Amor-próprio

O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.

Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida.

Nos ciúmes existe mais amor-próprio do que verdadeiro amor.

No homem há mais amor-próprio do que amor; na mulher, pelo contrário, há mais amor do que amor-próprio.

Em certa idade, quer pela astúcia, quer por amor-próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar.

O orgulho não quer dever e o amor-próprio não quer pagar.

É pelo nosso amor-próprio que o amor nos seduz. Como resistir a um sentimento que embeleza o que temos, que nos restitui o que perdemos e nos dá o que não temos!

Falta-nos o amor-próprio suficiente para nos não importarmos com o desprezo dos outros.

Dói mais ao nosso amor-próprio sermos desprezados, que aborrecidos.

O amor-próprio é um animal curioso, que consegue dormir sob os golpes mais cruéis, mas que acorda, ferido de morte perante uma simples beliscadura.

Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte do que acusar a nossa má conduta.

Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.

Não é o amor que se deveria pintar de olhos vendados, mas sim o amor-próprio.

O amor-próprio é um balão cheio de vento, do qual saem tempestades quando o picam.

Amor-próprio e ódio a si próprio são as mais profundas das forças produtivas terrenas.

Ninguém avalia tão caro o nosso merecimento, como o nosso amor-próprio.

No ciúme, há mais amor-próprio do que amor.

Nada há de mais sujo do que o amor-próprio.

Pouco saber exalta o nosso amor-próprio, muito saber humilha-o.

Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É amor-próprio.