Amor Iludido
Estamos perdidos
Navegando em mar
De ilusões
Os conhecimentos
Obtidos
Não são capazes
De abrir
Os portões
Dessas prisões
ETERNAMENTE
Sobre o sonho escrevi teu nome um dia
Mas a ilusão a levou tal escrita na areia
Onde o mar apaga, insisto, mas todavia
A onda varre, antes que o destino a leia
E o fado repete. Tudo passa, tudo é vão
O que é mortal tem seu tempo. O final
E nós passaremos, e os sonhos ficarão
Afinal, o que importa é a ventura total
E, assim, me parece que só o vil perece
Não! O amor, o afeto, nem tudo some
O coração consome, a alma engrandece
Nos meus versos, eterno é o seu nome!
E, na poética, o viver, felicidade incontida
Pois, viverá o amor enquanto haver vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de maio, 2021, 15’42” – Araguari, MG
A juventude é um breve chamuscar, uma ilusão de eternidade que reluz no crepúsculo e se desvanece na aurora.
Se esse acordar ao seu lado não fosse uma doce ilusão;
despertaria em novos sonhos, cada amanhecer na contramão.
Imaginar seu lindo sorriso como um raio de sol a me despertar,
faz-me um grande crente na possibilidade de me apaixonar.
Eu, que nunca senti nada verdadeiro por ninguém;
sinto por você algo novo, tão intenso e até mais além.
Se pudesse um dia segurar-me seu seu acalento,
sentiria o quão vibrante se tornou meu sentimento.
Há tantos desencontros, como o nosso, longe de um combinado;
mas fui surpreendido pelo seu jeito e por sua beleza nocauteado.
Há silêncio proposital em minhas falas e uma resistência em me aproximar;
mas meus olhos se distraem de qualquer fortuna, fico preso no seu olhar.
Cedo demais para chamar de amor, tarde demais para poder me desviar.
Sinto doçura na sua presença, já acordo feliz e ansioso para te encontrar.
Entre tantas escolhas vividas... Entre tantas frustrações sentidas, entre tantas ilusões doídas ... O único aprendizado que fica, é saber que a as feridas logo cicatrizam.
O sentimento que trago no coração
É a chama que me faz viver
Saber que você não é ilusão
Ajuda minha alma crescer.
Se existe na vida uma razão
Em seus olhos pude ver
Hoje vivo essa linda paixão
Que nem o tempo me fará esquecer.
MEU PRIMEIRO VERSO
O meu primeiro verso, versado
De uma ilusão nascida, da vida
De um sentimento enamorado
Sentido, tido, vivido e suspirado
De prosa tão simples, escoada
De um acaso puro e encantado
Tecendo uma quimera dourada
E significado ao poeta ofertado
Foi lhano o verso, alvo, inocente
Porém, o agrado simplesmente
Num repente de amor e vontade
E, este primeiro versar, versado
O guardo inesquecido e amado
N’alma, imbuído na eternidade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 março, 2022, 11’04” – Araguari, MG
E nestes sonhos de tirilene, enfaixados como cornucópias,
Ilustres entre si, impopulares com os outros.
É nesta interferência de intumescência ogre, que vigora em tons lilás o sepulcro esquizofrénico de Dalila.
Foi neste pressuposto, ostracidado e asfixiado de notas soltas, numa sinfonia inacabada de lençóis brancos de alfazema mental, sintonizada em mordomias lustres, belas reais e infinitas. que Dalila fez amor nesse antídoto, escondida nas esferas, entranhas amigas, de confissões antigas.
o ilustre busto, magnifico e singular, era em si toda a ortodoxia de um pensamento ainda virgem, robusto, todavia.
No altar, de indumento vermelho forte, cabeção floreado branco o homem cursava, ostentando ouro nas mãos. Pregara durante longos minutos o anúncio tão esperado.
Ofélia, que escondia o rosto imaculado em óculos de massa pesada, preta, vinha timidamente. Era raro sair do esconso, mas percebia que aquela cintilância que desabrochava por entre as ruas lhe dava uma percepção de emancipação, não evidente para ela, mas compromentida com ela.
Foi nesse caminho que ambas, Dalia e Ofélia, se cruzaram e olharam-se intensamente. Tão intensamente que os ombors descairam.
Enfaixadas, vencidas pelo vaticínio, as mulheres fizeram amor ali mesmo.
Da mesa consagrada, o homem de vermelho assiste ao fundo, fora de sua casa ao enlaçe das duas mulheres.
Num olhar disfarçado, fita os fíeis. Mas como era tentador o que lá se passava fora, tão tantador que o homem não sabia se o seu orgão estava a traí-lo. Não podia ser, pensava ele… não era possível não ter controle sobre aquela obescenidade, tão crua, tão animal… mas tão real.
