Amor, Tristeza e Desilusão
Não pretendo ficar triste ou muito menos cansado quando as coisas não dão certo. Elas nunca disseram que dariam certo. Apenas pensamos demais, sofremos demais, criamos expectativas demais. E tudo que é demais, transborda pelas bordas.
Você se apaixona e nem sabe se isso é tão bom assim. Os fins não dizem suas datas, a tristeza da perda não diz quando irá embora e a solidão nunca dá espaço pra você respirar. É uma droga, amar é uma droga que vicia. Talvez eu deveria me perder nos seus braços e nos seus lábios. E por que não? Você é tão doce, tão fofa, eu não quero possuir abstinência de uma droga que anda e fala.
Sempre me pergunto sobre perdas, decepções, dor, tristeza, vazio, saudade, silêncio, arrogância, ruindade, melancolia, rancor, ilusão ou qualquer outra coisa que explique a humanidade, talvez a falta dela. E admito, não é fácil de entender. Quando alguém está com raiva por muito tempo, todo esse ódio começa a mudar o mundo. E isso não é um engano, é pessoal.
As pessoas já são tristes por elas mesmas, e eu não quero me afogar na paranoia da culpa. Estou drenando minhas emoções, sem lugar nenhum para depositar as mágoas.
Chorar de verdade não significa estar triste. Às vezes, apenas estamos felizes sem saber como dizer ou demonstrar isso. Batemos tanto no edifício da negação, que acabamos criando miragens onde não existem desertos. Em desacordo, sorrir não tem nada a ver com a felicidade. É possível estar aos cacos por dentro, permanecendo extasiado por fora.
Acontece esse mal, essa tristeza, esse desânimo de carregar os cacos pra ver se mudamos algo. E sempre mudamos, mudamos ao olhar a chuva cair na janela, ao caminhar, ao pensar que somos os mesmos, ao sorrir com a chegada de um novo alguém. Sempre faremos esse papel de trouxa, mas de vez em quando dá vontade de dobrar ele, guardar no bolso e ir atrás de abraços como o seu. Eu sei que sou idiota também, eu sei, eu preciso de algo pra me sentir assim.
Às vezes me lembro de quem partiu. Um, dois. Silenciosos, sem dizer adeus algum. Essa era a triste verdade, todos viraram pó na memória. Mas por fim, eu não saberia dizer se eles me procuraram, sentiram minha falta ou fingiram não precisar. Essas três verdades absolutas não explicavam grandes coisas. Aliás, não explicavam absolutamente nada. E eu? Eu tentando entender de tudo, sabendo de menos.
A triste verdade é que todo mundo é egoísta, por mais insensato que isso pareça, as pessoas são egocêntricas. Geralmente por desejar bem-estar ou prazer, às vezes apenas para conservar a sua existência. É um fato e por mais que alguém negue, lá no fundo do poço existe um narcisista desesperado querendo salvar a si mesmo. Mas é aí que muitos se enganam, sabe por quê? As fichas sempre caem e nem tudo é movido por algo banal. Eu mesmo já optei por conhecer as cartas do jogo sem ninguém suspeitar. Pelo menos uma vez na vida o egoísmo é aquilo que move o ser humano até determinado objetivo, aceite esse fato. É inegável. A maioria pode até entrar em colapso, ficar de mau humor, possuir ódio e ira ao compreender o inevitável, mas a triste realidade é que todos nós estamos doentes e aprisionados na mesma quarentena.
Sempre existirá um fim, uma triste regra que não irá mudar a lógica da vida. Só que ficar nesse vai e vem, nessa agonia e nessa indecisão não faz o meu tipo. Basta bagunçar ainda mais, porque apesar de existirem poucas razões para prosseguir, ao prosseguir, encontramos coisas para aproveitar. As pedras que alguém atirou, as palavras que alguém disse e as oportunidades que tantos outros perderam são verdadeiras lições de como aprender a ser uma pessoa melhor. É isso que nos torna humanos.
A coragem da tristeza golpeia minhas escolhas e jorra um ciclo de dor dentro de mim. O orgulho torna-se inquestionável quando a raiva flui do coração. Há um mundo de luto que conserva o silêncio da vida e paralisa o vórtice da ignorância. Convicção inabalável que despenca sobre o rio do tempo e ecoa até a dádiva da culpa. Lacunas de solidão que ocultam rostos e nomes e forjam o inverno da alma. Manhã fria que me aquece em seus braços e empunha o segredo dos sonhos. Vergonha do passado que despedaça as paredes da confiança e condena o reflexo da vida. Vazio que preenche o sussurro do vento e envenena o sangue corrente nas veias. Inteligência que jaz ao gosto de mentiras e transfigura o inexorável poder âmago do tempo.
"" Não fique triste quando eu for
assim como o vento, também passarei
deixarei lembranças
que sejam boas
eternizadas pelo amor que um dia nos uniu
não derrame uma lágrima. Sorria, seja feliz
assim como sempre gostei de te ver
entenda que era preciso
eu sei, eu sei, pode ser difícil
mas será a forma de mostrar que eu fui legal, fui livre
e essa liberdade que tive
foi o que me fez ficar
e ir além do meu próprio destino
contigo, até o fim....
