Amor por Interesse
Amor. Isso não é amor, só é um interesse de carência disfarçada de sentimentos que preenche o vazio que é insaciável.
"O amor é o mais belo sentimento
no mundo.
Você, que tem interesse,
ao pousar seus olhos sobre ela,
lhe suplico:
Não tenha pressa.
Tenha respeito."
O amor verdadeiro, espontâneo e demonstrado sem interesses, segundas intenções ou aparências, está se tornando cada vez mais raro e difícil de encontrar, até mesmo em lugares que costumavam ser tão comuns, devido ao que cada um demonstra em suas atitudes, revelando seu caráter.
Todo amor é por interesse. Por que amar é estar interessado na alegria, no perfume, no som da voz, nos sucessos, nas derrotas, na vida um do outro.
Quando amamos sem interesse já não esperamos o amor do próximo, ainda que expectativas sejam extremamente difíceis de não existir, simplesmente amamos. Eh possível que aqueles que mais amamos, derrubem nossa confiança, nos caluniem, usem de má fé e assim por diante. E nesse momento é comum de sermos tomados por uma ira sem fim assim como tantos sentimentos que em nada nos agrega, onde todas as penumbras de nossa atmosfera se transformam em sombras. Talvez mais uma maneira de continuar nossa evolução mas torná-la mais suave é conseguir ver o que há além da Maya, o complexo talvez consista em conseguirmos ver a luz que se esconde em cada escuridão..
Amor e ódio
Amor e ódio, gêmeos siameses. Ambos com mesmos interesses. O amor odeia e o ódio ama. Nós leva do mármore para lama. Mas as vezes nos resgata de lá. Mas porque, desejamos de novo, pra lama voltar? Nem quero tentar explicar. Mesmo porque, eu nem tenho a resposta. Só sei que é bom amar, mesmo sem ser correspondido. O amor sempre será dois personagens; Mocinho, mas também, bandido.
Amar com amor é o interesse de dar um gato de presente aos invejosos...assim eles ficam cuidando das 7 vidas do gato e deixam a sua em paz, para você viver sua felicidade.
Eu quero aprender a amar sem fingimento, sem máscaras, sem interesses,
um amor procura dar um passo além em direção ao outro, que sabe que todos somos falhos e por isso não cobra por aquilo que fez,
um amor sincero que com gentileza diz a verdade porque quer ver o outro bem,
um amor que mesmo sem reconhecimento continua com seus gestos de carinho sabendo que de Deus é que recebemos a recompensa...
Débora Aggio
Se de presente para o outro com amor e não por interesse. O Senhor recompensa a todos aqueles que se doam pelo próximo com o amor verdadeiro.
O amor quando é recíproco, quando o único interesse é cuidar, zelar e ter ao lado se torna tão lindo. Um amor cuidadoso, que assumi os riscos de a qualquer momento perder a pessoa amada.
O amor e o unico caminho para paz temos que aprender,amaR as pessoas sem interesseS a nao ser pela a uniao fraterna do ser
Agora que Sinto AmorAgora que sinto amor
Tenho interesse no que cheira.
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver.
Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Não Tenho PressaNão tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Eu não Quero o Presente, Quero a RealidadeVive, dizes, no presente,
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.
É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.
Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas
como cousas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa