Amor-próprio
Ela e seu coração de aço, alma de pipa avoada, nem se pergunta onde estão as demonstrações de afeto que quase sempre nem adiantam.
Ela se perde e se encontra no seu amor próprio, descobriu que ele não é onda é oceano. Esperando quem a faça arriscar, esperta demais para se render.
Ela guarda seu coração na sua zona de conforto, é um lugar tão quentinho, ela bem sabe, abre suas asas, se vestiu de uma armadura que ela não sente sede de amar novamente.
Seu coração,é terra que ninguém pisa, agora seu corpo é revestido de aço, não sabe quando novamente vai criar laços.
Não vai ser um convite para jantar, nem elogios variados, nem mesmo flores, esta farta de intenções repetitivas e seu coração sempre foi esperto, tanto que conseguiu fazer com que ela saiba se proteger.
E não,não sabe dizer o porque,mas não é difícil.
As coisas estão parecendo tão fáceis, mas, ela não, ela não é de qualquer esquina e sabe que braçar, beijar, sorrir com alguém é mole.
E assim vai voando, alimentando cada vez mais, o seu Amor “próprio”, esse amor que a tira para dançar, a faz cantar, a leva para jantar,passear. Faz ela ter sede de felicidade e fome de vida.
Uma coisa ela tem certeza, não quer relações voláteis, não precisa disso, não deseja isso.
Na verdade, ela espera sem saber, quando há de aparecer, aprecia a sua companhia, as suas manias, a sua vontade incontrolável de deixar seu sorriso em cada esquina, em noites estreladas com as amigas, dança jogando o cabelo, adora abrir os braços ao vento.
Ela fica por ai parada, olha para o nada e não adianta, quando aproximar-se dela, insistir na pele, ela tem uma alma inteira para tocar!
-Qual a diferença entre colocar um cabresto em um animal de tração e colocar em um ser humano?
-Simples, o ser humano sabe tirar o cabresto de si mesmo.
-Então se você sabe disso, por que ainda permite uma pessoa que não gosta de você controlar sua vida?
Ainda que insistam em dizer que é tarde, que a idade não permite, maturidade é olhar o mundo sob a ótica das possibilidades e não dos obstáculos, é descobrir oportunidades e não se arraigar nas dificuldades, é sobre liberdade e crescimento interior e não a alienação e estagnação, é sobre compreender, abraçar e dizer tudo vai ficar bem, não julgar, condenar e ignorar por ser algo que você não consegue entender.
Aos que convivem ou pretendem conviver comigo de antemão já lhes aviso que possuo um grande defeito: O DE VIVER INTENSAMENTE! Quando me alegro, me alegro muito!
Quando choro, choro muito! Quando brinco, brinco muito!
Quando me fecho, fecho tanto ao ponto de quase não conseguir desabrochar novamente!
Quando gosto, gosto muito! Quando odeio também odeio muito! E quando amo? Ah eu amo mesmo, amo pra valer, amo com todas as forças que possuo, luto pelo amor, insisto corro atrás e tudo, passo por cima do orgulho, tento ser melhor que sou! MAS quando decido ir embora movida pela minha razão, ah eu vou e não volto mais, não mesmo!
Texto: A chave de tudo é o amor.
Hoje acordei e olhei pela janela o céu azul que se formava entre nuvens claras.
Mais um dia começava, mais uma semana e eu logo pensei nas minhas obrigações diárias, entre acordar, tomar banho, tomar café, trabalhar, terapia, academia…
E por um momento pensei em Deus e no sentido de tudo aquilo. Eu tinha um bom emprego com um salário razoável, tinha minhas amigas para os momentos bons e ruins, eu tinha minha família, que por mais que às vezes meu jeito e estilo fosse incompreendido sabia que ali era a maior fonte de amor, tinha conquistado muitas coisas boas e positivas na vida, estava sempre lutando para alcançar o que desejava e pensei nas dificuldades, frustrações, dor e sofrimento e comecei a pensar no “amor”.
Não no amor entre homem e mulher, ou no amor entre pessoas, amigos, família… simplesmente o amor da forma como é.
Eu vivia cercada de pessoas lindas, maravilhosas, amigas, guerreiras, pessoas sendo pai, mãe, profissionais excelentes, grandes amigos e em todas as pessoas conseguiram enxergar as mesmas dificuldades e frustrações, aquilo me fez pensar no sentido da vida, porque acordar todos os dias e viver as mesmas coisas? O que faltava para nós nos sentir pleno, completo, e cheio de vida.
Pensei que talvez fosse “um grande amor” um príncipe no cavalo branco nos amando loucamente e resolvendo todos os problemas das nossas vidas, em seguida pensei; qual sentido teria a vida, se sua meta era encontrar uma pessoa milagrosa para depositar tudo e ela simplesmente resolver, pensei também, como eu poderia entrar na vida de uma pessoa e simplesmente revolver todos os problemas dela como um passe de mágica só porque eu a amava.
