Amor na Maturidade
O que usa o nome de Deus para legitimar seu autoritarismo perverso, apenas manifesta os demônios que vivem em sua própria alma.
Autoridade é influência.
( O Tempo e o Amor)
O verdadeiro amor começa;
Depois que você pensa
Que já aprendeu o que era o amor.
Depois que você aprende,
Que tudo o que sabia,
Era apenas um ensaio,
Para chegar ao amor
Depois que entende,
Que se calar é mais cômodo,
Porém, calar é o atalho
Que te leva ao desamor.
Após viver algumas décadas,
E compreender algumas ciências.
Aí sim;
Estará rumo à experimentar o amor.
O homem mais velho tem a idade de acordo com o amor da mulher que o ama, se faz presente, lhe é fiel e tem Deus.
Amar é privilégio de maduros. (...) Amor começa tarde.
SABE POR QUE EU GOSTO DE TI?
Nós brincamos, rimos das bobagens, conversamos sério, desabafamos e dividimos muitas coisas boas. Sua companhia me faz bem.
Mas o que nos mantêm não são apenas os bons momentos. Também nos desentendemos, discutimos, brigamos feio... E, é claro que isso não é bom. Em contrapartida, o lado ruim só nos mostra o que é verdadeiro (infelizmente, na maioria das vezes, as pessoas não percebem isso e se vão). Damo-nos bem não por sermos iguais ou, porque só dizemos ao outro o que cada um quer ouvir. Erramos sim, mas entre erros e acertos, o que fala mais alto? O perdão, o respeito, a confiança... Enfim, as nossas diferenças nos mostram — é forte o que não deixa romper o laço. O sentimento egoísta não impera aqui. Realmente gosto muito de ti.
Sabe, é fácil gostar de quem só nos adula com palavras lindas. Receber elogios é estimulante. Contudo, eu acredito que, onde há amor e amizade, há liberdade. Quem não aceita as opiniões contrárias, não aceita a pessoa com seus conceitos. A hipocrisia não subsiste, um vento qualquer a desfaz, já o carinho preserva, edifica e, quando preciso, reconstrói.
Para mim, gostar é isso, do contrário, não me iludo e que nem me chamem de "amiga". Você, porém, preservo com cuidado, pois o tempo tem me mostrado que és uma dádiva em minha vida.
Que Deus te abençoe.
— Jucelya McAllister
Viver, sentir...
Em qual etapa da vida, em qual fase, em qual percurso escolhido, substituímos a empatia pela aparência, os sentimentos pelo vazio, o tato pela ausência? Substituímos os valores, nos sabotamos, tornando-nos o inverso do que deveríamos ser, viver, sentir, fazer.
Em qual etapa decidimos percorrer solos áridos, secos, sem brilho, sem cor? Em qual etapa as migalhas já nos são o bastante? Outrora servidos por banquetes fartos, hodiernamente um farelo de pão aqui, um grão de arroz ali já nos basta. A constância se transforma em inércia. O brilho, a cor, o sabor – já não nos interessam.
Em qual etapa esquecemos nossa real essência? Apagam-se as luzes, máquinas do tempo, máquinas sem tempo. Somos regidos pela inércia, pelo jogo do interesse, pela individualidade egóica.
Em muitos casos, o desamor, a falta de diálogo, o tapear dos sentimentos, as cascas adoecidas, a raiz contaminada. Frutos de aparência externa deslumbrante, águas em conta-gotas nos enchem os olhos em um primeiro momento, mas não saciam mais. Acabam por drenar frutos vívidos. A insanidade que está se tornando a vida nos confronta diretamente com as adversidades, nos transforma. Esse caminho não é uma escolha, é uma razão, uma consequência.
Ele precisa aprender a lidar com as dores do passado e viver um futuro extraordinário onde o passado não tenha vez.
O que aprendi percorrendo o meu caminho, é que nossa história é feita por capítulos e em cada Capítulo entram novos integrantes e saem outros, porém, existem alguns capítulos que teremos que ser protagonistas. O Sol, durante a noite reflete seu brilho à Lua, mas ao amanhecer, é o momento de Ele brilhar sozinho. Então aprendi a amar todos os momentos da minha história, inclusive os momentos em que eu me tenho como companhia, não que eu não goste das pessoas, sim porque eu aprendi a me amar!!!
Perdoar seria sobretudo um presente, um alimento com o qual você sacia o espírito de quem outrora lhe fez mal. É dar ao outro algo que essa pessoa em momento anterior, não teve condições de lhe outorgar. Sem dúvida o perdão é maturidade. O perdão é esquecer.
E, curiosamente, o “não-perdão” nos escraviza.
Hoje, estive a pensar,
Não que isso valha alguma coisa nos dias atuais.
Como tudo mudou assim?
De repente, tão abruptamente.
Olhar atento se faz necessário.
Tento encontrar algo bom.
Não consigo ser surpreendido,
Por um fato extraordinário.
Por um gesto qualquer.
Como tudo tornou-se previsível?
Eu procuro, procuro e não vejo.
Procuro tentando encontrar,
Uma surpresa, um gesto.
Um fato talvez que me faça,
Quem sabe acreditar.
Eu pensei e não encontrei a resposta,
Pra questão que enxerguei no início,
Estou me tornando exigente,
Ou o ser humano é só isso?
Não é a aparência que me encanta, não importa se lhe faltam os dentes, ou se já passou dos quarenta, nem importa sua conta corrente, aprendi a ler pessoas, e dentro de cada um existe uma alma, e cada alma reflete o que ela tem de melhor, o que me fascina é o brilho dos teus olhos quando sorri, a gentileza quando fala, a educação para com todos, a calma que acalma. Deixe-se ser amado, sinta-se querido, permita-se ser você além das aparências.
Crescimento verdadeiro é conhecer a si mesmo. Reconhecer sua luz e sombra. Ser verdadeiro com a sua essência. Trabalhar pelas próprias mudanças com amorosidade e empatia. Celebrar quem se é.
Ele não percebeu que a ausência que ele sente é de viver uma vida que nunca se permitiu. Cuidar dele mesmo!
Não há como alguém nos conhecer profundamente
pelo simples fato de muitas vezes
sermos estranhos a nós mesmos.
Não dar para ser adolescente a vida toda. Jogo de desinteresse cansa, provocações são coisas triviais, entre-olhares são fascinantes e temporários. Em certo momento queremos o que pode ser falado, ouvido e tocado. Muito mi-mi-mi acaba com uma grande história de amor.
Minha transparência não permite joguinhos, minha maturidade não permite infantilidade... Meu amor não se restringe, não se cala. Ele é demonstrado em cada detalhe. Talvez, seja tarde demais para você notar isso. Um dia quem sabe, sinta minha falta. Eu sigo, entregando-me por inteiro, de bandeja. Sou muito, sou intenso e tenho uma imensidão que em mim não cabe. Alguém saberá receber isso, reconhecendo tudo que há de melhor aqui.