Amor Sincero e Nao Correspondido

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Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos
PESSOA, F. Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática. 1944 (imp. 1993). p. 84

Na vida e no amor, não temos garantias. Portanto, não procure por elas. Viva o que tem que ser vivido. Sem medos. O medo é um dos piores inimigos do amor e da felicidade.

Arnaldo Jabor

Nota: Autoria atribuída a Arnaldo Jabor.

Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e, sinceramente, não sei o quanto isso é bom atualmente. Talvez esse seja meu pior defeito.

Se Me Ama de Verdade
Não deixe para Mostrar este Amor depois
Pois o Depois, poderá ser tarde "Demais".

Se Me Ama de Verdade,
Não me digas, "me preocupo com você" ...
Mas sim, esteja ao meu lado sempre,
pois juntos, dividiremos e superaremos as adversidades do dia-a-dia.

Se Me Ama de Verdade,
Não espere eu te chamar para um passeio...
Pegue-me pelas mãos e me faça uma surpresa
Me leve para qualquer lugar,
pois por mais simples que seja o mais importante,
Será ao seu lado, sempre estar.

Se Me Ama de Verdade,
Se me sentires triste, não me digas "não fique assim" ...
Brinque, conte-me uma piada e
Tente arrancar aquele sorriso dos meus lábios,
Me fazendo esquecer, pelo menos, naquele momento,
O que estiver doendo em minha alma.

Se Me Ama de Verdade,
Não me digas
Vou tentar te ajudar no que for possível...
Me mostre que está tentando o impossível
Pois para quem ama, o impossível é pouco,
Mas vale sempre a intenção, e jamais esquecerei que um dia,
Você pelo menos tentou.

Se Me Ama de Verdade
Não me digas, "quero te beijar" ...
Corra para os meus braços e me beije loucamente
Como se fosse sempre a primeira vez
Em que com ele você me enlouqueceu.

Se Me Ama de Verdade
Não me pergunte, "quer fazer amor comigo?" ...
Me arraste para e contra você, viremos um só.
Me encante com todos os seus encantos,
Me ame arrebatadouramente,
E me eleve aos céus, e depois repousaremos nas nuvens.

Se Me Ama de Verdade
Não me digas que um presente não pode me comprar,
Seja lá por que circunstância for ...
Mostre simplesmente que se lembrou, que aquela data,
Era muito importante para mim.
Pois já estar ao seu lado, é o maior presente
Que recebo de você, diariamente.

Agora, Se Me Ama de Verdade
Não me digas simplesmente "Eu Te Amo" ...
Jamais me mostre este amor apenas com palavras.
Pois as palavras, o vento as levam.
Mostre-me este amor
Com toda a sua capacidade de amar,
Com seus gestos, seus carinhos, e principalmente
Com as suas atitudes mais inesperadas
Que me surpreendem e até roubam-me algumas lágrimas
Lágrimas estas de felicidade, pois sentirei sempre em Você
Que Você Me Ama "De Verdade"

Quanto a Mim, me dê a chance de lhe mostrar
O tamanho do Meu Amor por Você,
Mas não lhe mostrarei por Simples Palavras
Me entregarei a você de Corpo e Alma
Porque Eu, Te Amo de Verdade

Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...

Caio Fernando Abreu
ABREU, C., Pequenas Epifanias

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.

Luís de Camões
Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

Cecília Meireles
MEIRELES, C. Poesia completa: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

Paulo de Tarso
Bíblia Sagrada. 1 Coríntios 13:1-13

Nota: Tradução de João Ferreira de Almeida (Atualizada)

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AMOR

Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

Paulo Leminski
Caprichos & Relaxos

Você só saberá realmente o que é o amor, quando lhe perguntarem sobre ele e você não pensar em uma definição, mas em um nome.

Há certas horas, em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama. Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer...

O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras.

O meu amor agora está perigoso. Mas não faz mal, eu morro mas eu morro amando.

Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.

O amor só é amor se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar.

Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido a provas e até rejeitado.

Nadir Beltrão

Nota: Trecho de um texto de Nadir Beltrão. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Chico Xavier.

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Canção do amor que chegou

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

Vinicius de Moraes
Letra da música "Canção do amor que chegou", composta por Vinícius de Moraes e Carlos Lyra.
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Todo amor é eterno e, se acaba, não era amor.

Nelson Rodrigues
Memórias - A menina sem estrela, 1967.

Onde aprender a odiar para não morrer de amor?

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O búfalo.

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Aprendi... Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.