Amor Sincero e Nao Correspondido
Se me perguntassem antes porquê amei, lhe daria grandes motivos.
Até que um dia amei de verdade.
E ao ser questionada da mesma maneira, lhe diria apenas que foi inevitável.
Sonho
sonho em tê-lo
sonho em conhecê-lo
sonho em te descobrir
sonho em te fazer rir
sonho que me queira
sonho em botar lenha na nossa fogueira
sonho em construir algo com você
mas quem exatamente é você?
te vi pela primeira vez
e me apaixonei
vai dar certo? talvez
mas ainda não sei
ao mesmo tempo que sorrio ao te ver
choro em não te ter
meu sentimento é complicado
mas pode ser justificado
agora sonho em te esquecer
sonho em não te querer
sonho em não te amar
nem te cumprimentar
sonho que você tenha sido apenas um sonho
porque se for real é medonho
e acabo perdendo o sono
e de novo me apaixono
Se alguém te ama, vai te amar pelo que você é. Aquele que o ama gosta de suas peculiaridades. Ama seus trejeitos, seus medos e sua coragem.
Aquele que o ama vai te ajudar a curar suas feridas, vai te acolher nas horas precisas sem precisar você pedir, porque partilha com você todos os sentimentos.
Não deixe de amar pela falta de amor dos outros. Não deixe que a sua intensidade seja ofuscada na rasidão de ninguém.
O amor é puro, é cura e aceitação. Não mude, não aceite menos do que merece, não se deixe enganar. Continue com sua essência, uma hora um amor de verdade aparece na sua vida e te fará superar todos os vazios deixados pelas pessoas que não sabem amar. Seja sol, lua ou estrela, mas seja você!
Tento me valer das coisas que você me diz
Mas a minha ansiedade chega e te contradiz
Harmoniza minha insegurança
Faz a esperança aqui se dissipar
E no meu peito espinhos se esforçam em dilacerar
- O Que Não É Amor
Me abro sem cobrar ingresso
E à ti declamo um verso
P'ra você ficar
No som, a nossa canção
Cheia de emoção
P'ra te emocionar
Mas nem ficas, nem choras
Nem sei mais o que fazer
Me dou inteira p’ra você
Chego até a esquecer de mim
E nem assim p'ra você me assumir
- Devota
Hoje a praia tá sequinha
Já estou prontinha
P'ra me bronzear
Sua cerveja está aqui, mofada
A ostra, temperada
É só você chegar
Mas nem bronze, nem breja
Nem sei mais o que fazer
Me dou inteira p'ra você
Chego até a esquecer de mim
E nem assim p'ra você me assumir
- Devota
Já comprei o nosso vinho
Um pinotage seco
D'África do Sul
Coloquei, na tábua de frios
Seu queijo predileto
Eu te quero nu
Mas nem bebes, nem comes
Nem sei mais o que fazer
Me dou inteira p'ra você
Chego até a esquecer de mim
E tu aí... Só pensa em me iludir
- Devota
Às vezes tenho vontade de abandonar tudo
De ficar sozinha no meu interior
Ter meu coração em paz
Meus pensamentos longe de qualquer um que seja.
Mas isso só acontece de vez em quando, pois sou muito intensa, e por ser intensa, não aceito "qualquer" amor...não aceito essa solidão.
Quero alguém ao meu lado que seja digno do meu amor, do meu carinho, da minha intensidade.
Almas gêmeas...
Acabei de acordar e comecei a pensar o quanto devo ser grata a vida.
O universo em sua infinita grandeza me presenteou você,
E eu o recebi com todo o meu amor! Eu amo cada célula do teu corpo e as sinto pulsar e vibrar em sintonia com as batidas do meu coração.
Tua respiração ofegante ao meu ouvido é como se fosse a mais bela canção que ainda não existiu e eu sou a única que consegue ouvir, porque ouço com os ouvidos do amor puro e eterno...
Teus olhos são límpidos como as águas do Egeu e neles eu mergulho e fico hipnotizada deixando claro a todos que estão ao redor que eu te amo e que sou totalmente tua...
Teu toque me faz estremecer, eu sinto como se estivesse em outra dimensão nossos corpos se entrelaçam e nos tornamos um só corpo. E isso é lindo, é mágico é surreal!!!
