Amor Sufocado
DOR DO MOMENTO
Há solidão sem fundo, há sofrer tiranos
Mais sufocantes que a cruel desventura
Sentimentos loucos, cheios de amargura
E as saudades mais extensas que os anos
São tormentos sem piedade, são danos
E as sensações na alma vazia de ternura
Eu as renuo... e a está árdua sorte dura
Que augura na poesia versos profanos
Devaneio, sim, e só assim, somente
Saio do algoz versejar tão cruento
Que me fere no tratear lentamente
Oh! gemidos assim jogados ao vento
Que chora e dói na emoção da gente
Leva pra longe todo este sofrimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/09/2020, 10’07” – Triângulo Mineiro
TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)
Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito
Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...
Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!
E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Amar-te foi um dos gestos mais lindos que já havia vivido, mas também amar-te foi uma das coisas mais sufocantes que já guardei dentro do meu coração.
"As coisas são simples, nós é quem complicamos, abraço gostoso é carinho, abraço exagerado é sufocante, amor é respeitar limites e não impor regras. Quem muito quer ter razão, as vezes deixa de ter algo muito mais importante: a paz.
Desejo carinho, amor e respeito, na medida exata da felicidade. Apenas o suficiente e nada mais!"
Pois não és mais tú, o homem de meus delírios apaixonados. Sua lembrança é agora, pálida memória sufocada. De tempos em que as palavras amor e ódio descreviam nossas vidas.
NA TEMPERATURA CERTA
E se de repente
Eu chegar de mansinho
Te fazendo carinho
E no outro dia sumir
Não se assuste neguinho
É que eu gosto assim
Nem muito quente
Nem muito frio
Na temperatura certa
Que o desejo se manifesta
Calor demais sufoca
E o gelo empedra
Para haver um equilíbrio
Vamos deixar uma área livre
Porque tudo deve ter limite
Esse espaço é necessário
Para um relacionamento saudável
Mas se não der pra você
Então não da pra mim
É do desapego que eu estou afim
Não pense em me possuir
Eu nasci pra respirar
O ar mais leve, livre, e solto
Feito um pássaro ao voar
No seu mais sublime conforto
[06/05/2015]
Outro lado da empatia.
Achava que empatia era uma dadiva, um sentimento que todos devíamos ter, que com ela o mundo seria um lugar melhor, mas não ela pode nos agonizar, trazendo sofrimentos que não é nosso, mesmo que temporariamente, isso é horrível, temos sim que ter compaixão por todos e tentar ajudar o máximo, mas não se sufocar pelo sofrimento alheio, já temos os nossos próprios pra nos atormentar.
Não é à toa que o verbo amar
começa com a letra "A"
e termina com a letra "R",
formando a palavra AR .
Porque amar te dá ar,
sempre te leva às alturas.
O amor não te sufoca,
não limita os seus sonhos
não quebra suas asas.
Se tirar o "ar" de amar,
só sobra a palavra "ma".
Só sobra coisa má.
Fio a fio
Me interessa nesta viagem
o eco de algumas falas
Falas leves como plumas
que na alma enobrecem
Ouço o barulho tocar
És o barulho do vento
Flores que dançam o tempo todo
Sincronizando o momento
Bocas que se calam
Com abraços que compreendem
Olhos que se declaram
Quando o sorriso está ausente
Amor seguro sem algemas
Como voa o passarinho
Chega ao arranha-céus
Sendo vento nas folhas
Poema Autoria: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 14/02/2020 às 20:00 hrs
Manter créditos de autoria original #Andrea_Domingues