifique seu emocional o suficiente para não ser dependente de ninguém
Uma estrela suspensa no ar. Uma outra estrela flutuando no mar. Estrelas cadentes encravadas no peito... Estrelas doentes apagadas no leito... Uma estrela emersa na água com olhos inertes e abertos cheios de mágoas. No éter - uma última mensagem. Nas águas - uma triste e dolorosa imagem. Uma estrela suspensa no ar pairando em perfeita harmonia. Uma outra estrela flutuando no mar em meio as águas escuras e frias. Uma linda estrela que se deixou levar ao encanto susurrante que veio do mar. A bela e jovem estrela em desespero entregou-se a sorte! - Causa da morte: Viu uma pequena estrela suspensa no ar!...
A ÓRFÃ
Sou órfã desde que nasci. Cresci e me apaixonei por um garoto, este, nasceu numa família estruturada. Se datava de uma manhã de 18 de novembro, tínhamos marcado de se encontrar na cafeteria que ficara há 8 metros de sua casa, mas ele novamente não apareceu, deixando seu bilhete de desculpas; um alento, seu vigésimo bilhete. Muito demorei para entender a razão de nunca tê-lo deixado; isto se dava por motivos que estavam impregnadas as minhas vísceras e perpassavam despercebidas aos meus olhos. Nunca o abandonei, por já ter sido abandonada. Nunca o deixei, por já ter sido deixada. Nunca o esqueci, por já ter sido esquecida! Contudo, abandonei a mim mesma permanecendo em algo que só me trazia dor, e me desculpe, não sou mais órfã.
DOR
Dor, uma palavra de significado forte
O que é a dor?
Perder um parente é uma dor?
Se machucar é uma dor ?
Não, dor é aquilo que não se pode curar
Uma ferida que não cicatriza
Uma ferida direta no seu ponto fraco
Uma ferida mental...
A real dor é a dor do amor
Aquela que destrói vidas em segundos
Aquele sentimento de tristeza
Que o marca para sempre
O vazio deixado pelo amor que se perdeu
Os sentimentos deixados para sempre
A quebra de expectativa
E a perca de esperanças
Isso é a dor.
Vai chegar um momento que vou embora para sempre, sem avisar nada, sem me despedir, apenas por um fim nessa vida sem cor. Amo todos que me amou, até mesmo aqueles que me abandonou, e me perdoa se eu for um(a) covarde quando esse momento chegar!
O CARRO VERMELHO
As pessoas não entendiam o porquê do meu choro incessável. Certamente, essa incompreensão se dera, pois, havia eu acabado de vivenciar o mais puro livramento de vida, ainda assim, isso não anulava nem um pouco a dor que me foi causada no acidente. Naquela maca de hospital pude perceber que pior do que não receber o amor da forma que compartilha, é ser enganado pelo próprio "amor". O carro da ilusão uma hora há de atingir um limite de velocidade tão alto que será impossível não bater em algum obstáculo, e foi isso que me ocorreu; lá estava eu, atravessando a rua, quando você veio descontrolado e me atropelou. Confesso que as cicatrizes ainda doem. Quando te vejo me olhar, enquanto estou sem fala e paralisado pelo gesso que envolve todo meu corpo, a única coisa que meus olhos refletem por você é aversão e desprezo. Mas, deixe-me encerrar esse relato da forma que queres. A culpa não é sua! Eu que lhe presenteei com o carro, que carinhosamente por ser vermelho, você chamou de coração.
BICICLETA
Por muito tempo andei com rodinhas, mas havia no meu destino, a lição de perdê-las antecipadamente. A vida, então, arrancou de mim as rodinhas que me mantinham equilibrado, e somente cai, cai e outra vez cai. Eu não tive escolha a não ser me entregar ao chão, conviver com ele diariamente, me abraçar no ardor da carne viva. Certa feita, a vida, enquanto me consolava como todas as outras vezes, teve misericórdia, e eu enfim aprendi a andar de bicicleta. As pessoas me viam andar tão bem, mas não sabiam de um terço das cicatrizes que ficaram no meu corpo após as quedas.
Eles admiram a minha força, mas se eu pudesse ter escolhido, jamais escolheria aceitar que tirassem as minhas rodinhas.
Minha vida aos poucos perdeu o querer. Vivo em coma, sobre o automático. Curo, mas não sou curado.
Entre as vastas personalidades que criei, já não sei quem sou, o que quero e o que me mantém a viver. Eis que agora rasgo o véu e enxergo as verdadeiras cores desse mundo. Bendita é a ousadia que me envolve a noite, maldita é a covardia que me agarra ao amanhecer.
Vejo as cobras rastejarem e logo em seguida subirem pelas minhas pernas, se algo aqui me põe a viver, é o amor pelos que me amam, e a esperança de encontrar, por eles, a saída dessa selva.