Tu e eu somos muito mais que o encontro de duas pessoas, somos o encontro de duas almas que com certeza já viveram um grande amor em outra vida e que agora voltou para continuar juntos...
Tudo em ti é belo!
Eu te amo!!!
Chega a ser cômica a indignação delas.
O que posso eu fazer, se amo é ela?
À ela, ofereço um universo; a estas, fragmentos, quirela.
A vida já teve alegria, hoje são só mazelas.
Hoje é velório, o que outro dia fora festa.
Sua ausência transformou em gris o que um dia foram cores, aquarela.
Os sonhos da chuva de arroz, o arremesso do seu buquê, ainda infectam minha mente, como bactérias.
O branco do vestido antagoniza o negror do meu luto, parece-me, drenou a minha resiliência.
Desalento, mau agouro, infelizmente fiz do teu abraço a minha residência.
Outros amores? Parcimônia.
Pinto nosso futuro, como um pintor, em uma tela.
Seu amor é prisão, frio, como uma cela.
É engraçado, quando me recordo de tudo que já fiz para ser dela.
Mas cômico mesmo é a indignação delas.
O que posso eu fazer, se amo é ela?
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o farfalhar das folhas, o doce e sereno bailar das árvores.
Odeio o bafejar do vento, que me assopra a face.
Odeio o pôr do Sol, cuja beleza sublime me remete a ela, minha beldade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio o cantarolar dos pássaros e a balbúrdia da cidade.
Odeio tantas coisas, mas eu odeio mesmo é essa distância, nossa saudade.
Odeio a mentira, mas, por tantas vezes, também odiei a verdade.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio ter que me reencontrar todas as vezes em que me perco no castanho dos seus olhos, meu mar de serenidade.
Odeio sua boca, pois, mesmo estando tão perto da minha, a distância que as separa vai daqui até Marte.
Às vezes, odeio amar-te.
A verdade é que eu odeio o fim de tarde.
Odeio meu corpo, pois quando está deslizando sobre o seu, me queima a pele e an alma arde.
Odeio toda religião, pois fiz somente de ti minha divindade.
Odeio as estrelas e a Lua, porque o brilho e a palidez me lembram suas fases.
E por lembrar-me amiúde de ti, amada minha, é que eu amo o fim de tarde…
Como posso eu ter calma?
Sendo que o coração que jurou-me ódio, sei que me ama.
A mesma boca que deveria despir só o corpo também despe a alma.
É amor de peito o que deveria ter sido só amor de cama.
Na madrugada não sou eu, é só o lençol, que por ti clama.
Do que me adianta?
Um amor racional e uma paixão insana?
Perdoe-a, pai, pois ela não sabe o que sente, não sabe a quem ama.
Ela sabe que, a cada toque, meu nome ela chama.
As labaredas, o ardor dessa paixão, o meu ser inflama.
Amá-la transformou-se em blasfêmia.
Nessa cacimba de amarguras, morro e vivo um dilema.
E vivendo tudo isso, como posso eu ter calma?
O cheiro da noite só me causa dor.
Me lembra teu perfume, relembro o seu ardor.
Era intensidade de alma, intensidade de corpo, intensidade de amor.
Eu sei o que sou.
Posso ser louco, demônio, sua divindade, herege, pecador.
Olho o céu, quando chuva, sou gris; quando Sol, sem cor.
O peito, que um dia fora só paixão, hoje parece-me, ser só rancor.
Lembro-me que cada toque, cada beijo, trazia à sua face, aquele belo rubor.
Ébrio de paixão, o meu ser era só furor.
És a mais bela das flores, mulher, hoje eu invejo cada beija-flor.
Fui escravo de um coração, o qual acreditei ser o senhor.
Nem do império, que fantasio contigo, posso ser o imperador.
Só me restaram as vazias palavras, acabou-se meu pundonor.
Das minhas falácias, eu mesmo sou o trovador.
Vislumbro o horizonte e vejo o Sol se pôr.
Ali eu sei que vai se iniciar o meu torpor.
Pois quando a noite vem, o cheiro dela só me causa dor…
Sou prisioneiro do que fora dito, escravo do que ficou por dizer.
Sonho com as palavras que ela não disse, meu pesadelo é sem ela viver.
Ser feliz sem ela, ilusão do meu ser.