A resposta não era essa, ninguém pode ser tudo para alguém, ninguém pode entrar na vida de uma pessoa e simplesmente fazer a mágica acontecer, pois, na vida não existe mágica, não existe esse milagre e nem somos tão competentes para resolver tudo na vida de uma pessoa.
Nossas frustrações são devidas as atitudes mal tomadas, nossas frustrações são devido a aceitar tudo a qualquer preço, aceitar o mínimo e achar que esse mínimo é o máximo no qual merecemos.
A vida é muito, além disso, Deus morreu na cruz por amor a nós e hoje estamos tão cegos sobrevivendo que simplesmente não temos tempo para pensar em como a vida seria se você simplesmente se amasse tanto ao ponto de não aceitar “qualquer coisa”, como a vida seria se você fosse uma pessoa tão determinada e entendida de si ao ponto de saber que você simplesmente não precisa aceitar qualquer coisa, pois, sabe de seu valor e o quanto merece mais.
A chave de tudo acredito que seja simplesmente o amor-próprio, pois, quando nós nos amamos não aceitamos aquele relacionamento meio “bosta”, não aceitamos aquele emprego que mais no adoece do que nos faz feliz, não aceitamos “meias amizades”, “meias verdades”, nem aceitamos “desculpas” para a vida.
A chave de tudo simplesmente é o amor na sua forma mais pura, o amor para identificar quem você é, e o quanto você merece mais, e fazer acontecer. Pois, o mundo se torna pequeno quando nos amamos ao ponto de entender e mudar o rumo de nossa história.
Ame-se! Orgulhe-se de si mesma! Valorize-se ao ponto de não aceitar nada que seja inferior ao que você merece.
Perca quem você achar necessário, mas nunca, em hipótese alguma, perca a si mesmo. Pois o seu "eu" é o bem mais precioso que você tem.
A formiguinha diferente
Era uma vez uma formiga.
Ela nascera em um dos milhares de ninhos de formigas que existem por aí.
Quando era pequena, ficava admirada com as outras formigas, que iam e vinham, rapidamente, trazendo alimentos e mais alimentos para o ninho.
Sentia que gostaria de fazer isso o mais breve possível. Portanto, enquanto ainda não podia trabalhar e sair pelo mundo, ela estudava maneiras de otimizar o trabalho, de conservar os alimentos, de se comunicar com as outras formigas e de ajuda-las. Ao invés de brincar, ela sentia que deveria estudar. E se preparar.
Ao mesmo tempo, seu coração se enchia de piedade por aqueles que, por alguns motivos, não conseguiam simplesmente trabalhar ou desempenhar alguma função. Algumas formigas tinham medo de sair, outras tinham alguma pequena deficiência, outras tinham algumas histórias para contar do porque simplesmente não podiam ajudar. E ela as ouvia, com empatia e generosidade.
Finalmente, chegou o dia em que ela iria poder sair e vivenciar o que era tudo isso. Estava ansiosa. Foi observando como os outros faziam, com cuidado, para não falhar. E começou a sua jornada. Às vezes, ela achava um pedaço de alimento mais interessante. Mas, ao invés de pegá-lo para si, mostrava para outra formiga e entregava para ela, que saia feliz e contente e agradecida. Às vezes, ela deixava o que estava fazendo para ajudar alguma companheira, e acaba voltando sem nada, mas com o sentimento de que fez uma boa ação durante o seu dia.
Às vezes, encontrava em seu caminho alguma formiga imprudente, que por isso mesmo comia todo o alimento que havia coletado, ou, por estar distraída o dia todo, estava devendo vários dias de produção. Então, ela, compadecida, lhe dava do seu estoque de alimento, e também cumpria jornada extra para repor o que a formiga imprudente tinha perdido.
Às vezes, alguma formiga estressada, reclamava para ela do trabalho, ou da vida, e ela, generosa, se oferecia para carregar o alimento da outra formiga, e acabou que, quase sempre, estava fazendo isso.
E ainda haviam formigas no ninho, aquelas que ela tinha cuidadosamente escutado, e entendido, levando no coração todas essas histórias. Por isso mesmo, ao sair para sua jornada, sabia que deveria fazer tudo por ela e também por aquelas que, por “n” motivos, não conseguiam ajudar. E elas acabaram contando com isso, sempre.
Mas a verdade era que, a formiga sempre tentava fazer o seu melhor. Apesar disso, o chefe das formigas estava sempre bravo e descontente com seu comportamento. Mas, dentro dela, embora buscasse a aprovação do chefe e de todos, ela sabia que contribuía não só com a produção, mas com as suas boas ações para com os demais. Isso era o que mais importava.
Acontece que, certo dia, a formiga se sentiu estranhamente cansada. Para sua tristeza, ela se sentia adoecida e não sabia por que. Avistou, de longe, uma amiga que ela havia ajudado, e que encontrara um alimento melhor naquele dia. Pediu se poderia ficar com ele, para poder se alimentar bem e talvez, recuperar as suas forças, mas a amiga, estranhamente, disse que havia visto primeiro. E ela entendeu. Era justo.