PREMONIÇÃO
Meus batimentos perdiam a força a cada dia que se passava. Você vinha me visitar, dava-me um beijo na testa e colocava mais uma flor ao lado da minha cama. Para você, todos aqueles gestos externavam seu amor por mim, mas nunca fôra isso. Nos últimos meses antes do diagnóstico, você nunca me deu uma flor, nem se quer um beijo na testa, tudo que sentia ao seu lado era ausência de calor.
Diariamente, deitada e enfraquecida, observei você achar estar me amando, quando a única coisa que eu enxergava em tudo aquilo, era alguém se culpando pela minha doença, alguém tão egocêntrico a ponto de achar ser a cura daquilo que não se cura. Seu coração palpitou por mim, mas não foi de amor, foi paixão. Economize essas rosas e os beijos na testa, ainda não estou morta.
Quando a dor se alastrou pelas minhas vísceras, teu abraço foi o principal responsável por saná-la. Seu ombro me valia mais que qualquer ouro ou diamante, havia ele acolhido a minha alma.
Vejo, agora, minha carne sangrar, e a vida de mim se sucumbir, eis que ao pé do meu ouvido, escuto o padre a proclamar, "Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.".
Às Vezes expomos o que pensamos como se nossas palavras fossem as únicas verdades entre tantos diálogos já proferidos... O reflexo da hipocrisia é achar que o silêncio de alguém serve como consentimento para tanta loucura sentida.
RAZÃO E EMOÇÃO
Sempre prezei pela justiça, mas meu julgamento não lhe foi justo. Talvez por isso a razão e a emoção, não se devem misturar.
Tudo que fiz foi baseado na expectativa, e não em quem de fato você era. Talvez por isso a razão e a emoção, não se devem misturar.
Não te tratei como todos, pois nunca te vi como todos. Aos meus olhos você brilhou em meio a multidão, mas te julguei nos meus parâmetros de sofrimento. Talvez por isso a razão e a emoção, não se devem misturar.
Se pudesse agora te falar algo, nada falaria, somente olharia nos teus olhos, enquanto fôssemos envolvidos pelo silêncio. Talvez assim a razão e a emoção, não conseguiriam se misturar.
Um dia estarás morto,mesmo estando vivo, e teu coração sonhador e solitário então sangrará, mas com a tinta rubra do sangue da desventura, pintarás poemas da esperança de um amor eterno.
Está tudo tão denso, a ausência de afeto e empatia está tão grande, que não se trata de forçar uma felicidade, mas não deixar a tristeza vencer.
Re Pinheiro
"você olhou no fundo dos meus olhos com aqueles seus olhos castanhos que eu achava a coisa mais linda do mundo e disse que eu tinha mudado a tua vida pra melhor
então por que foi que você destruiu a minha?"
Desde filhote 🐕 ele me conquistou, ao poucos e hoje sinto um pouco de medo e pena de deixar-lo triste, porque ele tem a mim como família e para ele, deve senti o mesmo senti medo, e triste de perde, seu lugar em está comigo.
"Eu vi a paisagem e não resisti, à beira do abismo eu gelei.
Refleti por um momento e por um eterno segundo, eu hesitei.
Não resisti, nas suas lembranças me lancei.
Lembrei-me de quando cada palavra sua, fazia-me dos seus sonhos, o rei.
Nem sobre as nuvens eu me senti tão perto do céu, como nas vezes em que te amei.
Vislumbrei a vastidão, me encantei com a beleza das coisas que o Deus fez.
Mas só vi perfeição na beleza do mundo, uma única vez.
Quando fitei os seus olhos e ali mesmo me apaixonei.
Ali, logo ali, eu não deveria, eu sei.
Mas nas lembranças, nos sonhos de contigo, uma vida, me lancei.
Eu era feliz, eu sei.
Mas na beleza do oceano, existe o seu eu profundo e aí existem perigos, eu sei.
O coração parvo, encantado, louco, enganado, não quis me ouvir, mas eu avisei.
Que seu amor era passageiro, como às nuvens aos meus pés, que a pouco narrei.
Ali em cima, eu vi o mundo, eu vi você, quem sabe Deus? Talvez.
Lembrei-me do seu olhar e como naquele dia, não resisti, eu gelei..." - EDSON, Wikney
"Se não nos merecemos, então quem nos merece?
Você foi o melhor sonho não realizado, aquele que o peito não esquece.
É perigoso falar de amor, quando o amor nos queima a pele.
Sentimento louco, não tenho seu abrigo, a vida é uma intempérie.
Cada palavra escrita, cada palavra não dita, corta a árvore da esperança e a saudade cresce.
Por ti, em silêncio roguei, implorei, fiz aos céus minha prece.
Em desespero, quando não atendido, entreguei-lhe a minha alma, rasguei minhas vestes.
Fria como gelo, bela como neve.
Talvez meu coração não seja digno e nesse jogo, só o meu não percebe.
Talvez, de mim, também não seja, por entristecer, quem lhe faz o coração alegre.
Mas se não nos merecemos, então, quem nos merece?" - EDSON, Wikney