Amor-próprio e Egoísmo
Você não é egoísta só porque decidiu colocar suas necessidades em primeiro lugar. Cuidado com as mentiras que te contaram!
Existe uma diferença entre necessidade e desejo: necessidade é a privação de alguma satisfação básica de sobrevivência e desejo é capricho específico.
Então quando você coloca uma necessidade sua à frente de um desejo do outro, isso não é individualismo, mas amor-próprio e instinto de sobrevivência.
Todo mundo é egoísta às vezes. Em situações extremas, de sobrevivência ou onde há muitas coisas em jogo, o amor-próprio extrapola para o egoísmo. Mas pessoas constantemente egoístas não prestam atenção nas necessidades de outros, mesmo que estas tenham sido claramente expostas. Devido a isso, os exageradamente egoístas não compreendem quando são cobradas. Não fazem isso por ter uma má índole inata, e sim por simplesmente e frequentemente não lembrarem do que foi dito ou conversado. Com essa quebra de confiança, pessoas assim acabam cercadas de pessoas que apenas precisam delas, porque estão sob seu julgo e poder. E o ciclo vicioso se completa, pois os egoístas acabam por acreditar que as pessoas só querem tirar proveito uma das outras, e isso só acentua seu caráter egoísta e de falta de confiança no ser humano.
Elas, os "egoístas crônicos", não entendem a diferença entre egoísmo e amor-próprio. O oposto do egoísmo (ou mesquinhez) é a generosidade, o oposto do amor-próprio é a baixa autoestima, o autoabandono. O amor-próprio não exclui a generosidade, a benevolência, a caridade e a compaixão - mesmo em situações adversas. Quem se ama de verdade acha uma saída para se ajudar e a ajudar o próximo também. O egoísta, tão centrado em si, numa situação de carência seja ela material ou psicológica, não hesita em ignorar prontamente a confiança e o amor que ela mesma possui pelo outro.
Em uma época onde o egoísmo se tornou alto preservação, aquele que realmente ama e se dedica ao outro sempre será visto como aquele que não tem amor-próprio.
Sou minha própria namorada, e isso não é egoísmo. Me cuido, fico feliz com minhas conquistas, dou bronca em mim mesma quando faço algo errado, me presenteio, reservo tempo e lugar para pensar, para organizar as ideias. Amar a si próprio...ah isso é essencial para a convivência social. Se priorize.
Se amar sempre em primeiro lugar.
Não é egoísmo, é uma forma genuína,
Que faz bem para si, quando sabe-se amar.
Amor próprio é cuidar-se, de uma forma divina.
Esse amor que transforma o ser por dentro.
Nessa atitude altruísta, pode parecer egoísta.
Mas que nada fará mal consigo e com o outro.
Mostrando que de fato o ser é humanista.
Amar-se em primeiro plano é uma primazia.
Porque só assim consegue-se amar o próximo.
Fazendo com que, seja esquecida essa agonia,
Que se amar em primeiro lugar faz mal.
Sendo assim não seria imoral ser o seu amor.
Libertando assim a alma de um pecado moral.
Se eu não fosse egoísta o suficiente para deixar de me importar, eu não teria conseguido suportar a dor de ser odiada por me amar.
Foi então que recebemos dois mandamentos iniciais, que acabam sendo a base de todos os outros: Ame Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. A incapacidade de cumpri-los só atesta do que somos feitos: um amor-próprio doentio, que nos impede de ter ações desinteressadas. Fruto do pecado. Nenhum movimento seu e meu é feito sem que haja uma busca por prazer. Mesmo aqueles que se autopunem. Quem disse que não existe prazer na sofrência não é ou não conhece um melancólico.
É essa natureza egocêntrica que nos impulsiona a ignorar a existência de Deus no dia a dia (ou apenas se lembrar em momentos de extrema necessidade). E é esse pecado que nos faz encher as mãos de pedras e ter prazer em apedrejar o próximo, quase como um hobby. O que chama atenção não é apenas a crueldade nos atos e palavras, mas a atitude de se achar em condições de bombardear o outro, ignorando as próprias falhas.
Amor? O ser humano ama sim. Ama odiar. Seja um parente, um concorrente, um personagem ou um participante de reality show. Em nossas confortáveis cadeiras de juizes, verbalizamos impressões pessoais e soltamos vereditos. E na nossa constituição não existem palavras como recomeço, perdão, empatia, arrependimento, mudança. Mas existe um conceito tendencioso de “justiça”.
Seria muito inocente achar que os valores mudaram e hoje nos tornamos piores que ontem. Sempre fomos. O mundo dá voltas sim... em círculos. Não tem como ignorar os coros de “crucifica-o” dos dias atuais. A internet apenas nos colocou em um palanque.
Maldita serpente. Ficamos cegos. Ficamos secos. Perdemos o rumo da verdadeira felicidade. Vagueamos em busca de prazer e nunca estamos satisfeitos. Nada satisfaz. Nada preenche por completo. Vivemos de paleativos. Não conseguimos mais, por conta própria, enxergar A Fonte. Estamos nos afogando em nós mesmos.
Uma cafeteria vazia é uma arte pedindo para ser apreciada,
E ela carrega consigo um sentimento tão prazeroso e único!
Ao pedir um café e apreciar cada detalhe dessa arte é Amor, é Prazer, é Solitude .
É uma experiência egoísta que cada um deveria ter
O EGO E O LEÃO
Pôs-se, então, a repousar, e enquanto seus olhos descansavam, ouviu distante, mas em alto bom som, uma voz declarar, "Egoísta és tu leão, que negaste tua tribo pela cor do teu sangue. Voa-te para bem longe, imaturo ser, que somente da carne pertence."
Saiba leão, que assim funciona a liturgia dos ignorantes, quando ti colocares em primeiro lugar, hão de ignorar todos seus feitos de empatia.
O ego, quando ferido, declama sem hesitar, que todos os que se opuserem a sua vontade, serão julgados e queimados, no grande e impetuoso inferno "EGOísta".
Sempre achei que a empatia era característica rara entre as pessoas. Na crise atual, percebo que o problema é ainda maior. Falta muito mais. Há escassez, antes e sobretudo, de amor-próprio
Sentir-se desconfortável para que o outro tenha conforto é um abuso que você comete contra si mesma.
Quando você passa tempo demais fazendo todo mundo se sentir melhor, qualquer tentativa de auto cuidado e egoísmo.