O tempo é algo esclarecedor, ele amadurece decisões e diminui a dor.
As ilusões se desfazem em mentiras ou verdades, mas sempre se desfaz.
O tempo que se foi não volta mais nem minutos, ou anos tanto faz.
Passou, morreu, se foi, fudeu...
O tempo me mostrou quem sou eu... ao morto reviceu, pois em qualquer agonia do dia a dia vem logo em mente minha sina, que ao tempo sobreviveu la dentro do meu eu, e vez por outra renasce...
COMO UMA BORRASCA
Passaste como uma borrasca ferina
Que dilacera a recordação que chora
Da ilusão cheia de sofredora aurora
Triste sensação que o engano ensina
Ter-te e retirar-te, ó tão penosa sina
Que aperta o peito, inflama, demora
Na carência querer-te ainda te adora
No prosar te chamar tornou-se rotina
Amei, louvei, afeições que suponho
No pensamento os sussurros abrigo
E os silêncios na solidão cá ponho...
De minha alma tirar-te não consigo
A lembrança é espinho e falaz sonho
E a saudade suspira e sofre comigo...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20/11/2021, 15’15” – Araguari, MG
NÃO FOI SÓ O QUE EU QUIS
Não foi só ilusão que eu quis. Só estar
Para na imaginação ter sensação divina
De um amor que faz a emoção palpitar
De um coração tão cheio de adrenalina
Não foi a sedução que eu quis. Só amar
Ter um olhar no sentimento, na rotina
Que valha e que assoalha, afável achar
Na felicidade que a sina, então, destina
Não foi só um capricho, pois, quis mais
Numa ânsia de uma poética emocional
Tão completa de desvario e de paixão
Apenas ter por ter nas faltas são iguais
Não foi só haver que eu quis, quis aval
Descalçando-me do eirado da solidão...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 setembro, 2022, 15’26” – Araguari, MG
Admirando atentamente um lindo quadro,
fui transportado através da minha mente
para uma ilusão de época.
Era uma manhã no início do outono,
as folhas das árvores estavam
ficando secas, um clima agradável
tomando conta e estava ventando
um pouco,
quando eu estava de saída
de uma casa grande,
na minha carruagem
para voltar ao trabalho,
mas logo precisei parar
por alguns instantes,
pois avistei uma linda jovem
usando um lindo chapéu,
bem vestida, de pele delicada,
uma aparência expressiva
e apaixonante.
Penso que ela estava longe
em pensamentos, distraída,
já que nem percebeu a minha presença.
Não sei se chamaria de amor
a primeira vista,
tendo em vista que não acredito,
entretanto sei que senti uma emoção
forte e distinta de qualquer outra
que havia sentido outrora.
Ainda extasiado, despertei
e para não assustá-la,
antes que percebesse,
fui embora
e volteipara minha realidade
após provar um dos efeitos
que a arte provoca.
Mestre dos pensamentos
Dissolver a ilusão é submeter no subconsciente.
Mente material, atração superficial.
A voz interior pede calma e quietude.
A base principal é o "eu" humilde e não o "ser" egoísta.
Mente, ego, intelecto, são conceitos que caem sobre você.
A chave é o equilíbrio, a pausa da mente, o processo de limpeza, a reforma íntima da alma.
Nada é somente espiritual, mas acontece no começo.
Não lute tanto com sua mente, pois é o fluxo de pensamentos.
Observe os pensamentos, alguns são úteis e não jogue fora os que fluem na natureza da mente.
Onde tudo acaba, aí está você.
É o estado impensável.
Quem está testemunhando os pensamentos internos é você.
As dúvidas aparecem na sua presença, mas não lute com a mente.
Pra que torturar o corpo se ele flui livremente.
Tenha o silêncio e a violência desaparecerá.
Pensamentos são níveis, indo e vindo.
Mas você está lá e apenas lá.
A mente e o o ego despertam pelas costas, esteja alerto.
Não se torne uma vítima, você não é mais um prisioneiro da mente.
Controle -os.
Deixei fluir.
Só depende do mestre dos pensamentos: você.
preciso me encantar, sentir o aroma e o fresco de uma paixão, tocar a alma, afim de saborear a ilusão dessa alusão que como a brisa acalma a saudade.
Para-vento, noção do tempo, partícula do desejo, recanto do amor.
Do que já foi ilusão
Se tornou paixão.
De um simples "Vamos amigar?"
Comecei a amar...
Querida menina,
Que quando chega perto faz meu corpo se preencher em pura adrenalina,
Que com o seu simples olhar,
Faz meu coração falhar,
O que fazer?
Você já tomou conta do meu ser...
Um amor juvenil,
Que me deixa infantil...