Amor Platônico
Como alguém pode mexer tanto assim conosco?
Nunca nos tocamos
Nunca nos vimos
Mas é como se tivéssemos vivido uma vida inteira juntos.
Entendo seus medos e anseios
Vejo a insegurança algumas vezes em seu olhar
Mesmo que por meras fotos
Agora me pergunto: Como seria minha vida sem você?
Esse platonismo na minha vida me deixa dividida, mas prefiro a existência dele do que imaginar não ter você nos meus pensamentos.
E com isso, permaneço aqui, calada, observando, esperando uma mera chance de tocar em você, ou ao menos de ver você.
Como isso pode acontecer se nem ao menos podemos nos ver.
Dedicado ao meu Corcel.
As lembranças se perderam
O caminho delas acabou
Enquanto eu continuei.
Não queria deixa-las,
mas pude evita-las.
Elas estão partindo.
Eles finalmente, esqueceram
Meu olhar enfim o deixou
Mas mesmo assim, ainda sei.
Tudo envolve e envolveu,
Tudo isso jamais quis, aconteceu.
Minhas mentiras
Há tudo aquilo que nem imaginam,
E tudo aquilo que me escapou.
Não deveria ter-le-o dito, abusei.
Mas mesmo assim, eu senti.
Acredite, pois desta vez, não menti.
Tenho-o como especial.
E mesmo com tudo o que disseram
Mesmo com o fim que desabou
Quando muitos erros que apontei
Surgiam de volta a mim
Como meus erros, enfim...
Sinto n'alma
Mesmo que tardam
dezesseis anos como caminhou
para dar-te meu amor, como dei
Receber teu amor, meu mundo
eu sei que valera cada segundo
É o que imploram
Cada parte de meu corpo, quietou
Diante de oscilações, acalmei.
Eu o tornei o divino ideal,
Platonico em meu olhos, irreal.
Talvez te-lo de volta,
apagara tal brilho
Platonico em minh'alma"
Mordida
A sua mordida
Me deixou uma ferida
Que por vezes sangra
Ou dá uma fisgada ardida
Sinto em dizer
Que sua mordida
Me tornou algo que eu não queria ser
Vulnerável...
Mas vulnerável a você.
Quando outras mordidas eu tomar
Nenhuma irá ficar
Já que agora tenho uma ligação
Uma obrigação
Ser submissa a você
Mas não por obrigação
E sim porque sua mordida
Atravessou meu coração.
Por favor, volta aqui
E retira essa mordida
Não quero ficar presa
Não quero que um amor platônico
Seja o amor da minha vida
Por favor volta...
''No fundo, eu sempre soube que você me destruiria, mas escolhi continuar. Afinal, ninguém poderia matar o amor que eu sentia por você, a não ser você mesma...''
Encontros
A primeira vez que ele a viu foi na farmácia, ele estava com uma forte dor de cabeça e como é de costume de todos foi atrás de algum remédio pra gripe ou resfriado, para que os sintomas fossem amenizados. Enquanto procurava os comprimidos, em sua visão periférica apareceu um vulto moreno de cabelos longos, lisos e negros. Ao virar para olhar, se deparou com uma linda menina (mulher) no auge dos seus 22 a 25 anos e com toda a beleza que lhe é característica da idade, ela sorriu, escolheu algum produto para a pele, mesmo que não precisasse e foi embora. O dia passou rápido, a imagem da jovem mulher não saía da cabeça dele, mas como na vida apenas o primeiro encontro é demorado, após alguns dias viu seu amor platônico novamente, dessa vez bem rápido, enquanto passava de ônibus indo para casa após um árduo dia de trabalho. Quando começamos a gostar de alguém é normal termos medo de fazer uma abordagem e acabar com nossas chances com a referida pessoa. O tempo passou, dias, semanas, até meses. Ele descobriu que ela se exercitava numa academia próxima ao seu trabalho, até se matriculou, começou a se exercitar apenas com o intuito de vê-la, quanto mais tempo passava, mas ele a amava, mais tinha medo de chegar junto e ficava feliz com os bons dias dela, até imaginava que aquilo era um sinal de que ela sentira algo por ele também. As vezes a encontrava na mesma farmácia, na academia, na rua, mas nunca teve coragem de falar nada, se contentava apenas em apreciar sua existência. Em um dia nem tão belo, ele a viu de mãos dadas com um rapaz, ficou irritado, esbravejou, jurou vingança, ela tinha acabado com seu amor. E lá foi ele, triste e deprimido, por perder aquilo que nem ao menos um dia foi dele...
maybe I'm the one
and maybe I've always been.
But when you get to open your eyes I'll be long gone from here.....
Sei que você não me merece, isso não me importa, ás vezes parece que sem ti estou morta. Mesmo assim te amo, e você não me nota!
E eu estava em paz, na minha solidão...
Por um momento havia te esquecido.
Mas então você chamou, sem querer me lembrou do quanto eu te amo, sempre te amei.
O amor em sua forma mais pura, aquele que não pede nada em troca, mas como pedir? Você nem sabe o quanto amo você.
Mesmo sem perceber você me enche de esperanças, eu ainda acredito que um dia você vai me descobrir, me ver como vejo você, com os olhos do amor. A noite está passando, estou em meu quarto, olho para suas fotos, aquelas que você mesmo me manda, mas não imagina como elas me fazem sofrer e que também são meu consolo, elas me mantém perto de você.
Eu choro, vou dormir, buscar sonhar com você. Meu amor...
Desejei por um tempo, ter ainda mais da sua companhia.
Mais do que te ver só nos encontros, mais do que ver no dia-a-dia.
Eu leio sobre amores em versos e jamais imaginei gostar de um aperto de mão.
Fui pego no seu jeito recatado e nesse falar calmo com voz de canção.
Hoje, um pouco distante, sinto saudade do não aconteceu.
Saudade da sua presença e do olhar que generosamente me recebeu.
Desde a primeira vez que ti vi, fantasio incoerências que só cabem nas paixões.
Queria ser quem te abraça repentino, queria ter mais do que sobras e ilusões.
Vejo seu rosto entre meus devaneios, vejo ao me deitar e até mesmo durante o dia.
Talvez seja ainda parte do meu sonho, acordar lentamente te olhando enquanto você sorria.