Amor na Visão Filosófica
O amor por um só é uma barbaridade: porque se exerce à custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.
Em geral, as mulheres amam um homem de valor como se o quisessem ter apenas para si. Bem gostariam de trancá-lo a sete chaves, se isto não contrariasse a sua vaidade: pois esta requer que a importância dele seja evidente também para os outros.
O amor é uma força, uma energia, que se manifesta
Na alma como um sentimento de lembrança de algo
Que a alma já teve, mas perdeu.
O amor é filho da pobreza e da riqueza: da pobreza, porque constantemente pede, e da riqueza porque constantemente se dá.
Caminhamos ao encontro do amor e do desejo. Não buscamos lições, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. Além do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens, tudo o mais nos parece fútil. Quanto a mim, não procuro estar sozinho nesse lugar. Muitas vezes estive aqui com aqueles que amava, e discernia em seus traços o claro sorriso que neles tomava a face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.
O amor é formado de uma só alma, habitando em dois corpos.
Nota: Adaptação de um trecho atribuído a Aristóteles.
O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.
Apesar de tudo, o amor era menos simples do que ele julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor, no fim das contas, era feito de inquietações, de renúncias, de pequenas tristezas que surgiam a todo instante.