Amor Nao é pra Mim
Sei que preciso ser fiel a mim mesmo antes de ser fiel a ti, mas você não está aqui.
Sei que finais felizes não existem, pelo menos, para mim, já que você não está aqui.
Sei que a vida continua e ela é dura, não dura, é curta... Por que você não está aqui?
Sei que existem coisas quebradas em mim, e daí? Triste fim! Nunca mais terá a mim.
Para mim ela vai ser sempre que as outras mais alta,
Também não me interessa a altura,
O que interessa é que ela me faz falta,
E é um anjo de formosura,
E é por isso que vou atrás dela sem linha
E sem qualquer fio
Ela vai ser minha,
Mesmo que faça um acto bastante sombrio!
Por ela vai chover rubi
E diamante,
Porque simplesmente quero-a aqui,
Agora e a partir deste momento em diante!
ANTES DO ÚLTIMO
Que estros fugitivos me deixou aqui
No silêncio... e a mim não mais veio
Ilhando a trova sem frescor e asseio
Que me falta, e que por ele me perdi
Em que seda de lacuna me envolvi
Se hoje parece um sonetar alheio
Com palavras sem zelo, sem freio
E, em qual da imaginação remordi
Achei que fosse meu o teu prazer
E que no versejar eu fosse te ter
Eternamente, e você... de saída!
Partiste, bem antes do último verso
E o soneto na imensidão submerso
E a emoção numa saudade perdida...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/10/2020, 14’22” – Triângulo Mineiro
Decidi fazer por mim o que a muito tempo fui deixando de fazer.
Tenho dito não, para o que costumava dizer sim, somente pelo medo de desagradar. Voltei a meditar, caminhar, ler, fazer tudo o que já não fazia mais.Tenho colocado meus objetivos e sonhos no topo da minha lista de prioridades porque eu mereço alcança-los e realiza-los. Chega de carregar fardos e culpas que não foi eu que as criei. Tenho me amado mais e por isso, já não permito que controlem minhas emoções e comportamentos, mesmo que isso signifique que algumas pessoas precisem ir embora da minha vida.
Sem culpa e sem muitas explicações.
Sem mais.
Gratidão
Sua falta
Sinto,
Sinto-me assim.
Não posso afirmar,
Mas está em mim
Cada parte do seu olhar.
Sinto,
Sinto-me sem mim.
Como pôde levar
Com destino ao fim
Uma parte do meu pomar?
Sinto,
Sinto-me no fim.
Não deixei de amar,
Mas mesmo assim
Foi e colocou-se a caminhar.
O meu desejo – Prosa
Não tem sido fácil para mim, não poder estar ao seu lado.
Não tem sido nada fácil conter o desejo que eu tenho de abraçá-la.
Como tem sido difícil olhar, e não a ver.
Dormir pensando em você e, acordar querendo vê-la.
Tem sido muito difícil aguentar essa falta que seus olhos me fazem.
Ver o seu rosto lindo, na íntegra, ao vivo e, a cores, expressando o mais sincero desejo de ser amada.
É praticamente um castigo ver você, e não poder tê-la, não poder tocá-la.
Não poder sentir sua boca na minha boca, sentir o seu corpo no meu corpo seria algo surreal, algo sobrenatural, divino.
Poder encostar a cabeça no seu seio ouvindo as batidas do seu coração, aflito, a ponto de explodir de tanta emoção.
Poder ouvir seu meigo e frágil suspiro de desejo ao meu ouvido, sentindo sua ofegante respiração como se algo terrível fosse acontecer, mas não, nada terrível irá acontecer.
Essa respiração ofegante é causada por todo o desejo que existe dentro de você e está a ponto de saltar em minha direção, e ir ao encontro do meu desejo, de também ter você.
Agora, neste exato momento, estremeço de desejo enquanto escrevo essas palavras para você.
O meu desejo por você é igual ao animal feroz e faminto que caça por sua presa em um safári totalmente sem vida e vazio.
Certamente, ele morrerá de fome por não conseguir encontrar nada em toda essa imensidão sem vida.
Dessa mesma forma, sinto que morrerei logo em breve, se, com o seu amor, não puder o meu desejo saciar.
Até quando vou desejar sem poder ao menos, uma vez, esses seus lábios tocar?
Diga-me.
O que devo fazer para esse desejo matar?
A vontade que tenho de em seus braços ficar, não me deixa de modo algum em paz descansar.
Não posso explicar-lhe o quanto ainda posso aguentar, esse desejo que tenho por você, ainda pode me matar.
Por favor, não demore, venha me encontrar.
Não importa o lugar. Preciso o meu desejo de você, urgentemente saciar.
Preciso logo os seus lábios, beijar. Não posso mais aguentar.
Por favor, vem me encontrar.
Não importa o lugar.
Você sentiria orgulho de mim nesses últimos meses,
no não enfrentamento,
no silêncio do meu ser (casca)
que se encontra com meu mais íntimo ser (essência),
escondidinho, puro, amoroso, delicado,
tão meu amor, tão intocado e de mais ninguém.
Acho que encontrei a paz que eu tanto desejava, está dentro,
mesmo no caos ao redor,
mesmo no descontrole ao redor,
mesmo com a língua afiada ao redor,
mesmo na falta de amor ao redor.
O amor e a paz estão dentro, intocáveis,
ninguém nem chegou perto e agora é incompartilhável.
"Às vezes isso acontece
E não é nem dor, nem castigo
Vivo num mundo à parte
Faço de mim meu abrigo...
Quando você se retrai
Fecho este mundo e nem ligo
Faço poesia da ausência
E nas entrelinhas confesso
O amor que jamais te digo."
Lori Damm
"A gente não dá certo, somos diferentes"
Mas eu não quero alguém igual a mim, quero alguém que me complete com aquilo que não tenho
Penso que mentir pra você
é o mesmo que mentir pra mim,
é não reconhecer o seu valor,
é não amar o seu existir,
um misto de prazer e amor
que, se eu ignorar,
terei que sofrer no porvir.
Às vezes acho que você não é real...
Que te criei na minha mente e você apareceu para mim.
Já te desejo há tanto tempo, que nem sei quando te projetei.
Nem pensei que existisse.
Mas você apareceu no momento que eu mais precisava ouvir uma palavra de carinho e conforto.
E aos poucos, eu passei da admiração a paixão.
É, estou apaixonada.
E você tem culpa nisso tudo.
“Me encontro em uma luta constante por espaço em mim mesma,
para voltar a ser minha e não mais tua,
Mas é como se minha pele não se reconhecesse mais sozinha,
Não se lembrasse mais de sua estrutura sem estar entrelaçada a ti,
Como se você estivesse agarrado as minhas entranhas,
Como se crescesse em mim como uma erva daninha que não consigo matar.
Como uma arvore que foi alimentada do amor mais puro amor e nem o ódio mais sedento pode secar.
Tu estas em mim como um resíduo pegajoso enlevável,
Ou uma cicatriz inflamada a ser admirada.”
Amo-te!
Não acima de mim
Não acima da minha descendência
No entanto
Amo-te incondicionalmente
Amo-te e fazes morada certa no meu coração
E, se lá morada fazes,
Abrigado bem estás.
Branco e preto, certo e errado, bom e mal, verdade e mentira, não cabe em mim só duas escolhas por liberdade, em um mundo de tantas cores e de tantas interpretações. Eu construo e sigo por amor a minha própria coloração.