O ardor que existia naquele olhar, hoje é um todo blasé.
Dor, sofrimento; à minha existência, já não existe mais prazer.
Ver para crer.
Crer para ver.
És a mais bela, és perfeição, és um coral de anjos, mas o que sou sem você?
Pra um amante da razão, graças à sua ausência, até a loucura estou tentando entender.
Em um quarto escuro, devaneio um futuro impossível e escrevo palavras que sei que ela não vai ler.
A cada dia, a cada hora, a todo minuto, eu luto pra aquela lágrima não escorrer.
Enxurrada de emoções, cacimba de desgosto, poço de dor, o que um dia fora o meu bem-querer.
De dentro da cela dessa paixão, fito a janela e não vejo um novo amanhecer.
Longe do fulgor do seu olhar, não me existe um alvorecer.
Para o meu desalento, os grilhões desse sentimento, sou incapaz de romper.
E por isso fiz-me prisioneiro do que fora dito, quiçá, escravo do que ficou por dizer…
Ela é vilã.
Ela é má.
Ela levou-me até a culpa.
Levou-me também a chance de me desculpar.
Levou com ela o meu perdão e também levou a chance d’eu a perdoar.
Cada face que olho, a cada toque em minha tez, a cada beijo recebido, ela está lá.
Mesmo que ela me deixasse a culpa, eu não saberia a quem culpar.
Ela é vilã.
Ela é má.
Pois ela se foi, mesmo sabendo que é meu Sol, minha luz, meu ar.
Hoje, a loucura tomou conta do meu eu, pois sou grato a essa dor, por fazer-me dela lembrar.
Embebido em devaneios, aquele abraço deu espaço à solidão, e é nela que hoje faço o meu lar.
Pecador que sou, tomei a liberdade de mais um dos capitais criar.
O oitavo e pior dos pecados do homem é amar.
E por pecar demais, do purgatório da sua ausência, não poderei escapar.
Na história que fantasio entre nós dois, estou sempre perdendo, mas não canso de lutar.
E nessas mesmas histórias, ela é a vilã.
Ela é má…
A coisa mais difícil que existe é confiar em mim mesmo. Mas também, como posso confiar em alguém que ama de todo ser alguém como você?
O que interliga as pessoas entre si e aos seus anseios, as buscas, paixões, ilusões, desilusões, amarguras, felicidades, maremotos internos, zangas... é, nada menos que seus interesses, estamos intimamente conectados por interesses....
In, No monte das virtudes
Tudo o que fizemos.
Tudo o que vivemos
Somos tudo, somos um, somos os livros que lemos.
Amnésia é livramento.
Tirar você do pensamento.
Inimiga, saudade; aliado, o tempo.
Em cada beijo, em cada toque, eu te fazia um juramento.
Abdiquei das palavras, pois, de tão vazias, elas se foram com o vento.
Amor é ambíguo, prazer e dor, juntos; sofrimento.
Crer em nossa felicidade é o que me torna ingênuo.
A sua presença queimou-me a alma, e nem as lágrimas da sua ausência foram capazes de apagar o incêndio.
Rogo aos céus, imploro ao Deus, uma única chance de poder fazer tudo aquilo que nunca fizemos…
Recordo-me, minha amiga, que naquele dia, naquele instante, eu a fitei com os olhos de completo desejo. Senti-me um louco por fazê-lo, mas também, amiga minha, qual homem nessa terra de horripilâncias não o faria? Ao fitar tal beldade, tal arte desnuda, ela parecia-me ter uma beleza crua, ela parece que nunca fora tocada por essa terra impura. Sei que sou o sal, o pó da terra, minha amiga, sei disso. Às vezes o sei mais que qualquer outro ser, nessa mundana pintura; mas aquela mulher, minha cara, ela fora esculpida em mármore, quiçá em carne, pelas mãos do próprio Deus. Eu sempre acreditei que em seu reino sobre os céus, Deus não tinha nenhum filho preferido, até vê-la naquela tarde quente de outubro, minha amiga, onde o mundo ardia, queimava, e ao fitar-lhe, lembro-me, minh’alma gelara, senti um suor congelante, as mãos frias. Eu, que não acreditava, hoje creio em Deus e em amor à primeira vista e creio não por crer, mas sim porque o sentira...