Então, foi caminhando e encontrou algumas formigas que ela havia ajudado, todas ocupadas levando suas coisas. E ela perguntou se poderiam ajuda-la, carregando um pouco para ela também, pois aquele dia ela não conseguiria. E ouviu vários nãos das formigas ocupadas com suas próprias responsabilidades e necessidades.
Então, encontrou a formiga imprudente, que estava forte e bem alimentada. Pediu se naquele dia, ela poderia dividir com ela algum alimento e se poderia, até que ela se recuperasse, substituí-la. Mas a formiga achou que se a ajudasse agora, ela poderia ficar mal acostumada.
Finalmente, voltou para casa sem nada, e um pouco triste. Foi procurar as formigas que ficavam no ninho e que ela auxiliava, para desabafar um pouco. Mas as formigas estavam zangadas com ela, porque não estava mais ajudando e colaborando, já que sabia que elas precisavam e não podiam, por suas razões, fazer o trabalho.
E se sentiu sozinha e sem nada. Perguntou-se o que vinha fazendo da vida, além de levar muitos pesos nas costas e, no fim das contas, não ter feito nada por si mesma.
Passou dias depressiva, solitária, pensativa. Ninguém entendia o que estava acontecendo com a formiga, mas também não se importavam. Achavam que ela estava, talvez, dramatizando a vida demais. A maioria, na verdade, nem a notava. Dentro dela, ela só pedia para Deus devolver as suas forças, para que ela pudesse continuar fazendo tudo da maneira que vinha fazendo, e para não perturbar ou atrapalhar ninguém à sua volta. Mas Deus parecia não escutá-la.
Foi então que, em meio a tudo isso, e esta dor que estava sentindo, que ela percebeu certas coisas da vida. Ela viu que as outras formigas sobreviveram bem sem ela, e continuaram suas vidas, independentemente de sua ajuda ou existência. À duras penas, ela enxergou que ajudar alguém não significa que o contrário será verdade. Ela percebeu que o chefe das formigas nunca reconheceria nada do que ela fazia, porque seus olhos eram diferentes do dela. Ele nem ao menos enxergava, porque um chefe só enxerga aquilo que quer. E ela percebeu que cumprir a função de outras formigas não as ajudavam, apenas as impediam de cumprir seu papel ou de colher os próprios resultados. E que ela não tinha o poder de mudar a vida de ninguém, e finalmente, de salvar ninguém.
Porque, na verdade, ela deveria salvar a si mesma. Agora se sentia livre daqueles pesos desnecessários. Portanto, percebeu que ela tinha estudado bastante, que este era o seu diferencial, mas que nem utilizava seu conhecimento. Ela nem ao menos se conhecia. Percebeu que, produzir para os outros em prol de produzir para si mesma, não a tornava uma heroína, pelo contrário, a tornava, na verdade, improdutiva.
E, agora, com toda essa consciência adquirida, ela aprendera o turno certo da vida. Se tornou diferente, apesar de sua essência ser a mesma. Descobriu que ajudar não significa ter que se prejudicar. Descobriu que amigo é diferente de colega ou conveniência. Descobriu que, em meios às dificuldades, se ela não pensar em si, ninguém irá pensar. Descobriu que não precisa se responsabilizar pelos resultados de ninguém, a não ser pelos seus próprios. Descobriu que ter alguém para contar nos momentos ruins é muito, muito raro, quase um milagre. Descobriu que não tem que se culpar por não agradar a todo mundo. Mas que valia a pena estar próximo de quem realmente gostava dela, do jeito que era, e que a valorizava, mesmo quando ela não tinha nada para dar.
Hoje em dia, a formiga está em busca de seu próprio caminho. Desistiu de carregar um ninho, que nem mesmo era seu. Abandonou as pessoas que ela tanto amava, mas que não era recíproco. Aprendeu que um ambiente hostil pode ser trocado por um ambiente saudável. Mas aprendeu que, mais importante que ser amada, é amar-se. Mais importante que ajudar, é ajudar-se. Mas importante que agradar, é agradar-se. Mas importante que ser respeitada, é respeitar-se. E mais importante que ser valorizada, é valorizar-se.
Ah, e percebeu que Deus sempre esteve com ela, durante todo o tempo. E que, na verdade, não mudou a situação da formiguinha quando ela pedira, porque estava usando a situação para mudar a formiguinha. E fazê-la crescer.
Um dia, a formiga conta o resto da história.
Até a próxima!
Não espere que te façam o bem
Nem espere que te façam o mal
Faça se a si mesmo esse bem
Pois amor próprio não tem igual
Você já se apaixonou ou amou alguém tanto que abriria mão da própria vida em prol de uma pessoa? Se sim, lembre – se que você também existe, e que caso o destino os separe; Você é o único (a) responsável (a) por sua Autoestima! Tenha amor próprio! Se não deu certo tente com outra pessoa.
Quando vejo os pássaros brigando contra sua própria imagem refletida em janelas e vidros fico pensando: Como não compreendem que aquela imagem é deles mesmos? Quando vejo pessoas que são inimigas do espelho e não aceitam a si mesmas, também não compreendo!