"" Como é triste esperar algo de alguém
sonhar com um sorriso, um abraço
ter somente um pouco, uma migalha
se dar sem receber nada em troca
lamentável
Às vezes penso no desamor e sua função
é claro que ele existe e faz das suas por ai
mas e o beijo, o amor, a festa
onde se escondem para não agraciar
tão fácil e bela suas presenças
basta compreensão, carinho
e tudo irá bem, mas o desamor
ah !! maldito desamor
sempre presente
querendo levar o pouco que conquistamos... ""
Meia hora antes e quanta tristeza poderia ser evitada. São tantas seitas, gurus, religiões; tanto estudo, tanta tecnologia e nada nos antecede meio minuto a frente. Creio que este é o maior desafio que a espécie humana tem pela frente.
Apenas para pensar: onde estão os sensitivos, paranormais, bruxos, feiticeiros e congêneres?
Existe um caminho, nossa essência anuncia. A questão é como percorrer a trilha que revelará o misterio. O que abrirá as abas do tempo, unindo tecnologia, física quântica e fé?
A resposta eu não sei mas é fato que estamos atrasados.
Quantos de nós ainda morrerão até sabermos o minuto seguinte?
-Next!
Carta para mim
Olha só. Por um instante reveja. Já se foram alguns anos. Já se foram tristezas, se foram alegrias.
As fotos da infância não mentem: passou, mudou e você nem sabe mais quem é.
A maioridade surge com todas as responsabilidades do mundo, certamente não como você imaginava.
Aos doze anos você aguardava ansiosamente pelos quinze, aos quinze desejou pular para os dezoito, e aos dezoito, você se sente perdida.
Olhe para cá agora, eu sou o seu futuro, o que você espera de mim?
Notei brevemente o seu distúrbio de personalidade. A sua dualidade e dificuldade em fazer decisões.
Mas acredite, há algo reservado em teu nome.
Como é sentimental. Sim, você controla muito bem suas emoções e sabe a hora de as expôr.
Poucos compreendem o quanto é sensível e o quanto precisa de apoio, mas eu sei, eu acompanho as suas noites mal dormidas e enxugo as suas lágrimas.
És forte. Tens uma imensa fortaleza dentro de si. Enfrenta fantasmas e monstros todos os dias. Aqueles criados pela sua mente e também aqueles que são colocados no seu caminho pelas pessoas.
Aqui estou você. Aqui sou você. Aqui sou seus planos e sonhos.
Não tenhas medo. Encare, como sempre fizestes.
O outono cobre o jardim com seu manto de solidão,
e expressões tristes se formam nas faces dos que acreditavam.
Com um olhar estático, encaram as folhas perdidas no chão,
notando que também perderam o que mais amavam.
A constante cromática germina no céu dos personagens,
que deleitam-se em guerras, e sofrem na paz,
contemplando sua velha e falsa salvação,
enquanto conservam o ciclo do quadro em transformação.
O inconstante procura seu ninho acromático,
onde os anjos entregam-se a pecados angustiantes.
Pinta o amor com sua paleta gradiente em vermelho,
cujos tons há muito tempo deixaram de ser vibrantes.
Marcados por pincéis finos que deixam rastros,
as obras moldam-se ao meu bel-prazer.
Satisfazendo-se com a opressão iminente,
pois aos seus pintores devem obedecer.
É de competência de tua tristeza o exagero e a saliência do ódio, das dúvidas, das precipitações, do ceticismo e da vaidade. O que me compete é exatamente o que me cabe produzir na fé, no amor e no perdão... toda minha protuberância.
SONETO VAGINDO
Na saudade a alma não canta
Chora, e triste fica o triste riso
O peito pulsa numa dor tanta
Que o nada se torna conciso
A memória vem e nada espanta
A vida se encolhe num improviso
A alacridade deixa de ser santa
E a solidão surge sem dar aviso
Quando a saudade se agiganta
O olhar se perde nu, no infinito
Tão frívolo, que não hei escrito
Aí um nó se enlaça na garganta
A lágrima pela face sai a procura
Dum vagido, pra banzar a tristura
Luciano Spagnol
09/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano
Eu estava perdida
confusa e recolhida
bastante desiludida
Em plena solidão
entregue a escuridão
Foi quando você me olhou
e não me ignorou
E com um doce olhar
e um tímido sorriso
começou a me chamar
Você cuidou de mim
me trouxe luz
regou as flores do meu jardim
Sem me do você chegou
se aproximou, e me aceitou
do jeito que eu sou.
Agora só posso desejar te recompensar
e por toda minha vida te amar.
Rodeio-me de pensamentos positivos, busco sempre à autoestima elevada, assim a tristeza e a infelicidade, passam a se inexistentes em minha vida.